Pov Allanis
Presos naquele quarto, apenas ouvindo tiros. Eu me sentia em um filme de terror, e eu era a presa.
Esperamos por alguns minutos, esses que pareceram uma hora, Christian se armou e se sentou na frente da porta como se esperasse o inimigo. Me dando um grande susto o telefone do Christian tocou era uma ligação do meu pai ele dizia que estava tudo sob controle. Assim pude respirar novamente.
Sentei na cama depois de colocar a arma em cima da penteadeira. Deitei na minha cama e Alasca fez o mesmo. Mas Christian continuou vigiando a porta.
- sabe quem foi? - perguntei olhando pra ele apoiando em meus cotovelos.
- descansa, ficaremos aqui por mais uma hora e meia. Podem dormir eu vou ficar de olho na porta. - ele respondeu apenas.
Ele continuou encarando a porta, e eu deitei na cama novamente fitando o teto. Alasca também o encarava em silêncio.
- eu acho ele gatinho - ela disse quebrando o silêncio.
- quem?
- o Chris. - sorri
- ele é muito velho pra você.
- só uns dezoito anos - rimos. - vai ficar tudo bem.
- sim, vai.
Acabei cochilando, acordei com o Christian e a Alasca conversando. Estava na hora do quarto se abrir. A porta se abriu e meu pai estava do outro lado.
- tá tudo bem, foi só alarme falso. Um animal no meio dos arbustos. - ele não parecia muito sincero.
- eu te levo pra casa. - Christian disse pra Alasca. - vamos.
- cuidado. - disse pra ela. - quando chegar me avisa.
- tá bom.
Pov Alasca
Desci as escadas atrás do Chris, caminhamos até o meu carro ele pediu as minhas chaves e entrou no lugar do motorista. Eu entrei no do carona, coloquei o cinto de segurança e respirei fundo quando ele ligou o carro.
- tudo bem com você? - ele perguntou me encarando.
- tudo bem. Eu não sou uma garotinha frágil.
- eu sei que não é. - ele deu partida e logo estávamos na rua. - só acho que sua casa é grande demais, e você mora sozinha, não prefere que eu te deixe na casa do Lian?
- o Lian viajou de última hora então a casa dele está vazia também. Eu acho melhor ir pra minha casa - digo mexendo na minha bolsa atrás da minha chave. - droga
- deixou a chave pra trás?
- sim - suspiro.
- então você dorme na minha casa hoje. É um Loft pequeno, espero que não se incomode.
- tudo bem obrigada. - sorriu fraco.
Ele dirigiu em silêncio, mas olhando o retrovisor a cada segundo como se estivesse sendo seguido.
- estamos sendo seguidos? - perguntei com medo da resposta
- Ah não, por que?
- você não para de olhar o retrovisor.
- mania minha.
- Hum
Continuamos o caminho em silêncio até chegarmos a um prédio. Ele entrou no estacionamento. Saímos do carro e caminhamos até o elevador entrando nele. Subimos até o último andar e o elevador abriu mostrando um corredor. Eu ia sair mas Christian colocou o braço na minha frente me impedindo. Ele olhou os dois lados do corredor e só aí eu pude seguir andando.
Entramos no apê dele, e era só um cômodo, mais o banheiro.
Ficou muito legal, a forma que ele usou o espaço. Estava admirando o lugar quando ele chamou a minha atenção.
- eu ia te oferecer uma camisa minha mas você já está de pijama - ele sorriu. E eu sorri também. - Você dorme na cama e eu durmo no sofá. - ele disse apontando pra um e depois pra outro.
- ah não, eu sou a intrusa aqui, não me importo de dormir no sofá.
- tudo bem, pode ficar com a cama.
- você tem certeza?
- sim relaxa. Pode dormir. - ele disse se aproximando de mim - eu vou tomar um banho. - e assim ele passou direto entrando no banheiro.
Respirei fundo pra acalmar o meu coração que estava a mil, não faço ideia do porquê. Caminhei até a cama dele tirando meus chinelos. E entrando embaixo do edredom.
Tentei mas não conseguia dormir. Fiquei deitada esperando o sono vir. Quando vi o Chris saindo do banheiro só de toalha. Ele olhou na minha direção mas acho que pela pouca luz ele achou que eu estivesse dormindo. Ele caminhou até a cama pegando dois travesseiros, deu a volta vindo até mim e murmurou um boa noite me dando um beijo na testa. Ele caminhou até o guarda-roupa e pegou uma bermuda, vestindo-a por baixo da toalha. Assim que ele acabou tirou a toalha a colocando em cima de uma cadeira. Atendeu o telefone que começou a tocar.- oi princesa. Está tarde pra você ainda estar acordada. - nossa ele tem namorada - sim, amanhã eu vou te ver. - ele faz uma pausa escutando tudo sorrindo. - sim, agora já pra cama. Boa noite. Eu te amo. - nossa e ainda é fofo assim demonstrando os sentimentos. - boa noite, até amanhã. Beijo pra você também.
Ele desliga o telefone o colocando no bolso. Nunca imaginei que o Chris tivesse namorada e ainda fosse tão carinhoso. Ele pegou os travesseiros e um cobertor e se ajeitou no sofá. Logo pegando no sono e eu tratei de dormir logo também.
Acordei no dia seguinte com uma luz forte no meu rosto e um cheiro maravilhoso de comida. Me levantei e o Chris já havia arrumado o sofá que tinha dormido. A cama que eu dormi por outro lado estava uma zona. Eu mexo muito enquanto durmo. Na minha frente estava uma beldade da natureza. Chris só de bermuda preparando o café da manhã. Uma visão dos Deuses.
- bom dia. - ele disse me tirando dos meus pensamentos pecaminosos
- bom dia. - disse me sentando na mesa.
- dormiu bem?
- sim e você?
- vou confessar que já tive noites melhores - ele diz com um sorriso lindo. Não se apaixone ele tem namorada
- não duvido. - sorrio - obrigada por me deixar dormir aqui.
- sem problemas.
- você tem namorada? - não aguento e pergunto.
- como? - ele olha pra mim confuso.
- eu escutei sua conversa ontem. Me desculpa. - digo envergonhada. Mas ele sorri.
- bom, eu tenho uma mulher na minha vida, mas não é minha namorada. - a campainha toca. - acho que ela acabou de chegar.
- ela não vai achar estranho eu estar aqui, e ainda vestida assim? - digo me levantando e apontando pra mim mesma.
- ela é bem ciumenta, mas vou tentar explicar que não aconteceu nada. - ele diz rindo.
Ele caminha até a porta e para olhando pra mim fazendo um suspense. Nisso a campainha toca mais uma vez e a porta se abre.
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De tantas por quê logo eu? (LIVRO 2 DA DUOLOGIA MAFIOSOS)
SonstigesApós dezoito anos acreditando ter sido abandonada por seus pais, Alanis se reencontra com a sua família, vivendo uma realidade totalmente diferente da sua, Alanis vê sua vida totalmente de cabeça para baixo, quando que por ironia do destino se vê no...