Helena Klark - A Herdeira da Magia

O Pedido

_ Olá, Miguel. _ a mulher do espelho/meu sonho falou

_ Quem é você? _ falo me afastando do espelho

_ Não importa. Miguel, você precisa vir para o meu lado. Deixa aquela menina pra lá, ela nem liga mais pra você. _ ela fala

_ Não. Ela é minha amiga. _ eu falo

_Amiga?! Uma pessoa que não liga pra você é sua amiga?! Os jovens de hoje em dia não sabem mais o que é amigos. _ ela diz desapontada

_ Quem é você? _ repito apontando a varinha para o espelho

_ Já falei que não importa. E...abaixe a varinha, não vai precisar disso...Não agora. _ ela fala sorrindo

_ Quem é você? _ falo

_ Se você quer tanto saber. Eu sou Morgana. _ ela fala orgulhosa de si mesma

Caiu pra trás e de reflexo, quebro o espelho.

_ Ah, Miguel._ agora a voz vinha do banheiro, vou até lá e vejo a mesma mulher no espelho do banheiro_ É assim que você trata sua madrinha? _ ela pergunta

MADRINHA?! SENHORA ACHO QUE VOCÊ SE CONFUNDIU. PORQUE. EU. NAO.SOU.SEU.A-FI-LHA-DO.

Caiu pra trás.

_ Como assim "madrinha"?! _ falo fazendo aspas com as mãos

_ Ah, sua mãe. Era uma das minhas favoritas. Ela me escolheu como madrinha. _ ela fala sorrindo como se estivesse se lembrando de algo bom

_QUÊ?!_ Grito

_ Miguel. Não grite se não os outros vão ouvir._ ela repreende_ Miguel, eu vim aqui fazer uma proposta que muitos outros aceitariam. Você quer ou não ser um dos meus seguidores?!_ ela pergunta impaciente

_ Ah, uma surpresa pra você querida madrinha._ falo me levantando e ela sorri_ Eu não sou igual as outras pessoas e eu não sou SEU AFILHADO._ o sorriso dela se desfez

_Se não for por bem, será por mal._ ela fala estendendo as mãos e o espelho se quebra

Cacos de vidro voam pra todo lado, um acerta meu braço esquerdo, eu começo a correr em direção a porta, todos os espelhos do quarto explodem fazendo voar cacos de vidro que por pouco não me acertam. Saiu do quarto e começo a correr pelo corredor.

_ AHHHHHHHHH_Prisma grita

Começo a correr na direção do grito e entro num quarto, Prisma estava no chão se contorcendo de dor, ela apertava freneticamente o pulso esquerdo.
Me ajoelho ao lado dela e fico tentando consola-la.
Tiro minha varinha do bolso e faço um feitiço da cura.
Ele dura por um instante. Prisma para de se contorcer e relaxa, logo depois um brilho roxo aparece no seu pulso e ela começa a se contorcer de novo.

_ Eu falei. Será por bem ou por mal. E eu sempre consigo o que eu quero. _ Morgana fala na minha mente

_ TÁ BOM_ grito

Prisma para de se contorcer.

_ Obrigada._ ela fala se referindo ao feitiço que eu tinha feito

_ Não precisa agradecer.

_ Ah, Miguel. Você tá sangrando. _ ela fala apontando para o ferimento no meu braço. _ Vai pra enfermaria.

_ Não precisa. E além do mais onde é?_ falo

_ Precisa sim. É no final do corredor a Oeste. _ ela fala e eu saiu

Esse dia não pode piorar.

Viro o corredor a Oeste e quando chego no final dele me deparo com Helena e um cara.

Nunca desafie o destino.

_ Te pego as sete?_ ele pegunta

_ As sete tá ótimo. _ Helena fala e dá um beijo na bochecha dele

Helena estava saindo, ou seja, indo na minha direção.
Pego a varinha, aponto pra mim e fico invisível. Me concentro até que as cores se misturaram, minha visão ficou turva e comecei a rodopiar.
Aparatei para o meu quarto.
Ouço uma batida na porta e vou ver quem é.

_ Oi._ Helena fala

_ Oi. _ falo friamente

_ O que foi? Você tá estranho.

_ Nada._ minto

_ Você não acredita no que aconteceu? _ ela fala se deitando na cama

_ O que?_ falo sem intusiasmo

Depois dela me contar tudo que aconteceu entre ela e Carlos, só comprovando o que eu já sabia:ele chamou ela pra sair.

_Vocês vão as sete? _ pergunto

_Sim. Por que? _ ela pergunta

_ Por que não são 6:30.

_Quê?!_ ela se levanta da cama_ Preciso ir. Tchau.

Depois de fechar a porta, deito na cama durmo.
Nem tive sonhos.
Acho que os sonhos tavam com tanta pena de mim que resolveram não vir.
Não tive sonhos ruins e muito menos bons. Só o inconfundível vácuo escuro e sem cor.