REINO DE TROUD
CELENA
"Mas doutor ela tá fraca, ela não pode vir aqui, por favor, vá até lá comigo. Para o bem dela, eu não posso a expor assim."
"Celena, eu não tenho como abandonar o meu trabalho aqui, eu também sirvo o rei. Sinto muito."
"Tudo bem." disse adeus e sai pela feira, eu não posso fazer mais nada, se não conseguir a comida pra pelo menos ela não morrer de fome. Olho para as minhas mãos cinco moedas, foi tudo o que Brian conaeguiu em um dos seus trabalhos, deve da pra comprar alguns legumes, mas não tudo.
Passo em uma banca e compro o que da com o dinheiro, algumas batatas, beterrabas, cenoura, aspargos e algumas especiarias.
Passo por uma banca que tem pães, o dinheiro tinha acabado então eu esperei o dono se distrair, coloquei o meu capuz e peguei dois dos pães e corri, mas no último instante o vendedor me viu e saiu correndo atrás de mim, e para o meu azar chamou outros, assim já é covardia.Corri o quanto pudi, mas cheguei a um muro e não tinha mais comi escapar, pois eles conseguiram me cercar.
"Agora eu te peguei, sua ladra. Acha mesmo que eu não ia te pegar?"
Disse isso me segurando eu tentei sair, mas tava impossível.
"Senhor, me solte por favor, eu devolvo o pão que peguei." disse tentando fazê-lo me soltar.
"Eu te solto, você devolve os meus pães e aí você procura outro lugar para me roubar, não. Não mesmo." Ele me disse isso bem irritado.
Quando eu pensei que não tinha mais saída ouvi uma voz que eu já conhecia, olhei na sua direção e era o George.
"Solte a moça, por favor." Ele disse calmo.
"Não príncipe George, ela roubou os meus pães e faz isso sempre por aqui."
Ouvir príncipe foi a única coisa que me deixou nervosa, ele era o príncipe, podia me prender e os pequenos e a Beth? O que eles iam fazer sem mim?
"Eu pago os danos que ela lhe causou. Basta falar quanto é" ouvir isso dele me deixou surpresa.
"Bom príncipe já que insiste, são cinco moedas." O donos dos pães falou e George deu as moedas para ele que me soltou e saiu andando com os outros.
George me olhou e sorriu.
"Já é a segunda vez que eu te salvo." Me disse e sei que ele tá certo.
"Obrigada mais uma vez." Digo
Respiro fundo, estou aliviada. Se ele quisesse me prender ele não teria pago pelo que peguei. Olho pra ele que continua calado então eu falo:
"Foi bom te rever, até mais." disse já andando quando ele me segurou pelo braço e disse:
"Espera, Celena."
"O que foi, vai me levar pra sua masmorra e me jogar em uma cela?" Ele me encara e eu continuo:
"Eu não faço por maldade, eu sei que roubar é errado, mas essa é a minha única saída."
"Sempre tem outra"
"Para mim não. Eu preciso de alimentos, mas não tenho condições de comprar."
"Você não tem um pai?"
"Não"
"Um irmão?"
"Não""Tio, avô, primo?"
"Também não.""Imagino que seja órfã" disse ele o que já era óbvio.
"Sou, e não tenho como trabalhar porque tenho que cuidar das crianças menores e da dona Elizabeth que é a dona do local onde moro."
"Estranho, meu pai me disse uma vez que ela tinha desistido do abrigo."
"É ela fez isso quando ela parou de receber doações da igreja e do rei."
"Vem comigo então."
Dito isso ele me puxou e voltamos pra feira, ele saiu nas barracas e foi comprando comidas e mais comidas e fez questão de comprar pão na mesma barraca que eu tinha passado antes, no fim de tudo tinha tanta comida que dava pra nós do abrigo passarmos um mês. E foi o que ele fez, me deu tudo.
"Toma, não quero que você morra de fome e nem tenha a falta de sorte de ser pega por um guarda real, porque se isso acontecer você vai ter problemas de verdade." olhei pra ele agradecida pelo gesto.
"Eu não sei o que dizer, grata?"
"Você agradece demais. Basta me dizer aonde tá a carroça."
"Por ali." Mostrei o caminho para ele e fomos em direção.
"Eu agradeço porque foi o que me ensinaram." Ele olhou pra mim e riu.
"Eu também tive essa educação, senhorita Celena."
"Claro, você deve agradecer muitas vezes, com certeza." Fui capaz de dizer em ironia.
E rir da cara dele.
"É aquela ali." Mostrei a carroça e ele colocou os mantimentos lá dentro.
Virei-me para ele e esperei ele dizer algo, mas ele não fez, então comecei a achar que estava na hora de ir embora. Ia ficar muito tarde e a estrada pode ser perigosa a noite."Bom, acho que nos despedimos aqui." disse a ele que me olhou com um olhar triste.
"Posso te acompanhar até em casa?" Me perguntou, ótimo. Tava muito bom.
"George, não é porque você me ajudou e me deu tudo isso que eu vou aceitar ter alguma coisa com você."
Parece que as palavras não o pegaram desprevenido, porque ele foi capaz de formular uma frase muito rápido.
"E nem eu quero isso, só quero passar mais um tempo com você."
"Acho melhor não, George. Quem sabe outro dia."
"Então me encontre aqui amanhã, por favor."
Pensei em dizer não, e por um momento quase disse, mas ele me ajudou e se ele tentasse qualquer coisa eu saberia me defender e dar uma lição nele.
"Tudo bem, George. Nos encontramos amanhã aqui."
"Eu prometo que não vou tentar nada, garanto. Palavra de nobre."
"Ela não vale muito pra mim" disse me referindo a palavra de nobre.
Me despedi dele e partir rumo ao meu lar.
Cheguei cedo o que era bom, e gritei para os meninos virem me ajudar."Nossa Celena, de onde saiu tanta coisa?" Ellis quis saber.
"Uma doação."Levamos tudo para dentro e eu fui até o quarto de Beth ver se ela estava bem, ao chegar lá ela estava dormindo, preferi deixar assim.
Sai do quarto e fui preparar algo para comermos.
🕊❤
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CELENA
Short StoryEm um reino antigo vive a mais bela família, ela era a mais diferente porque eles vivem em harmonia com bruxos e feiticeiros, eles formam o mais poderoso império. Só que em um belo dia tudo vai por água abaixo. O príncipe está perto de abdicar do t...