Capítulo 11 - Your beautiful face

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Day passou o resto do dia com Carol conhecendo o Instituto, as crianças e os voluntários para o trabalho. Foi um dia interessante, agradável e diferente é claro.

Já era fim de tarde quando elas entraram no táxi pra voltar pra casa. A casa de Carol não era muito longe da escola, as duas desceram juntas do táxi e se sentaram em um banco que tinha na rua, em frente a casa.

- Obrigada pelo dia Carol - ela disse - foi incrível.

- Fico feliz que tenha gostado - sorriu.

- É um trabalho muito bonito que vocês fazem naquele instituto - Day sorriu - ficarei feliz se puder ajudar em alguma coisa.

- Só a sua presença lá já é uma grande ajuda - ela garantiu - não viu como Emily ficou feliz ? Ela adorou você.

- Ah, ela é uma menina incrível - riu - e muito fofa.

- Verdade. Aquelas crianças, aquele instituto e o balé são a minha vida - explicou - as únicas coisas que eu faço direito.

- Não vai começar de novo com essa história né? - Day fechou a cara.

- Desculpa - ela fez careta - já parei.

Carol pôs novamente um belo sorriso no rosto, não ia estragar aquele dia lamentando pela vida complicada que tinha. Devia dar graças a Deus por estar viva, e por Day estar ali com ela. Era mais do que ela podia pedir.

- Day, eu ... eu posso te pedir uma coisa ? - Carol perguntou de repente séria.

- Claro - ela sorriu - o que quiser.

- Eu ... eu posso ... - ela se interrompeu um pouco nervosa.

- Pode o que ? - quis saber curiosa.

- Posso ver seu rosto ? - ela pediu.

- O que ? - Day sentiu seu coração acelerar.

- Se posso ... tocar seu rosto - ela explicou - quero saber como você é.

Ela ergueu uma das mãos esperando que Day respondesse. Day ficou em silêncio um instante, a fitando com cautela. Se lembrou de Emily, como ela tocou seu rosto mais cedo e a ideia de sentir as mãos de Carol em sua face logo lhe agradou.

- Claro - afirmou com um meio sorriso.

Muito calmamente, Day segurou as duas mãos da menina. Ela estava séria, concentrada, sentindo o coração batendo depressa. Day pôs as duas mãos de Carol em seu rosto e em seguida fechou os olhos, ela fez o mesmo.

Pondo sua vergonha de lado Carol começou a traçar o rosto da menina. Primeiro o cabelo liso e sedoso, sentindo sua textura, fazendo um leve carinho que fez as duas sorrirem. Suas mãos então desceram mais um pouco: primeiro na testa, depois mais embaixo. Seus delicados dedos fazendo o contorno dos olhos dela e logo em seguida o nariz. Depois, ela lhe acariciou as bochechas. Era uma sensação extremamente agradável ter as mãos macias de Carol em seu rosto. Não conseguiu conter um suspiro quando sentiu os dedos dela em seus lábios. As mãos de Carol ficaram paradas ali, e ainda de olhos fechados, Day depositou um beijo na ponta do dedo da menina. As duas abriram os olhos juntas, a única diferença, era que para Carol tudo continuava escuro, mas seu coração batia loucamente no peito, igualmente o dela.

- Você é tão linda - ela sussurrou.

- Não tanto quanto você - Day disse também em um tom baixo.

A menina sorriu, deixando que suas mãos caíssem do seu rosto e repousassem em seu colo. Day queria que ela continuasse, queria poder continuar sentindo a pele macia dela. A verdade, é que teve que se conter naquele minuto para não fazer algo de que tinha certeza que se arrependeria depois.

A Bailarina ( Adaptação Dayrol )Onde histórias criam vida. Descubra agora