Fanfic - One-shots Avalance & Dinahsiren

Little Ava

Sara atravessou o portal para a Waverider e suspirou, depois de perseguir uma múmia perdida pelas catacumbas de Paris ela só queria um bom banho e abraçar a namorada enquanto assistiam um filme. John e Mick seguiram caminho, provavelmente disputando quem tomaria o banheiro primeiro, e ela os deixou seguir em frente.

- Gideon, onde estão Ava e os outos?

- O Sr. Heywood e os outros estão na cozinha, mas devo avisar que há uma pequena... Mudança, no estado das coisas.

Sara franziu a testa para o comentário. Ava, Nate, Charlie e Zari ficaram na nave enquanto ela liderava os outros dois em uma missão; parecia relativamente simples para levar todos, então Ava garantiu que ficaria bem na nave, ao que Sara entendeu que a namorada passaria algum tempo em vídeo chamada com Nora. Bom, ela só esperava que a pequena reunião tivesse acabado e elas pudessem passar algum tempo tranquilo juntas.

- Obrigada, Gideon.

Andou calmamente até a cozinha, de certa forma de preparando mentalmente para alguma confusão; depois de perderem Behrad mesmo Ava parecia precisar relaxar um pouco e curtir com eles, então qualquer cenário era possível. Infelizmente nada poderia prepará-la para encontrar uma garotinha chorando sentada em uma das cadeiras, com cada soluço balançando seu corpinho rechonchudo, sendo cercada pelo resto das lendas e Gary, todos parecendo igualmente culpados.

Sara piscou algumas vezes tentando assimilar o que estava acontecendo, a garotinha guinchou mais alto quando tentou limpar as lágrimas, mas mangas incrivelmente longas da roupa que vestia a impediram de alcançar o rosto.

- O que está acontecendo aqui? – Sara perguntou entredentes – É melhor terem uma ótima desculpa para o que está acontecendo aqui.

- Foi o Gary!

Nate, Charlie e Zari gritaram ao mesmo tempo e, enquanto Gary tentou se esconder atrás do homem de aço, a garotinha só pareceu se assustar ainda mais com os gritos de todos.

- Foi um acidente, eu juro! – o homem assustado guinchou ao de arrastar para de trás da mesa – Eu só queria testar um feitiço!

- Ele pegou um livro do Constantine – Charlie entregou – E tentou fazer um feitiço novo...

- Mas aí teve um barulho de estampido e tudo ficou cheio de fumaça – Zari a interrompeu.

- E quando pudermos enxergar de novo – Nate fez um gesto exagerado em direção a garotinha – Ela estava aqui! E ela chora sempre que um de nós se aproxima dela...

- Gary transportou uma criança para a nave? – Sara grunhiu – Quantas vezes eu vou ter que repetir: nada de feitiços sem a supervisão do Constantine! Cadê a Ava e por que ela não impediu isso?!

Nate pigarreou e coçou a cabeça ao desviar o olhar, Charlie cruzou os braços e também não encontrou o rosto de Sara em nenhum momento então Zari respirou fundo e apontou para a menininha chorosa.

- Sara, essa é a Ava.

Sara engasgou e Nate chegou a lhe dar palmadinhas nas costas antes de se afastar com medo da expressão assassina da capitã. Todos ficaram em silêncio e as únicas coisas que podiam ser ouvidas eram os suspiros e soluços da menininha, ao se aproximar com cuidado para não assusta-la Sara estudou sua imagem e começou a notar as semelhanças.

Os traços eram delicados e fofos, e quanto mais Sara olhava mais semelhanças encontrava. Era o nariz da sua namorada ali, os mesmos olhos, e lábios, tudo em formato diminuto, mas a menina tinha bochechas rechonchudas cobertas de lágrimas.

- É a Ava – murmurou incrédula – Como isso é possível?

- Gary.

Nate e Zari responderam juntos, mas em voz baixa para não assustar ainda mais a garotinha e Sara se demorou um pouco mais em seu rosto como se quisesse confirmar que aquela era uma versão infantil da sua namorada; todas as semelhanças estavam lá, os cabelos loiros estavam desalinhados mas ainda era fofo como formavam aqueles cachos delicados nas pontas. Ava suspirou sentida e coçou o nariz com a manga longa da blusa que usava e, só então, Sara reparou na pilha de roupas amontoadas no chão e que as únicas peças restantes no corpo da criança eram camisa e as meias que dançavam ao redor dos seus tornozelos; no entanto, o que mais a preocupou era que Ava não parecia reconhecê-la ou aos outros.