Southern Lands - Suayeon

Curious - IV

A agitação novamente me possuía naquela noite sombria. Meus nervos agitados e os olhos como tais, tentava acostumar-me ao breu que invadia-me, mas de nada adiantava tentar enxergar, não quando a escuridão me deixava a desejar.

Uivos das bestas ao Sul soavam, gritos intermináveis os acompanhavam. Meu corpo batia contra outros seres das trevas incontáveis vezes. E eu me sentia pender para o lado enquanto tentava encontrar-me com algo, ou alguém.

Um cheiro forte parecia estar impregnado em minhas vestes, e eu senti a umidade indicar que isto se espalhava por meu corpo.

Curiosa, ergo as mãos até estarem frente ao meu rosto, e inalo o cheiro bem conhecido por mim.

Era sangue.

Minha agonia por aquele momento inacabável se encerrou quando uma onda de tristeza me atingiu. Eu me sentia triste, e não sabia o motivo. Mas aquilo chegou no momento em que um par de olhos azuis brilhantes entrou em meu campo de visão.

Mas antes que esses olhos estivessem mais próximos de mim, eu fechei meus olhos e senti lágrimas escorrerem por meu rosto, trilhando caminho até chegarem a cair por meu queixo.

Eu sentia meu corpo inteiro em uma exaustão inexplicável. Nem mesmo parecia que eu antes dormia. Afinal, me encontrava inteiramente cansada em um estado semi-morto.

Na verdade, este é meu estado habitual, levando em consideração que sou um ser morto-vivo.

Mas o que quero dizer, em suma, simboliza unicamente o fato de meu corpo molenga não me obedecer imediatamente os comandos enviados, e cada músculo tensionar diante o esforço realizado para apressar meus movimentos.

Não recordo de muita coisa desde a última vez que estive desperta.

Somente me vem a mente que estava sendo carregada pela garota de fios loiros, e olhos azuis. Ela resmungava, estava irritada pela situação, e eu me sentia tensa diante sua fúria. Yoohyeon e Minji pareciam ter arranjado uma bela confusão antes daquele ocorrido com a loira.

E eu somente queria respostas para isto.

Quando enfim me acalmei do mesmo sonho, me senti estranha por tocar meu rosto e sentir a umidade. Eu estava chorando?

Esse sonho nunca havia me feito chorar antes. O cenário sempre de mesmo modo, mas dessa vez eu parecia sentir mais, e me comoveu o suficiente a ponto de me fazer chorar.

Entretanto, somente limpei meu rosto antes de levantar-me, ou tentar me levantar. Meu corpo curvado tensionava enquanto eu sentia a dor ainda a me consumir.

Gemi ao tatear o local da mordida, erguendo minha mão e percebendo ainda o resquício do meu sangue.

Ao observar meu corpo, franzi o cenho. Não haviam vestes a me cobrir, e eu estava coberta por diversas plantas naquela cama espaçosa, quente, e fedida.

Tudo ao meu redor possuía cheiro de besta sulista. De lobo. E isso me fez prender a respiração no mesmo instante.

Afastei as ervas que cobriam meu corpo, e sentei-me na cama ainda com dor. Encontrei em um móvel estranho, igualmente na cor branca, ao lado da cama, as roupas que eu estava usando, com exceção da camiseta. No lugar da minha vestimenta de couro, havia uma blusa grande e fina de botões, e eu a segurei entre as mãos e inalei seu cheiro, me arrependendo profundamente em seguida. Fede a lobo.

Vesti minha calça de couro e coloquei as botas que eu estava utilizando antes deste infortúnio, e como minha única opção visível era a camisa fedorenta, ou meus seios expostos, a vesti também.