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Estava em uma viagem para casa de minha vó. Ela morava na mesma cidade que eu desde que eu nasci, iria ser difícil ficar longe dela, mas já se completara um ano que ela foi morar no campo.
Peguei o trem para ir visitá-la bem cedo, para chegar de tarde por volta das 3.
Fiquei olhando pela janela e conspirando a viagem toda, quando chegou em Caravan fiquei esperando por meu vô no local onde desembarquei.
Levava malas com roupas e uma bolsa com livro nas costas, devido a dificuldade financeira passaria um mês com meus avós, meus pais se preocupam com minha saúde mental e não queria que passasse por tempos de dificuldades.
Enchi minha mochila com livros, estar em Caravan era como voltar para 1800 ou para trás , mulheres não usavam calças convencionalmente, não havia internet, poucos carros passavam no local, quando acontecia eram apenas "turistas", pessoas que vinham de fora para visitar.
Caravan se tornava mais uma comunidade agrícola, fofocas eram espalhadas bem rápido quando algo acontecia, todos se conheciam afinal.
Meu avô finalmente chegou, montado em um cavalo como se fosse um príncipe a espera de sua princesa, ficou muito feliz em me ver novamente, e eu igualmente, ele desceu e me abraçou, fiz o mesmo. Meu vó Gregory não é de falar muito, mas consigo sentir todo amor que vem dele.
-Ansiosa para conhecer o lugar?
-Sim!
Já estava indo em direção ao cavalo com minha mala, mas parei, me voltei a Gregory e disse:
-Como vou levar isso?
Ele não disse nada, só pegou minha mala, e fez sinal para subir no cavalo. Ele deu um jeito de levar a mim e minha mala, descobri que a estação onde desci ficava muito longe de onde iria ficar por 1 mês inteiro. Oh céus... Preciso fazer amigos.
Aquele dia foi completamente inútil, estava cansada da viagem, cansada de ficar em um cavalo. Só estava cansada de todo remelecho que fazia, era ótimo estar tão perto da natureza, sentia a brisa de fim de dia começando a chegar. Chegamos em "casa" 16:06, demorou bastante, mas chegamos.
Gregory desceu minha mala, e prendeu o cavalo.
-Posso bater?-Grito ao meu avô, falando em relação a porta.
-Querida?!
Minha vó apareceu.
-Vó!
Abracei e ela retribuiu apertando mais forte, achei que iria me sufocar.
Matamos toda nossa saudade e entrei.
-Querida, vou preparar o jantar, chame seu vó para dentro para mim, aproveite e vá conhecer seu quarto, tomar um banho... O que quiser.- Dizia com um sorriso no rosto.
-Vou lá para cima após chamá-lo, obrigada.-Agradeci com um sorriso e fiz o que tinha dito.
Desfazia minhas malas aos poucos, tirei só algumas peças e peguei um pijama que usaria agora após o banho. O quarto em que eu ficara tinha uma grande janela a qual não confiava me trocar ali, afinal, por ela consigo ver uma casa muito  grande, não quero vizinhos me vendo nua.
Meu quarto era simples com uma penteadeira e minha cama, apenas isso.
Após sair do banheiro consigo sentir o cheiro da comida pelo corredor, sempre amei a comida da minha vó.
Corri para meu quarto e me troquei o mais rápido possível para poder descer.
Desci correndo as escadas e parando onde o corrimão se acaba.
-Vejo que esta pronta-sorrio em resposta-. Venha, vamos dar graças e podemos comer.
Foi assim que encerrei meu dia, acabando de comer consigui passar um tempo sozinha no meu quarto acabando de ler um livro, e vasculhando os lugares.

For My Dear,Onde histórias criam vida. Descubra agora