3°CAPÍTULO

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Derrepente  sou acordada por alguém me chamando, e me cutucando.

- Eii, chegamos. Acorda.


- Oi.- Digo me espreguiçando.- Chegamos onde ?

- Na sua casa Zé mané.  Você tá em condições de andar ?

Logo me dou conta do que tinha acontecido. Balada. Bebida. Pessoas passando mal. E me lembro que essas pessoas passando mal, seria eu e Fernanda. Olho para Thalles com cara de quem não quer nada. E me levanto abrindo a porta do carro..

- Consigo andar Mané. Só estou meio tonta mesmo.

- Espera, pra mim poder te ajudar.

Observo meu amigo, que deu a volta no carro e logo em seguida segurou minha mão e com a outra apoiou nas minhas costas.

- Quanta gentileza. Está fazendo isso, pra caso você for embora amanhã pra sua casa,  encontrar alguém te esperando com uma faca enorme na mão com cara de poucos amigos ? E logo em seguida você voltar pra cá novamente correndo, e pedir pra dormir mais uma noite aqui ?

- Você é admirável Kath. Admiro mais ainda a sua inteligência pra descobrir as coisas. Você deveria se dedicar pra ser uma boa detetive.

Começo a rir dele, e o cutuco com o cotovelo.

Chegamos na frente do apartamemto, paramos em frente o elevador e pego minhas chaves.

- Vou guardar seu carro na garagem. Você consegue andar sozinha ?

- Thalles para de me tratar como criança. E vai lá guardar o carro logo.- Dei a chave do carro na mão dele, e ele pegou se virando.


- Calma nervosinha. 

Mostrei a língua pra ele e fui entrando no elevador. Precisava de um banho urgente. Pra tirar todo esse cansaço que a bebida e as danças me causaram.

Cheguei em casa e já fui pegando minha toalha e entrando no banheiro, me olhei no espelho e me assustei com minha cara de acabada. Minha maquiagem já estava borrada e meu batom vermelho já nem existia mais na minha boca.

Aí meu Deus,. Será ? Será que fiquei com alguém essa noite ? Não é possível. Não me lembro de nada, a não ser que Thalles tenha visto algo. Vou perguntar pra ele depois.

Desde que terminei com Alex, nunca mais fiquei com ninguém. Um dos motivos é que: Fiquei tão magoada, que não tenho estruturas para ter outro relacionamento. O outro motivo é que sou difícil de gostar de alguém. Quando gosto, é pra valer, dediquei todos os meus sentimentos ao Alex e ele simplesmente pegou meus sentimentos pisou neles. Passou com o carro por cima. E ainda jogou num Rio horrendo cheio de poluição..

O motivo dele ter destruído meus sentimentos ? Apenas peguei ele no flagra com uma das meninas que trabalhavam lá na empresa. Os dois estavam em cima da minha mesa quando ouvi gemidos de Bárbara na porta, Sr. Martín estava ao meu lado na hora. Eu não conseguia ter nenhuma reação. Na minha cabeça só ficava as perguntas constante "Quem está do outro lado?","Deve ser apenas Thalles e Fernanda me pregando uma peça","Será que estão vendo vídeo pornô no meu escritório? Que pouca vergonha". Na verdade, eu já tinha noção do que estava acontecendo do outro lado da porta, eu já sabia quem estava ali atrás. E quem estava provocando esses gemidos. Mais não queria acreditar de verdade. Então foi quando Sr. Martín viu a situação em que eu me encontrava, e abriu a porta num estrondo, assustando aos dois pombinhos em cima da minha mesa. Olhei para dentro e vi meu namorado que tanto amava, com as calças abaixadas e a frente dele, uma moça de cabelos loiros, numa posição que não vou citar aqui pra vocês. Quando Alex viu quem estava na porta o observando com os olhos cheios de lágrimas, levantou a calça num pulo e veio correndo em minha direção. Nessa hora, Sr. Martín por mais que seja um senhor um pouco de idade, tem o porte e o físico de um homem de 30 anos que faz exercícios todos os dias antes que possa vim trabalhar. Quando percebeu que Alex estava chegando perto de mim, ele se posicionou na minha frente, e fechou o caminho falando para Alex ir embora, que  naquele momento eu estava no meu horário de trabalho e não poderia resolver assuntos pessoais da minha vida, e que no momento eu não estava em condições pra conversar, e era para ele respeitar o meu tempo. Fiquei encolhida na porta olhando para baixo desapontada com o que tinha acabado de presenciar. Alex passou por mim. Me olhando e falou algo do tipo "você precisa me deixar explicar". Me encolhi mais ainda. E quando dei por mim, Sr. Martín, estava aos berros com Bárbara, dizendo para ela se direcionar a sala dele naquele momento. Vi ela passando por mim, com um olhar amedrontado e quando me olhou me expressou um olhar debochado. Vi Sr. Martín vindo em minha direção e achei que levaria uma bronca também. Mais ele apenas pois as mãos nos meus ombros olhou no fundo dos meus olhos e disse "Vai pra casa descansar, amanhã você voltar".  Apenas assenti, peguei o carro e fui embora. Esse dia foi o único dia que Martin se mostrou um cara, calmo e compreensivo que só estava preocupado e queria ajudar.. E foi apenas esse dia mesmo. No outro dia ele já estava aos berro como qualquer outro dia normal..

O Amor Impossível. (Ou Possível)Onde histórias criam vida. Descubra agora