como assim?

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(olá por favor, só ative a música quando eu pedir, obrigada!)

Kirsty.

Alarme*

Acordo com meu alarme na maior altura, e abro os olhos.

- Putaa merdaaaaa!! - grito e me levanto correndo.

- Maeeeeee - desço as escadas - oh maeeeee.

- cala a boca, eu estou com dor de cabeça. - ela fala se sentando na mesa da cozinha.

- tá, é que.. hoje é um dia muito importante para me.. eu queria que você fosse a escola com o papai - dou um sorriso.

- teu pai pode até ir, eu não vou. - meu sorriso se transforma em um nó na garganta.

- tá bom, mãe, eu vou.. falar com ele.

Caminho até o quarto do Papai, entro e o vejo deitado, já desfalecendo.

- bom dia papai!

- bom dia meu amor! Acordou cedo hoje, o que ouve?

- vou me arrumar, hoje vai ser meu último dia no ensino médio, e vai ter uma pequena festa com a família, fotos.. essas coisas.

- Ah filha, que bom. Quer algum dinheiro?

- eu queria que você fosse...

- filha, eu estou muito doente, hoje não consigo me levantar, eu sinto muito querida...

- tá certo papai... - seguro minha lágrimas.

- querida, eu temo que esse será meu último dia, quero te dizer que...

- olha só quem acordou- minha mãe fala entrando no quarto.

- Estefânia, eu quero falar com minha filha a sós. - ela dá de ombros e saí.

- filha, você foi roubada quando nasceu, você não é minha filha, nem filha dessa mulher mesquinha! Eu sinto muito por tudo que você passou ao nosso lado.

- Papai, acho que o senhor não está se sentindo bem..

- filha, pegue a quantia que tem no banco e vá embora, não fique aqui com essa mulher!

- quem é minha mãe? Meu pai?

- eu não sei querida, me desculpa por tudo!

Eu saio correndo do quarto e vou atrás da minha mãe, ou Estefânia, não sei.

- que história é essa?

- qual? - me olha insossa.

- eu não sou filha de vocês? - pergunto com o coração na mão e medo da resposta.

- iiih o velho te contou isso? (Rir alto)- sei não hein, vai cuidar, você tem que ir pra escola ainda hoje né?

Saio da cozinha e subo as escadas chorando, eu acredito no papai, ela nunca me amou, e o Papai.. bom, dava pra ver que ele era apaixonado por mim, sempre achei que era por ser filha mais agora tudo faz sentido!
Puta merda, por isso que essa louca tem raiva de mim. De quem sou filha? Como vim parar aqui?

Entro no meu quarto e me olho no espelho, é a Estefânia e Latina e o Papai e um negão...

Vou para o banheiro tomar meu banho, depois do banho boto a farda e vou para a escola, ninguém vai, vou ir ver minhas amigas.

1 hora depois*

Estou saindo de casa e a Estefânia aparece atrás de mim.

- cuidado pirralha, não conta o que o velho te disse a ninguém (rir)- ele tá doidinho pra te comer por isso disse isso, mas ele não vai durar muito pelo que parece.

- não fala assim. - dou as contas.

Escuto ela rir.

Como que ela consegue ser assim? Bom não sei, será que ela é minha mãe? Será que não?
Um carro preto para ao meu lado, o vidro desce e um homem muito elegante fala.

- com licença, você conhece alguma Isabelly? - bom, acho melhor dizer que não né, a única que eu conheço sou eu e aprendi a não falar com estranhos.

- não. - falo olhando para os outros dois homens que estão com ele.

- tá bom garota. Vamos- e fala e vão embora.

Eu hein, é cada uma.

Chego na escola e falo com as meninas, todas estão lindas arrumadas, umas já estão com a família...

- Oi Isa! Cadê seu pai?

- ele tá muito doente, eu vim só dá os parabéns a vocês, e tirar uma foto com vocês.. pegar o meu certificado de concluinte (rir de triste) .

- para eu te conheço, sei que está triste, amei estudar esses 3 anos com você, e espero que você realize seu sonho, seja lá qual for.

- eu não tenho sonhos, todos vocês sabem - suspiro, não entendo o porque não quero estudar pra nada-  talvez eu faça pedagogia - dou de ombros.

- aaahh você será uma ótima professora se fizer - Cátia sorri.

- você será uma maravilhosa pediatra - seguro sua mão.

4 horas depois.

-Puta merda, tenho que ir pra casa!

- o que ouve Isa? - Cátia me olha.

- não sei, parece que meu pai piorou. A pizza fica pra outro dia.- falo correndo pra fora do ginásio.

- tudo bem!! - escuto o grito de Cátia.

Corro pelas ruas, não consegui entender a mensagem da desgraçada da minha mãe ou Estefânia.

Chegando na minha rua vejo a ambulância, corro até o carro e olho o rosto do meu pai

- MERDA, MERDA!! O QUE ACONTECEU?

- um dos socorristas me olha.

- ele teve um ataque cardíaco.

- não, não, deixa que eu converso com ela. - minha mãe diz atrás de mim.

- o que aconteceu? -

- seu pai morreu, agora Samos só nós duas...

(Ative a música agora♥️...)

Um zunido ecoa em meu ouvido, me dificultando escutar as coisas que a Estefânia fala.

- olha aqui pirralha! Presta atenção em mim!

Saio andando sem direção, a Estefânia não liga mais. Ela se cala enquanto me afasto. O que será de mim agora? Só ele me amava, a Estefânia nunca gostou de mim, não me lembro de um momento que ela foi carinhosa comigo, e nunca deixou uma babá se quer se apegar a mim.. o Papai, ou Roberto.... Ele.. tentou abusar de mim, algumas vezes, mas ele sempre cuidou de mim, sempre mostrou carinho.. minha vida acabou...

*Depois de horas andando pelas ruas ela volta para casa*.

Entro na casa, que agora não parece mais a mesma. Lágrimas ainda correm meu rosto, a Estefânia está na sala e me olha furiosa.

- JÁ PRO SEU QUARTO! -

Subo as escadas devagar, entro e vou em direção a cama.. me deito, mesmo toda molhada da chuva e com o rosto molhado de muitas e muitas lágrimas.. eu não sei se vou aguentar. Eu amava muito ele, todos os momentos bom que tenho foi ao lado dele, teve algumas babás... Mas elas sempre eram despedidas só me sobrava ele, Deus, por favor..

Deus, me manda uma luz, Deus me manda uma luz, me mostra uma direção.. me manda alguém... Por favor, eu não sei o que será de mim.

Herdeiras, A Nova Dinastia.Onde histórias criam vida. Descubra agora