The Rain

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02/07/2010

Sim, eu sei o que você está pensando. Yukhei está há mais de duas semanas no passado, sem previsão para voltar. Os membros do SuperM e Sahyo não imaginavam esse tipo de empecilho em seus propósitos.

Mas não foi de todo mau esse tempo ali, o jovem chinês havia encontrado mais um dos artefatos. Pelo o que Baekhyun falara, era o que menos valia em questão financeira. Porém, no afetivo, nada se comparava.

No entanto, neste momento nada animava Yukhei. O tempo que se passou foi resumido em sair a procura de mais artefatos e conversas com seu novo amigo Doyoung.

Agora, sendo 14:40, Wong não tinha nenhum plano. Logo, foi passear pela cidade, como se não fizesse isso sempre. Dessa vez resolveu seguir um caminho diferente. Havia explorado quase todas as ruas paralelas ao hotel onde estava, mas não todas.

Resolveu ir ao banheiro logo antes de sair para se recompor, pois começara a sentir falta de seus amigos. E se não voltasse para casa nunca mais? Tantas perguntas e nenhuma resposta. Yukhei estava assustado com as inúmeras possibilidades.

Assim que saiu do quarto, com sua máquina claro, seguiu até o parque da cidade. Demorou cerca de vinte minutos, caminhando lentamente, vagando em meio de pensamentos, até chegar ao local.

Alcançou o jardim comunitário, vendo muitas pessoas diferentes se divertindo. Achou um pequeno carrinho colorido com um senhor o levando logo atrás. Se tratava de uma venda de algodão doce. Wong não se lembrava da última vez que havia saboreado o gosto de pura sacarose com corantes diversos.

Bom, se estava ali, por que não aproveitar? Suas pernas andaram em direção à grande recompensa pela semana. Um gigante algodão doce rosa. Encontrou-se feliz, arranjou um banco de pedra vazio, disfrutou da sorte.

Ali, no silêncio de uma bela sexta-feira, escutou um barulho um tanto agonizante e desconfortável no pé de sua orelha esquerda. Avistou, um tanto abaixo de sua visão, uma certa criança chorando. Se perguntou como não havia percebido antes, mas era por conta das folhas das grandes plantas que tampavam a criança quase por completa.

O rapaz fez a primeira coisa de sua mente, se agachou lentamente esperando a menininha olhar. Assim que o fez, Yukhei lançou seu melhor sorriso. Um sorriso amigável e reconfortante. Em seguida, pegou seu algodão doce e entregou para ela lentamente.

— Olá. — Começou de forma gentil e cuidadosa. — Então, posso saber seu nome, marinheira? — Percebeu a blusa em listras azuis escuro e branco. Brincou com esse fato, para tentar confiança com a pequena criança.

—Agatha — Ainda um pouco assustada, o respondeu como um sussurro. Por sorte, estavam num canto silencioso do parque, facilitando escutar qualquer ruído. — Me perdi do meu pai, não consegui achá-lo.

O jovem estendeu a mão para Agatha pegar, e então seguiram pelo local a procura do responsável por ela. Não deu sete minutos de busca, apareceu um homem desesperado gritando o nome da garotinha.

— Agatha! — O sujeito parecia querer chorar, aflito. Se agachou rapidamente a abraçando o mais forte possível. — Você sabe que não pode fazer isso! Sabe o quanto me preocupou?

O chinês sem entender nada tocou no ombro do homem ainda de joelhos e o explicou o que havia acontecido até o momento.

—Muito obrigada. Apenas fui jogar um papel inútil fora e pedi para esperar sentada. Não foi nem um minuto! — Pegou uma garrafa presa em sua mochila, que Yukhei não havia reparado, e bebeu todo seu conteúdo. — A propósito, me chamo Kun. Poderia saber o nome do salvador da minha pequena?

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⏰ Última atualização: May 06, 2020 ⏰

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