sugar daddy • taekook

[08] domésticos.

Um mês havia se passado e a relação de Jeongguk e Taehyung só melhorava. Agora o Kim se sentia mais solto em relação ao empresário, não surtava mais — ou pelo tentava — pelas ações repentinas do mais velho; como do nada chegar com uma pilha de sacolas com roupas caras em sua casa ou então surgir com jantares em restaurantes caros.

Estavam se dando bem, toda as vezes que se encontravam se sentia confortáveis na companhia um do outro. Aos poucos Taehyung deixava sua timidez de lado; mas ele ainda não sabia lidar quando o moreno aparecia de surpresa na sua universidade.
As pessoas ainda comentavam sobre os dois, diziam que o Kim era um acompanhante de luxo, mas tudo parece piorar quando reconheceram o empresário. Agora não eram somente burburinho, alguns tinham a cara de pau de fotografa-los juntos apenas para venderem as fotos para algum site de fofoca famoso.

Mas tirando isso, tudo ocorria bem.

O quadro hospitalar de Sieun havia melhorado, isso graças a Jeongguk que fez questão de transferi-la para o maior hospital de Seoul, agora a Kim era tratada por um equipe especializada em seu caso.

Mas Park Yuchun — padrasto de Taehyung — e Taemin desconfiavam do loiro, era quase impossível o Kim conseguir tanto dinheiro em tão pouco tempo. Mas Taehyung havia dado a desculpa de que havia arrumado um emprego na empresa de Jeongguk — ideia essa que veio do próprio Jeon.

Taehyung estava na casa do empresário. Como todas as vezes, Jeongguk o buscou depois da universidade mas dessa vez levou o loiro para sua casa. Eram apenas três da tarde quando acabaram transando na sala de cinema da mansão.
Agora estavam jogados nu na cama do mais velho enquanto tinham uma discussão boba.

O Jeon estava reclamando porque Taehyung não o chamava por nenhum apelido.

— Eu mereço um apelidinho! Eu vivo te chamando de "sweet" ou de "babe", e tudo que eu recebo é um "Jeon". —O moreno resmungou emburrado.

Taehyung se segurou para não rir da cara do mais velho, olhando assim parecia que ele era o tão famoso empresário ríspido que todos temiam. Jeon Jeongguk conseguia agir uma criancinha quando queria, com direito até biquinho emburrado.

— Eu não sou bom com apelidos. —O Kim respondeu simplista.

— Ao menos me chame de "daddy", já que nem isso você faz. —Resmungou novamente. — Porra, você nem me chama de "hyung".

Dessa vez o loiro não se aguentou e riu. Em seguida ele se arrastou até o Jeon e ficou por cima do corpo nu alheio.

— Aish, então me ajude a escolher. —Cedeu. — Que tal boo?

— É broxante demais. —Taehyung lhe deu um tapa fraco no braço. — E fora que me lembrou a Boo do filme Monstros S.A.

— Ah, mas é fofinho. Não tem nada de broxante.

— Não gostei, próximo! —Empinou o nariz.

— Hmm, que tal beloved? —Sugeriu.

— Não.

— Bunny?

— Se isso for por causa dos meus dentes eu te expulso da minha casa. —Jeongguk falou em um tom falso de ameaça.

— Ya, seus dentes são uma graça. —O Kim confessou.

— Deveria me chamar de sex god. —O empresário falou de forma convencida, arrancando uma risada gostosa do mais novo. — Eu estou falando sério.

— Hm, se você diz. —Taehyung deu de ombros.

Ficaram mais um tempinho naquele assunto até o Kim finalmente de decidir, e para sanidade de Jeongguk não existia um apelido melhor do que aquele. Fosse básico demais ou até mesmo óbvio, mas estava doido para ser chamado daquela forma — principalmente em uma transa.

Ainda não haviam realizado nenhum fetiche e nem mesmo fizeram alguma sessão. Jeongguk tinha medo de estar indo rápido demais; mesmo sabendo que Taehyung era adepto ao bdsm, Jeon esperaria o seu tempo. Mas era óbvio que estava doido para domina-lo na cama, aplicar algumas punições e estimula-lo de todas as formas possíveis; mas esperaria pelo tempo do Kim.

— Isso é vergonhoso. —O loirinho escondeu a cabeça na curvatura do pescoço do mais velho.

— Eu quero te ouvir dizendo, sweet. Vamos lá. —Incentivou.

— Daddy... —Taehyung pronunciou meio incerto, saboreando a palavra em sua boca. Se acostumando em como ela era dita por sua voz.

— Parece que eu tô vivendo um sonho. —Jeon disse de forma mais dramática que conseguiu, fazendo o mais novo revirar os olhos. — Se estivermos em público e não quiser me chamar assim, pode me chamar de "hyung". Meu ego será bem alimentado.

— Eu preciso ir embora. —O Kim murmurou.

— Passe a noite aqui, uh? —Jeongguk pediu. — Amanhã é sábado, posso te deixar cedo em casa se quiser.

— Eu não sei não...

— Por favor, neném. —O empresário roubou um selar do loiro.

— Tudo bem, daddy. Eu passo a noite com você.

— Cada vez que você me chamar assim eu terei um ataque cardíaco. —Jeon brincou.

●

Os dois estavam de banho tomado, pijamas vestidos e assistiam um filme de animação. Dessa vez optaram por assistir no quarto do Jeon em vez da sala de cinema; estavam confortáveis o bastante no meio daquele amontoado de travesseiros e um cobertor grosso.

Jeongguk fitou o moreno que estava deitado no meio de suas pernas e braços. Levou o nariz até os fios loirinhos recém lavados, inspirando o cheirinho fraco de morango que exalava graças ao shampoo que o mais novo usou. O Jeon se sentia sortudo por ter o conhecido, porque se fosse a dois meses atrás uma hora dessas ele estaria enchendo a cara em um bar qualquer e depois foderia com o primeiro ser humano que daria em cima de si. Mas agora estava ali, em plena sexta-feira a noite assistindo uma animação com Taehyung.

— Jeonggukie, podemos dormir? Estou ficando com — um bocejo cortou sua fala —sono. —Se virou para encarar o moreno.

— Podemos sim, babe. —Jeongguk assentiu.

Taehyung desligou a tv enquanto o mais velho arrumou os travesseiros em seus devidos lugar. Em seguida o Kim se infiltrou novamente debaixo da coberta quentinha.

— Cadê o meu beijo de boa noite, uh? —Jeon se aproximou.

O loiro sorriu bobo antes de juntar os lábios. Era possível sentir o gostinho de pasta de dente em suas cavidades bucais, deixando o beijo com gosto de menta. No fim do beijo, Jeon mordiscou o lábio inferior do Kim.

— Boa noite. —O loiro desejou.

— Boa noite, e o que mais..?

— Boa noite, daddy. —Taehyung repetiu, arrancando um sorriso de Jeongguk.

— Boa noite, baby.

O empresário abraçou o mais novo por trás, em uma conchinha quentinha e acolhedora. Não demorou muito para os dois se entregarem ao sono.