Capítulo 3

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Sábado, era apenas um sábado.
 Na verdade, era um feriado qualquer, mas nunca me importei com datas que só servem como um desvio de rotina.

 A rua estava deserta, era um fim de tarde e minha roupa não era das melhores. Vestia um vestido básico preto e uma sandália solta atrás, não me importei muito com a aparência antes de sair de casa e agora que a rua está totalmente deserta, estou alivíada.

 Sai de casa confiante em encontrar um lugar ou outro em que eu pudesse comer algo melhor do que eu poderia cozinhar, não estava no clima de comer pão com ovo no jantar.

 Andei dois, três, quatro quarteirões e as minhas expectativas foram frustradas.

 Hoje não era meu dia de sorte, já que acabei de perceber que estava chuviscando e eu não sai de casa a menos preparada.

- Ana, como você pode ser tão desleixada assim? - pensei alto, estava caminhando sozinha sob a chuva forte e não passaria de louca como se estivesse conversando comigo mesma.

- O que leva a moça a ter tanta certeza assim? - ouvi uma voz calma porém firme, com certeza uma voz masculina.

- Oi? – perguntei virando-me lentamente e me dei de cara com um cara alto, escondido num capuz de moletom. Não o conseguia enxergar direito mas foquei nos seus olhos verdes.

- Você não parece ser desleixada. – ele disse num tom engraçado, deixando escapar uma risada.

- Você nem me conhece. – eu disse gritando e percebi que estava me molhando cada vez mais com essa chuva.

- Quer uma carona no meu guarda-chuva? Percebi que você está em apuros. – percebi caridade em sua voz, mas acho que ele estava gostando disso.

- Eu não deveria aceitar uma carona de um estranho, mas algo me diz que você não vai me fazer mal nenhum. – disse dando uma leve risada.

- Pode crer!

 Entrei rapidamente debaixo do seu guarda-chuva, estava meio tensa e com muito frio. Ainda não entendo o que se passou na minha cabeça quando aceitei o convite, mas agora já estava tarde.

- Onde você mora? –ele perguntou rapidamente.

- Não muito longe daqui. Não precisa me levar até o meu apartamento.

- Então você mora em um apartamento? –ele perguntou em um tom meio irônico.

- Não acha que já tá sabendo demais?

- Não mesmo. – ele afirmou.

- Bem, acho que está na minha hora de ir, já estou perto. – disse querendo me livrar logo, mas não estava mentindo.

- Não queria me despedir da minha donzela em perigos. – riu de maneira estranha.

- Eu não sou a donzela de ninguém! – falei fazendo uma cara curiosa, não entendi o que ele queria dizer com isso.

- Adeus. – disse e comecei a caminhar rumo ao prédio.

- Adeus amor da minha vida. – ele falou rindo muito.

- Você tá brincando comigo né? – perguntei

- É claro, não te conheço pra saber disso. – ele falou com uma voz branda, virou-se e começou e se perdeu em meio as pingos de chuva.


 Oiii gente, gostaram do capítulo de hoje? Meus capítulos são realmente pequenos, mas deixem nos comentários as suas opinões. Bjsss, xoxo.

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⏰ Última atualização: May 08, 2020 ⏰

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Por Um Guarda-Chuva (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora