I - Uma bruxa solitária

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Uma bruxa sozinha a vagar,

Ia andando, consigo a pensar.

À noite, pelo canavial

Andando sob a luz do luar -

Sob a luz de prata do luar,

Procurando a cura pro seu mal.


Nos lugares por onde passava,

A figura dela amedrontava.

Todos temiam a bruxa má.

A ela, todos sempre evitavam,

De sua casa não se aproximavam,

Jamais se aproximavam de lá.


Longe de todos, ela morava

Isolada em sua casa; habitava

A isolada e distante casinha.

E assim a sua vida se passava:

De dia não saía de casa,

À noite vagueava sozinha.


Pela manhã, ouvia o cantar

Dos pássaros ao longe a voar,

Mas vivia ela triste, reclusa.

Quando noite, se punha a escutar

Somente o lúgubre crocitar

De suas companheiras corujas.


Sem que tivesse alguém para amar,

Via as donzelas a se casar,

Todas donzelas da região.

Esperava um amor encontrar

E vivia ela assim, a esperar

Por muito tempo, porém em vão.


Assim, nada podia fazer.

Seria ela assim até morrer?

Diferente era sim das demais,

Não podia compreender por que

Ser rejeitada desde o nascer;

Ser rejeitada até por seus pais.

A bruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora