Capítulo 1 - Nossos mundos

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Amor Entre Dimensões

Capítulo 1 

- Emma, bom dia. - Norman me cumprimenta assim que entro na cozinha.

- Bom dia. Por Deus, Norman, você está com umas olheiras horríveis. - digo observando as marcas escuras bem embaixo dos seus olhos. Pego meu lugar na mesa e um pão. - Você precisa dormir mais.

- Tenho muitas coisas para fazer, não posso descansar. - boceja. - Mas talvez eu tire um cochilo depois do almoço.

- Faça isso.

- Bom dia. - Ray entra na cozinha junto de Anna. Ele está conversando com a loira. Se senta ao meu lado e passa o braço em volta dos meus ombros. - Dormiu bem?

- Aham. - Não me importo com seu braço. Ray e eu somos acostumados a ficar nos tocando, é nosso jeito de demonstrar carinho.

- Norman, seus olhos…

- Eu já sei, não precisa dizer. - morde o seu pão. - Vocês andam bem colados esses dias. - seu sorriso é estranho, mas eu não entendo o motivo.

- O que está insinuando, Norman? - os dois homens caem na risada.

- Você é tão pura. - O moreno diz e remove o braço de mim. - Hoje não temos nenhuma missão, certo?

- Acho que não. Vocês precisam de uma folga, quando não estão libertando fazendas, estão caçando ou cuidando das crianças.

- Você também precisa.

- O Norman é o que mais trabalha nesse lugar, né, Ray? - concorda balançando a cabeça. - Tenho uma ideia! Por que não ficamos juntos, nós três, hoje o dia todo? Seria bem legal! Podemos jogar, ler, brincar de pega-pega…

- Emma, nós temos dezenove anos. - Ray ri. - Não temos mais idade para brincar.

- Você é chato! - faço bico. - Mas vamos, por favor. - faço aquela carinha de cachorro abandonado que derrete os dois em apenas alguns segundos. Norman fica vermelho, já o Ray, desvia o olhar não querendo ceder. - Por favor, meninos.

- Que mal isso vai fazer? Vamos.

- Norman, não ceda a Emma!

- Eba! Vocês são de mais! Vão ganhar um prêmio! - me inclino sobre a mesa, chegando perto do Norman e lhe dando um beijo na bochecha. Sinto o olhar do meu outro melhor amigo me secando por trás, mas ignoro. Deve ser apenas impressão minha. Agora dou um beijinho na bochecha do Ray.

- Você é tão fofa. - Norman me olha sorrindo, o que é tão fofo.

- Obrigada. Vamos pro jardim?

- Quero comer meu pão primeiro, espera, apressada.

- Tá bom.

Fico sentada no meu lugar enquanto os dois tomam café, só aí lembro que eu também preciso comer. Depois que nós três estamos satisfeitos, vamos para o jardim e nos sentamos embaixo de uma árvore, vendo as crianças brincarem.

- Será que um dia vamos finalmente ter paz? - pergunta Norman.

- Eu acho que sim. Falta tão pouco. Sabe, quando a gente for morar nos mundo dos humanos, eu quero ter um bebê. - os dois arregalam os olhos. - Que foi?

- Com quem você vai ter um bebê?

- Não sei. Na verdade... - abaixo a cabeça, com vergonha. - Eu nem sei como fazer bebês. - é constrangedor não saber nem isso na minha idade. Mas não é minha culpa! Norman e Ray sempre fogem quando eu falo desse assunto.

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