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Eu e Tom passamos a tarde e o início da noite deitados no sofá assistindo FRIENDS e jogando conversa fora.
Já estava anoitecendo e conseguia notar que ele estava cansado, porém não sabia se ele tinha alugado um quarto de hotel ou se pretendia dormir aqui.

Eu tinha um quarto sobrando, na verdade era o quarto da Wedja, mas não sabia se deveria oferecer de cara.

- Você parece bem cansado.

- Na verdade eu estou. - Tom disse bocejando.

- Bom, se você não quiser ficar no hotel eu tenho um quarto sobrando. É o quarto da Wedja na verdade, ela dorme aqui as vezes então decidiu mobilhar o quarto pra ela.

- Na verdade eu ia procurar o hotel ainda, mas se não tiver problema pra você.

- Claro que não, vem! - Me levantei pegando em sua mão levando para o quarto de frente ao meu e abrindo a porta. - Como eu disse foi a Wedja que mobilhou então...

- É perfeito, eu gostei.

- Fico feliz que gostou.

- Wedja tem duas casas então?

- Ela tem várias.

- Como assim?

- Digamos que ela é rica, ela trabalha na empresa do seu pai.

- Ah sim, e sua família?

- Eles moram em São Paulo, eu me mudei para Curitiba quando fiz 18 anos.

- Hum, e você sempre vê eles? - Tom perguntou sentando na cama com as mãos no bolso e eu fiquei em pé em sua frente.

- Duas vezes ao ano, uma vez por ano eu viajo pra lá e uma vez por ano eles vem pra cá. Mas converso com eles todos os dias.

- Então eles te apoiaram na mudança ne?

- Pra falar a verdade não, eles achavam loucura, mas sempre achei Curitiba muito legal, eu tenho tios que moram aqui e sempre que vinha para cá ficava encantada. Então com muita insistência eles deixaram, mas aí os primeiros meses fiquei na casa dos meus tios e depois que insisti muito meus pais deixaram eu morar sozinha.

- Eles devem ser bem protetores.

- Bastante, mas hoje eles deram uma relaxada, viram que consigo me virar sozinha. - Sorri orgulhosa de mim mesma.

- Isso é ótimo! - Ele me olhou sorrindo. - Falando nisso, podemos tirar uma foto juntos? Meus pais pedirão isso pra garantir que não fui sequestrado nem nada.

- Claro.

Ele se levantou arrumando seu cabelo e colocando na câmera, eu me aproximei dele e ele passou os braços pelo meu ombro me fazendo ficar arrepiada.

Sorrimos e ele tirou a foto.

- Ficou boa não acha?

- Ficou linda, me manda depois?

- Claro.

- Acho que os seus pais não vão gostar de mim.

- Que nada, eles vão amar te conhecer, eles só são protetores. - Ele fez aspas rindo.

- O que acha de pedirmos pizza?

- Eu topo, desde que deixe eu pagar.

- Não precisa.

- Já vou me hospedar na sua casa, deixa eu pagar a pizza pelo menos. - Revirei os olhos concordando.

Fui até a sala sendo acompanhada por ele em busca do meu celular para fazer o pedido.

Impossible DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora