Não chore, minha dama (Mabill)

Capítulo 11

       Não sei como as coisas ficaram assim, só sei que não consigo ser racional agora, já que minhas pernas estão banbas e a respiração descompassada.

       Todo o meu estado de agora se vale apenas por causa de um beijo, aposto que enlouqueci. E não parece que iremos deixar por isso mesmo.

       Bill se atira para cima de mim, empurrando-me contra a parede do quarto. Quando me dou conta, uma das mãos dele já está apertando as minhas com desejo, acima da minha cabeça. Ainda com seus lábios colados aos meus, ele explora minha boca com necessidade. Ele parece bem possesivo com seus atos, enquanto eu tentava raciocinar, sem sucesso.

       Como ele reage... Parece que ansiava por mim faz muito tempo.

       E eu por ele.

       Mesmo sem entender o que estava passando por mim, eu queria mais e mais.

       Com a mão direita livre, ele passa pela minha cintura até pegar na barra da minha blusa, a levantando lentamente.

ALGUNS DIAS ANTES:

(Notas da autora: há, pequei vocês novamente).

       — Foram do céu ao inferno em questão de segundos e já parece que estão se amando. — Com esse pensamento, Mabel fica com uma gota na cabeça(como nos animes) e frustrada por ter sido deixada de lado.

       Algumas horas depois, já estavam muito longe da mansão de Bill, mas podiam ver o lugar ruir, desmoronando por completo. Infelizmente Phill e Will decidiram destruir o lar criado pelo loiro, para não ter como voltar.

       — Como assim não tem como irmos embora?! — Dipper exclama, quase arrancando os cabelos.

       — Aquela era a dimensão que eu criei, meus poderes estão limitados quando não estou nela! Já disse um milhão de vezes, seu adolescente suado! — Bill retruca, já odiando ainda mais as cobranças por explicação repetidas do garoto castanho.

       — Então... Imagino que estajamos presos aqui? — Mabel pergunta, já deixando o cansaço lhe dominar.

       Os três estavam na dimensão de lugar nenhum, mas, pelo menos agora, estavam seguros.

       Alguns pensamentos começaram a se manifestar em Bill, fazendo com que o loiro percebesse algo peculiar. Logo, o loiro tratou de ficar sozinho com Dipper, deixando Mabel ocupada com alguns novelos de lã que ele trouxe para ela.

       — Pinheiro. — Bill diz discretamente, se inclinando um pouco até a altura do garoto, segurando lhe pelos ombros, fitando os olhos dele. Como se Dipper fosse a criança e Bill fosse o adulto. — Eu preciso que me conte exatamente: por que você apareceu do nada no meio da floresta junto com Ford? Quando vocês me encontraram com a Mabel e me capturaram. — O loiro podia estar nervoso, mas a última parte dita, foi com certa repulsa.

       — O que? Não é hora disso. — Dipper estava estranhando a reação do loiro.

       — Pines. — O loiro diz, com um olhar de que o garoto castanho podia jurar que o ameaçava. Suspirando, ele responde:

       — Foi por causa de um vídeo... da câmera de segurança de uma parte da cidade. De você falando sobre a Mabel. — Dipper usa um tom frio ao contar.

       — Vídeo? Que vídeo? —

       — Eu tenho ele aqui... — Dipper mostra o vídeo por um aparelho telefônico. Por conta de não haver nenhuma notificação e mais nada na galeria além daquele vídeo, Bill percebeu que Dipper havia comprado aquilo apenas para isso, sabendo, então, que havia alimentado o seu ódio por Bill por todo esse tempo por meio disso.