Cap 6: Ao ouvir músicas melosas use Fones

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Bakugou on - dia seguinte

"Quem perdeu horas preciosas de sono terminando uma música que nem sequer é dele? Hm? Adivinha..."

"O trouxa aqui."

"Puta que pariu...Eu acabei de acordar me sentindo como se nem ao menos tivesse dormido."

Tomei um banho que teve eficácia zero em me despertar, e no momento estou me vestindo parecendo um zumbi "ao menos não ganho olheiras com facilidade, o que se não me engano é herança genética, muito boa aliás, mas que para a minha tristeza funciona melhor que meus olhos. Porra, ter que usar óculos é de fuder. Se bem que o Kirishima disse que eu vou ficar fofo com eles...Desgraçado, sinto até os lóbulos das minhas orelhas esquentarem com essa lembrança"

Termino de me arrumar e dou uma olhada para o cabide onde meu uniforme estava, que agora só contém a gravata vermelha. Olhar para ela me faz lembrar da primeira vez que eu usei uma gravata na vida, obra do primeiro e único Eijirou Kirishima. "Havíamos acabado a revisão para uma das provas do curso de heróis, e estavamos escolhendo os personagens para jogarmos uma partida de Mortal Kombat no meu console, quando o Deku ne manda uma mensagem dizendo que eu tinha recebido uma carta. Deixei ele escolhendo com qual skin iria batalhar, enquanto fui buscar a encomenda que estava lá em baixo, subi pelo elevador enquanto abria a carta, me lembro como hoje da minha reação, quando cheguei a porta do quarto."

Flashback on

- Caralho, caralho, CARALHOOO - Eu estava muito surpreso e esconder isso estava fora de questão

- Meu Deus, o que foi? - O Eijirou perguntou enquanto saía do meu quarto visivelmente atordoado pela minha reação

- Eu fui convidado para ir a I-Island testar uma nova arena de treino como prêmio extra por ter ganho festival... - Respondi a pergunta dele, tentando me convencer que era verdade mesmo

-Caramba Bakugou, que incrível, meus parabéns, se existe alguém que merece isso esse alguém é você, principalmente depois dos últimos acontecimentos. - O sorriso sincero de apoio estava estampado em seu rosto, apenas confirmando o que ele estava sendo totalmente sincero em suas palavras acaba me fazendo sorrir também

- Ao menos eu tive uma mãozinha para sair daquela enrascada né? - O vejo abrir os olhos até então fechados pelo sorriso, e eu quase me derreto por completo ali mesmo com a carinha de envergonhado que ele faz, pela compreensão automática das minhas palavras - Hey! - Ele levanta o olhar para mim com as bochechas ainda rosadas - Aqui diz que eu posso levar um acompanhante, que tal ir comigo mostrar para aqueles bastardos da I-Island como uma verdadeira dupla dinâmica trabalha?

- Eu? - Ele parecia realmente confuso.

-Que eu saiba, só estamos nos dois aqui, então... - Se eu achava que ele não poderia ficar mais bonito, estava completamente errado, o cabelo sem gel sendo levemente balançado pelo vento, o olhar surpreso, as bochechas ainda mais vermelhas e um sorriso tão genuíno que ofuscou até o brilho do sol que entrava pela janela dos fundos.

Flashback off

" E foi assim que acabamos em uma ilha na porra de um quarto para casais em lua de mel. (Queria ressaltar que é uma DESGRAÇA dormir na mesma cama que a pessoa que você tem um abismo, e ter a certeza que não vai acontecer nada porque seu sentimento NÃO. É. RECÍPROCO. E olha que no segundo dia, depois da festa fracassada, do fato da turma quase inteira estar lá também e da pior parte que foi eu ter estragado a camisa social que o Eijirou comprou para mim, acordei grudado nele igual um coala em um Eucalipto, e a vergonha que me deu naquele dia volta apenas com a lembrança da cena)."

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