A poesia sempre fez parte do que sou e do que me tornei. Ela foi cura, alívio e afago. Foi força para impulsionar e rede para apanhar, foi o que me manteve de pé enquanto meu interior desmoronava e retornava ao pó antes do previsto. Rabiscos do Pass...
É que ele sempre foi frio e eu sempre fui fogo. Eu sempre bati de frente e ele preferia não discutir. Eu sempre fui gargalhada solta e ele riso contido. Sempre fui de festa e ele de sofá e filme. Eu era ódio, ele era amor. E nessa balança o que nos mantinha equilibrados era o bem-querer que um tinha pelo outro, isso bastava. O que faltava em mim, tinha nele e vice-versa. Nossa relação foi uma troca de gentilezas. Por vezes um pote de açúcar carregado de doçura, em outros momentos o horrível gosto do amargo fel. Fomos companhia e abraço quente, passamos a morar no aconchego um do outro.
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