Há muito tempo atrás, uma grande lenda assombrava a escola de dança, Daedance. A lenda era que uma pessoa já morreu nos palcos do grande teatro que a escola possuía, e com sua morte também jogou uma maldição.
"Quem ousar a pisar nesse lugar, não ter...
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Foi uma história estranha? Bom, eu acho que sim.
Enquanto eu estava lá, jogado, todo ferrado, após de ver a mensagem toda assustadora da Cigana, esperei cerca de 30 minutos o Taehyung chegar com o carro e me tirar daquele lugar. Quando eu vi ele vindo em minha direção, não fiquei muito surpreso em ver Madalena atrás do mesmo.
— Caralho, eu quero gritar muito com você agora. — Madalena ri mesmo sem nenhuma graça. — Mas só vou te dar isso. — E a mesma me dá um peteleco em minha testa.
— Ai! — Resmungo de dor porque, cara, aquilo realmente doeu. — Poxa, mortadela, não vê que eu estou todo fodido?
— Se continuar me chamando assim, vai levar um chute!
— Cara, como você parou nessa situação? — Taehyung disse, me ajudando a levantar.
— É uma longa história, ok?
— Uma história que vamos ter muito tempo para escutar. — Mortadela disse, pegando a Vênus e amarrando ela no suporte que tinha em cima do carro.
👻
— Vai, pode falar. — Madalena começou, se sentando em um puff.
Estávamos na minha casa, falando sobre o episódio sombrio que aconteceu hoje. Dolly estava em sua casinha dormindo, Madalena e Taehyung pediram para eu explicar toda a história e como aconteceu.
— A história toda?
— Sim. — Falaram em uníssono.
— Toda, toda? — Insisti.
— Vai logo, Jungkook! — Taehyung exclamou, sem paciência.
— Tá. — Bufei. — Foi assim: depois da lanchonete do Jin e a Cigana falando: “Aí, Jungkook, não vai para o teatro e blá, blá, blá." — Afinei minha voz, recebendo um olhar torto da outra. — Eu queria provar para você que não tinha nada naquela droga de teatro e que ele era completamente inofensivo, e...
— E? — Cigana insistiu para que eu continuasse a falar.
— Bom, quando eu entrei naquele teatro, eu vi… eu vi...
— Viu o que, Jeon? — Taehyung cruzou os braços.
— Um espírito...? Eu não sei bem ao certo o que era, mas tinha asas negras enormes, seus olhos eram azuis cintilantes, suas roupas e cabelo totalmente pretas e sua aura era pesada.
— Black swan... — Cigana sussurra, arregalando seus olhos, olhando para um ponto qualquer.
— A lenda louca da escola de dança do Jungkook? — Taehyung fala, interessado.
— O que tem essa lenda? — Pergunto, confuso.
— Você ao menos escutou ela toda? — Madalena olha para mim.
— Bem, eu só sei uma pequena parte...
— Então peguem a pipoca, porque eu vou contar. — Caminhou até o interruptor de luz e a apagou, usando a lanterna do telefone para iluminar seu rosto, numa tentativa de deixar tudo mais misterioso e assustador. — Há muito tempo atrás, quando os primeiros alunos da Daedance ainda eram vivos, um aluno chamado Park Jimin, era o queridinho da escola.
Estranhamente achei esse nome familiar.
— Com o Jimin sempre sendo o principal em quase todas as danças, muitos tinham inveja de seu talento, pois eram muitos. Porém, um trio dm específico onde sua inveja era tanta, queriam acabar com a vida do Park.
— Que trio era esse? — Perguntei curioso.
— Se chamavam as Três Marias. Muitos da escola chamavam elas assim, então pegaram o apelido para si. Bem, continuando a história do Park, quando ele foi no teatro para ensaiar seu papel sozinho, elas só estavam esperando ele para que pedissem que ele jogasse um jogo de cartas com elas, lá mesmo, no meio do palco. Jimin estava sem entender, mas mesmo assim jogou com as garotas, e perdeu. Contudo, sentiu seu corpo todo formigar e a sensação de queimação não saída de si. Ele caiu no chão, se contorcendo de dor, como se seus órgãos estivessem sendo esmagados e todos seus ossos sendo quebrados. Elas sorriram em satisfação porque, finalmente, conseguiram matar Park Jimin. Porém, o que elas não sabiam, é que sua alma ainda permaneceria ali, e com o sentimento de querer fazer vingança contra as Três Marias, o dançarino jogou uma maldição naquele lugar, Jungkook.
— Q-que tipo de maldição? — Falei, sentindo um pouco de medo e calafrios.
— A maldição de quem pisar naquele lugar, morrerá da mesma maneira que ele morreu: na forma de um cisne negro. Seu papel naquela apresentação era dos Cisnes, e ele era o cisne negro.
Depois de ouvir a lenda por completo, eu sinto um arrepio no meu pescoço e olho em direção ao espelho.
Ele estava lá, me olhando.
Seus olhos azuis me olhavam atentamente, transmitindo tristeza e raiva ao mesmo tempo. Para ter certeza do que eu estava vendo, coço os olhos e olho para espelho de novo, mas não tinha nada.
