08

35 15 3
                                    

GEORGE
REINO DE TROUD

Acabo voltando para o castelo sem o meu pai, ele ficou resolvendo o seus negócios e depois do dia com Celena eu quis voltar, e tenho certeza que meu pai me viu com ela e não vou querer perguntas e mais perguntas sobre uma moça que eu pouco sei o nome

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Acabo voltando para o castelo sem o meu pai, ele ficou resolvendo o seus negócios e depois do dia com Celena eu quis voltar, e tenho certeza que meu pai me viu com ela e não vou querer perguntas e mais perguntas sobre uma moça que eu pouco sei o nome.
Passo pelos portões e me detenho a frente do meu lar. Encontro Mary sentada no jardim e me aproximo dela, que está bordando.

"Oi, Mary. Sua atividade está boa?"

Perguntei já sabendo a resposta, Mary é do tipo que vai sempre gostar de fazer atividades domésticas, e isso até certo ponto é bom, mas em outros nem tanto. Isso demonstra que ela não tem interesse em mudar as coisas e nem é audaciosa.

"É uma tarefa necessária, e ajuda a passar o tempo que já é tão tedioso."

"E por que você não sai um pouco, tenta achar outra atividade. Posso te ensinar a usar uma espada." falo tentando melhorar a rotina dela, só que a chata rir da minha cara e se pronuncia:

"George, me desculpe, mas além de tudo você consegue ser péssimo com isso..." ao ouvir isso dei um empurrão nela que me olhou e continuou

"Como eu ia dizendo, você não é tão bom e eu não quero aprender isso, é coisa de homens. E já que você tá se voluntariando a me ajudar, pode começar a treinar um pouco mais."

"Primeiro: eu não sou péssimo com a espada, só não é o que eu gosto de fazer. Segundo: se eu precisar me defender com ela eu vou. Terceiro: apesar de ser uma coisa para homens você devia aprender a se defender. E quarto, comece a correr porque você vai pagar pelas palavras que eu interpretei por insultos.

Ao terminar de dizer isso comecei a correr atrás dela e assim ficamos por um bom tempo, até que a minha mãe nos chamou para acompanhá-la no seu desjejum da tarde e entrou para dentro.

Minha mãe é do tipo tudo em seu lugar e na sua hora, e assim tem que ser.
Ela nos olhou e balançou a cabeça em negação, como se ainda tivéssemos 10 anos. Mary é dois anos mais nova que eu. Ter 24 anos, não me dá uma certa vantagem sobre algumas coisas, mas ainda assim eu gosto dela em outras.

Olho para a mesa que a minha mãe fez as empregadas montarem, sobre a sua supervisão é claro. Ela é sempre assim, tem que ter o selo de aprovação da Rainha Cecília, para que tivesse tudo uma perfeição. Sentamos com ela e começamos a comer, percebi que estava com fome, e involuntariamente pensei em Celena, nunca tinha me preocupado com isso até conhecer de verdade alguém que passa por isso, acabei dando um sorriso por lembrar que eu iria vê-la amanhã, fui interrompido por minha mãe algum tempo depois:

"George, sei pai não voltou com você por quê?"

"Na verdade eu não sei, depois que chegamos lá eu andei um pouco e resolvi voltar pra casa." resolvi omitir certos detalhes de fora da conversa..

"O que você foi fazer lá, se não acompanhar o rei nos negócios da família?"

"Dar uma volta. Quis ver como o povo se comporta."

"Só isso?" Olhei para Mary, que estava com as sobrancelhas levantadas e ela continuou seu discurso:

"Para isso basta dar uma volta pelo castelo, aí você descobre, muito fácil e não precisa sair lá fora e se misturar com os plebeus."

"Concordo com Mary, meu querido." sentenciou a minha doce mãe.

"Eu queria ver coisas novas, e também não tenho que ficar me explicando."

Disse tudo isso um pouco alterado, a verdade é que estava com um pouco de medo delas desconfiarem do real motivo para a minha volta repentina sem o meu pai. Depois disso entramos em um silêncio profundo, quando acabamos sai da mesa e fui em direção aos meus aposentos reais, meus pai provavelmente vão querer saber quem era a moça de mais cedo, e não estou com vontade de contar nada.

Li um pouco de geografia, é sempre bom entender do território em que vivemos. Quando acabei já era fim de tarde e acabei dormindo.

REI EMÍLIO

Resolvi os assuntos que me trouxe até a feira, acontece que os mercantes querem uma produção maior dessa vez, só que nossos campos não estavam desgastados, o sol dessa vez os castigaram e ainda tinha o meu acordo com o Reino de Artemius, no total eu tenho que mandar alimentos frescos para lá por dez anos e até agora eu só cumpri sete, ainda falta algum período e eu não posso voltar atrás nesse acordo e nem gostaria, mas conseguir contornar a situação junto ao meu conselheiro, que garantiu êxito na próxima colheita, e ainda um pouco mais do que foi pedido dessa vez. Voltei para o castelo exausto e ao entrar no quarto encontro Cecília penteando os cabelos, vou até ela e a beijo, em seguida vou em direção ao banheiro, preciso de um banho e assim fiz.

Quando sai já estava na hora do jantar fui até o salão e Mary e Cecília já me esperavam, menos George e eu já sabia o porquê. Eu o vi com a garota e ele tá com medo da pressão que posso fazer.

Definitivamente George não está pronto para assumir o Reino, e a partir da próxima quinzena ele vai começar a se importar com assuntos do Reino, eu não quero um rei mimado e inútil depois de mim. E se eu deixar ele por conta é o que ele vai se tornar.

"Cadê o George?" Questiono todos para assim conseguir uma resposta de algum."

E Cecília é a primeira a falar:

"Ele disse que não irá jantar conosco."

Me sentei na ponta da mesa, eu já imaginava isso, ele acha que qualquer mulher que eu veja ao seu lado é uma possível esposa, e não deixa de ser, ela era uma moça bonita, parecia educada.

"Aconteceu alguma coisa entre vocês?"
Olhei pra ela e lhe sorri:

"Seu filho só está fugindo de uma conversa com o pai."

"E porque ele tá fazendo isso?"

"Porque eu o vi com uma garota, e acha que eu vou aperta-lo ainda mais com a história do matrimônio."

Olhei pra ela que olhava pra Mary.

Mary é a nossa afilhada, mas meu filho nunca se casaria com ela, ele a ver como uma irmã. Ela claramente estava triste, não gostou de saber dessa notícia, lá no fundo ela tem esperanças.

Ela chegou aqui bem pequena, a mãe dela era prima de Cecília, e morreu junto com o marido em uma emboscada feito por forasteiros, ela não tinha ninguém então veio para os nossos cuidados, nem a conhecíamos, mas Cecília e eu, vimos nela a filha que não tivemos. E desde então ela vive conosco. A nossa lady, pretendo dar um título maior de nobreza pra ela em breve.

Por enquanto ainda é a nossa boneca. Ela se desculpa e volta a comer. E pelo resto do jantar evitamos falar do George.


CELENAOnde histórias criam vida. Descubra agora