Quando Harry saiu daquela sala, ele não sabia realmente o que iria encontrar. Apesar da garantia de Griphook de que Vold.. Não. De que Tom não vira algumas coisas as quais entregariam a sua verdadeira identidade, ainda existia o fato de que ele vira todo o resto. Suas heranças, seu companheiro... Ora bolas, se não visse no teste de herança dele poderia ver no seu próprio. Potter não sabia como Riddle iria reagir e muito menos, como ele mesmo iria reagir.
-Vamos embora, precisamos conversar. -disse Tom assim que Harry chegara perto dele. Seu tom era precavido porém, tenso.
Saíram rapidamente do banco mas de maneira ordenada para não levantar curiosidade. Ele ainda era Tom Riddle afinal, não queria nem imaginar os jornais no dia seguinte se sequer viessem a ver ele com "o garoto misterioso"...
Assim que pisaram o pé fora das proteções do banco, Harry sentiu o conhecido puxão atrás de seu umbigo. Tom havia aparatado e o levado consigo. Pousando um pouco tremulamente (Harry até ficara bom em aparatação no último ano, fugindo daquele que segurara seu braço para aparatar, e era justamente isso que o deixava nervoso), Potter percebeu que haviam voltado para a mansão de Riddle. Havia algo no ar, diferente do que sentira mais cedo. Era como se as proteções o reconhecessem... Era como se estivesse em casa!
Olhando para o lado um pouco assustado, Harry pensou que talvez Riddle tivesse percebido o mesmo, pois o encarava surpreso. Seguindo adiante, chegaram na sala que Harry antes reconhecera como a sala de estar mas, por conta do momento, não prestou muita atenção nos detalhes. Sentando-se em uma poltrona com acolchoado verde (aquela casa era claramente slytherin), Harry viu xícaras de chá aparecerem à sua frente. Oh! Agora tomava chá com seu perseguidor e algoz.
-Ao que parece, não mentiu sobre quem era, senhor Peverell. Apenas não entendo por que ninguém no mundo bruxo tenha ouvido falar de você, era pensado que sua família havia sido extinta. -disse Tom tomando um gole do chá.
-Bem... Boa parte da minha vida eu não sabia quem era. Então apareceu esse cara, sr. Livemoon. Ele me encontrou e me disse que era bruxo, assim como eu. Me ensinou como um mestre particular e descobriu um pouco do meu passado. -num clique, Harry inventou a mentira. Ou era o que ele pensara. Tudo isso estava gravado na memória de seu corpo naquela linha temporal e mais, realmente havia acontecido. Morte garantira isso quando alterou as coisas.
-Livemoon? O mestre de defesa e aritmancia da América?
-Oh,você o conhece? -Potter ficou um pouco preocupado com a constatação mas então, como um outro clique, percebeu que segundo seu anjos, deuses, ajudantes (do que você queira chamar) disseram que tudo estava resolvido para sua existência ali. Por fim, se deixou ser guiado pelas memórias daquele corpo.
-Quem não o conhece? Apenas o mais jovem mestre em pelo menos 30 anos. Não sabia que ele tinha aprendizes.
-Bem, já não o é mais. Ganhei meu título aos quinze. E não sei se ele pega aprendizes mas, aqui estou eu no entanto.
-Quinze? Em que exatamente você é formado?
-Sou mestre em defesa. Especializado em arte das trevas e maldições. Possuo um doutorado em quebra de maldições antigas, em andamento.
-Livemoon não daria ponto sem nó, é claro. Pegando um dos mais talentosos.
-Ora.. Apenas evento do esforço.
-Bem, no entanto, isso ainda não explica como parou em minha casa. -agora tomando um tom de voz mais sério em comparação ao embasbacado de outrora. Tom mostrava toda sua pose de magistrado e homem da política e negócios.
-Eu realmente não sei, senhor Riddle. Ouveram alguns problemas no meu trabalho de campo, precisei fugir rápido e não pensei para onde aparatar, apenas segui meus instintos. Pensava que estruncharia. -falou Harry da maneira mais convincente que poderia. O que ele diria? Vim do futuro, auxiliado por morte e vida, modificaram a realidade para me encaixar aqui e encontrar você. Ah! E preciso ajudar para que você não vire um louco psicótico que quase acabará com o mundo bruxo. Pff! Claro, st. Mungus amava novos residentes.
-Entendo -a voz fechada de Tom mostra que talvez ele não tenha acreditado totalmente.
Ficaram em silêncio por um tempo, tomando chá, observando um ao outro e refletindo. Novamente, Riddle foi aquele à puxar o assunto.
-Apesar de tudo, o que realmente queria conversa era sobre o que vimos hoje em seu teste. -direto ao ponto, Riddle direcionou a conversa e não perdeu o olhar aflito de Potter.
-Acredito que tenha um ponto específico que queira falar...?
-Sim. Antes desse dia eu já havia feito testes de herança, como você deve imaginar. Todo bruxo maior de idade o faz. E, é claro, todo bruxo em minha posição o faz regularmente. Sempre que o fazia, via pontos escondidos. Heranças não mostradas, propriedades não reveladas, características bloqueadas e é claro...
-Sem nome de companheiro - Harry o interrompeu, entendendo onde ele queria chegar.
-Correto. Agora, talvez você entenda o meu estranhamento, em anos fazendo testes e procurando feitiços, poções. Ou rituais para revelar meu companheiro e tudo que a ele é relacionado, numa noite qualquer encontro um garoto desconhecido, que invade minhas proteções e permanece desacordado, o qual supreendentemente é o meu parceiro. Não só isso mas, é também um meio vampiro meio black veela, portador e submisso. Além de herdeiro Peverell perdido. -falou Tom firme e completamente desconfiado. Havia algo naquele garoto que apesar o fazia desejar tê-lo mas, também, descobrir todos os seus segredos. Que o dizia para protegê-lo mas, tomar cuidado. Que o dizia que era paz e também perigo. Quem era aquele garoto e o que estava fazendo com sua vida metodicamente organizada?
Logo a frente dos pensamentos conflitantes de Riddle, estava Harry (ou Mordred), pensando em tudo que o homem a sua frente dizia, pensando na complicação que todos aqueles seres místicos fizeram em sua vida. Primeiro ele pensara que tudo aquilo fora mais uma das mudanças que Morte e Vida fizeram para garantir sua existência naquele tempo mas, com um vislumbre infeliz ele percebeu as palavras de Tom e juntou-as à seu fragmento de memória. Ele mesmo havia feito seu teste no passado (do seu futuro) e apesar de na época não ter prestado a devida atenção ao que lera naquele pergaminho e muito menos ao que dele era escondido, ele se lembrava perfeitamente do que o homem a sua frente descrevera como vivência e, tardiamente, percebeu que aquilo era a mais perfeita obra do Destino e talvez a única parte da merda rebelde que o "garoto" (milhões ou bilhões de anos mais velho que ele e, claramente, milhões ou bilhões de vezes menos responsável) havia feito em comum acordo com seus pais e irmã.
-Eu gostaria de uma continuação de conversa quando, claramente, não estou em um monólogo. -o tom de voz de Riddle era dominador e um pouco rude. Excitou Harry. No entanto, também o aborrecia.
-É evidente que está levando além o significado das palavras e o conteúdo naquele pergaminho. Não sei o que esperava das revelações que teve hoje, no entanto eu não sou alguém para ser mandado. E não sou alguém que você queira pisar no calo. -respondeu Harry finalmente de forma firme. -Todos os pontos que você pontuou são aceitáveis. Devo lhe dizer que também estranhei as revelações que hoje ocorreram. Eu também não sabia de algumas muitas partes. Estas as quais você enumerou calorosamente. -a língua afiada de Harry soltou finalmente.
-Claramente discordamos no significado de alguns, termos, no entanto, está evidente e marcado em pergaminho a realidade. -apontou Tom a altura, ele não seria descatado. -Além disso, você não espera mesmo que eu acredite que simplesmente nunca teve ciência desses fatos.
-Entendo que os acontecimentos recentes possam dar a entender coisas que não realmente aconteceram. Contudo, devo reafirmar a você que não sabia de metade daquelas informações, assim como não sabia como chegar aqui e pensei ter estrunchado! -Potter (ou Peverell) era uma pessoa enérgica e sabemos o tom que aquilo foi dito. Levantando-se rapidamente e apontando verdades em tom, Harry percebeu que era exatamente o que aquele homem queria, que ele perdesse o controle. Deveria querer provar algum ponto pervertido que ele claramente perdeu.
-Bem, não se importaria então de ficar aqui enquanto investigo melhor esses fatos, planejo corteja-lo devidamente mas, deve imaginar que preciso de respostas. -disse Tom enigmático.
-Tudo que você precisava saber foi dito a você por mim ou revelado naquele pergaminho. Não dou a mínima pra o que sua mente distorcida acha mas, não continuarei aqui para ser objeto de piada ou investigações ridículas. Não se preocupe em me cortejar, sua primeira impressão é claramente desgostante. Passamos uma vida sem um ao outro, podemos continuar assim. -ajeitando-se rapidamente, Harry terminou o chá a muito esquecido e levantou-se não deixado muito tempo para um surpreso Tom responde-lo. Quem perdeu o controle agora? -Agradeço a hospitalidade mas, agora me retiro.
E então saiu teatralmente para a porta e aparatou, deixando para trás um Tom furioso por perder a batalha...
-Ah garoto, eu descobrirei seus segredos mais profundos. Eu farei exatamente o que disse nessa conversa e no fim, você será pura e completamente meu! A guerra ainda não foi vencida. -concluiu Riddle para o além, começando a organizar mentalmente tudo o que havia pensado. Mordred Peverell nem o verá chegando.
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Destiny's Fault - Tomarry
FanfictionNa batalha final em Hogwarts, Harry Potter não poderia estar mais surpreso. Quando enfim cumpre seu "destino", matando Tom Marvolo Riddle (ou Voldemort), o garoto de ouro sente uma profunda dor em seu peito. Então, dois seres surgem e Harry não pode...