Impossible Dream

25

Não é rejeitando minha cama, mas a cama do Tom era coisa de outro mundo, dava vontade de morar nela de tão boa.
Eu me sentia até brava por não conseguir mais voltar a dormir.
Me virei para Tom o vendo dormindo tranquilamente com a boca meio aberta, o cabelo desgrenhado e a mão debaixo da cabeça.

Ele era lindo.

Olhei o relógio atrás dele e vi que já era 08:30, comecei a batalhar em meus pensamentos sobre continuar ali naquela deliciosa cama admirando aquele delicioso homem ou levantar e fazer o café da manhã pra ele.

Como o Tom não havia falado nada ontem sobre algum compromisso que teria, decidi deixá-lo dormindo e me levantei devagar para fazer minhas higienes e preparar o café da manhã para ele.

Os armários da cozinha estavam praticamente vazios, a não ser pelas poucas coisas que eu havia comprado ontem no mercado com o Harry.

Eu e Tom precisamos ir as compras.

Coloquei o fone ouvindo meus sertanejos matinais e fiz um café da manhã básico.

Ouvi a porta do banheiro se abrindo e supus que Tom já havia acordado. Coloquei meu fone junto com o celular no sofá e terminei de arrumar a mesa vendo um Tom coçando os olhos entrando na cozinha.

-Bom dia amor. - Ele veio até mim me dando um selinho e olhando para a mesa. - Nossa, preciso conseguir um visto permanente pra você aqui. - Sorri com sua fala e me sentei na mesa sendo acompanhada por ele.

-Tom aquela cama é surreal, sério! Você precisa me passar o nome daquele colchão.

-É bom né? Depois que comprei ele tive que comprar para o meu quarto na casa dos meus pais porque ele é muito bom. Já perdi a hora de vários compromissos de tão bom que ele é.

-Realmente, ele é maravilhoso, poderia passar o dia todo deitada tranquilamente. - Ele riu tomando um pouco de café.

-Esse café está muito bom.

-Eu sei. - Me gabei fazendo ele sorrir. - Amor a gente precisa ir as compras, os armários estão praticamente vazios e nem pensar que a gente vai viver de Delivery.

-Por que não? É tão mais prático e a gente nem suja prato.

-Credo seu preguiçoso, nada se compara a uma comida feita em casa.

-Você diz isso porque ainda não comeu a comida do Don Juan.

-Ela é melhor que minha comida? - Semicerrei os olhos encarando Tom que engoliu seco tomando mais uma xícara de café.

-Você tem razão vamos as compras! - Ele afirmou e eu ri da sua resposta.

-Você não presta! Mas enfim, você tem algum compromisso hoje? Se não tiver podemos ir depois do café.

-Na verdade eu tenho uma entrevista, mas só a tarde. Mas tem um problema. - Ele disse coçando a cabeça parecendo sem jeito.

-Eu não costumo ir ao mercado, quer dizer é meio difícil sair aqui porque todo mundo me conhece aí me param na rua e talz.

-Ah sim. - Disse pensativa, eu tinha esquecido desse pequeno grande detalhe. - Tudo bem, será que o Harry pode ir comigo? A gente foi no mercado ontem, mas meio que já esqueci o caminho.

-Vou mandar mensagem pra ele perguntando.

-Ok, mesmo que ele não possa ir pede pra ele me mandar o endereço de lá que eu pego um taxi.

Tom olhou para o celular começando a digitar e depois ficou parado estático.

-Quer saber, eu vou com você. - Ele disse convicto e eu o encarei confusa.