Capítulo 3 - Eu não sou a sua Emma!

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Amor entre dimensões

Capítulo 3

Em Neverland

Essa não. O que eu faço? Eu vim parar nesse mundo e não faço a menor ideia de como. Sem contar que estou assustada, preciso de ajuda.

- Voltei, Emma. - Gilda entra no quarto segurando uma mamadeira e uma xícara. - Aqui.

- Obrigada. - pego a xícara. Tomo o conteúdo de uma vez só, sem me importar com o gosto. - Acho que preciso falar com o Ray e Norman…

- Faça isso. Eles estão confusos sobre você. Mas me responde algo antes de ir: quem te contou sobre o que é sexo? Você não fazia ideia do que era isso até minutos atrás.

- Bem… quantos anos eu tenho mesmo? - desconverso.

- Dezenove, ué.

Como uma garota de dezenove anos não sabe o que é sexo?!

- Ah, verdade. Vou procurar os meninos, sabe onde eles estão?

- Lá na sala do Norman, eles estão planejando a libertação de outra fazenda.

Fazenda? Eles vão salvar porcos por acaso?

Saio do quarto. Ando por aquele lugar enorme, tentando achar a bendita sala do meu melhor amigo. Vejo uma criança andando, então a paro para perguntar para onde devo ir.

- Ei, pequena.

- Oi, Emma! - ela me abraça. - Precisa de algo?

- Na verdade sim. Quer ir comigo até a sala do Norman? Preciso falar com ele.

- Claro! - pega a minha mão. - Vamos brincar mais tarde? Sei que você anda ocupada, mas a Gilda e o Don estão cuidado do filho deles, já o Ray e o Norman não param de trabalhar.

Gilda e Don? Mas os dois nem se dão bem no meu mundo!

- Se eu conseguir um tempo, pode ser. - paramos na frente de uma porta. - Obrigada por me acompanhar. Nos vemos mais tarde.

- Okay!

Quando ele vai, abro a porta. Ray e Norman estão atrás de uma mesa, no meio de papéis.

- Err… oi.

- Emma, está melhor? Ainda acha que somos casados? - me aproximo deles.

- Nós somos casados, Ray.

- Não somos, não. Vou pedir pra Anna dar uma olhada na sua cabeça, você não pode estar bem.

- A Anna é médica nesse mundo também? - me olham confusos. - É que… meninos, eu acho que eu troquei de lugar com a Emma de vocês.

- Que? - Ray está confuso. - Como assim?

- Eu vim de outro mundo. Esse lugar não é meu. Eu não sei o que aconteceu. Eu estava em casa, com o meu marido. - aponto para o moreno. - Fui guardar umas coisas no alto e caí de uma cadeira. Então desde que acordei estou aqui, nesse mundo estranho onde vocês libertam porcos.

Ficam quietos por alguns segundos, para então, começarem a rir.

- Ai, Emma, que senso de humor incrível. - Norman comenta rindo. - Você é a nossa Emma, a nossa ruivinha pura e inocente.

- Eu não sou nada inocente! Muito menos pura! Quer dizer… Acho que nesse corpo eu sou pura. - faço careta.

- Esse corpo é puro mesmo. Você nunca fez sexo e nem sabe direito o que é isso. Se depender de mim e do Norman, você nunca vai entender sobre essas coisas.

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