Undertale - The Seven Souls [PT-BR]

Capítulo 27

  Foram tantas pessoas falando de uma vez que eu já não estava entendendo nada! Ao mesmo tempo que pareciam me explicar algo, seus olhos brilhavam de alívio por ver que tudo correu bem. E ao perceber isso, eu finalmente me permiti soltar o ar que estava prendendo, e só percebi essa sensação quando a Sophie me deu um caloroso abraço.

  Heh, engraçado, até essa gritaria me fez sentir falta do jeito maluco deles. Eu fiquei tão focada em mim mesma... E olha, lutar com Papyrus definitivamente não foi a coisa mais fácil do mundo. Mal sei quanto tempo a batalha durou!

  Eu não soube explicar, mas só de vê-los tão preocupados comigo... Isso me enche de felicidade. Por ver que apesar de tudo, eles ainda estão ali. Comigo.

  Tudo que fiz foi sorrir.

— PARA DE RIR, TÁ ME PREOCUPANDO! — eu ri mais ainda por essa reação do George!

— NOSSA FRISK, PUTA QUE PARIU! — o Jason se aproxima bruscamente, mas me dando um abraço tão aconchegante...

— NUNCA MAIS FAÇA ISSO DE NOVO, OUVIU?! — a Sam se aproxima também e... Me abraçou.

  Ok, eu não esperei por isso.

  Demorei uns segundos até finalmente retribuir o gesto, mas logo a apertei intensamente e não levei reclamações como de costume. Wow, onde está aquela Samantha que odeia abraços? Bom, não que eu esteja reclamando... Mas...

  Será que terei chances dela me perdoar...?

— E COMO VOCÊ CONSEGUIU AQUELA COISA!?!? — o Leo apontou aonde tinha sido o último ataque (gigante) do Papyrus, que já havia sumido.

— E-Eu não sei!

— Boom... Digamos que ela se esforçou... Até os ossos!

 Essa voz...

— SANS!!!! — dei um grito tão alto que acho que até ele se assustou.

— E aí baixinha, o que manda-U-uh???

  Eu não sei o que estava na minha cabeça quando o abracei, mas foi o que eu fiz.
  Meus pelos ficaram levemente arrepiados ao sentir seus braços envolvendo devagar meu corpo. Sua reação foi até melhor do que eu esperava, já que ele não citou uma palavra sequer. Nossa, até senti um cheiro característico de ketchup e me recordei de quando vesti seu casaco mais cedo. Ah, ele era tão quentinho...

  Confesso que, no momento, eu simplesmente não quis me importar com o que diriam ou pensariam. É só que... Eu senti tanta falta da presença dele, não sei explicar!

  Naquele simples abraço, eu senti como se o mundo tivesse parado ali.

  ...até a vergonha na cara bater na minha porta.

— E-EH... D-Desculpa!!!! — eu o solto e a primeira coisa que vejo são suas bochechas levemente azuis.

— Ok, por essa eu não esperava. — ele diz com um leve sorrisinho, ainda azul.

— D-Desculpa, é que faz um tempo que a gente não se vê... E tal... Hehehe... — urgh, por que eu tô agindo assim?!

— Fica calma, baixinha. Você não tá mais OSSOlitária! — ele dá um riso abafado.

— Sei disso! — dou um leve sorriso como resposta.

— Oxente, então foi tu que ajudou, esqueletin? — a Just se intromete e Sans afirma com a cabeça.

  Então foi ele que me ajudou! Claro, o que eu estava esperando? Eu não criaria superpoderes do nada!

  Mas... Por quê ele fez isso?