sugar daddy • taekook

[17] palavras que machucam.

Definitivamente hoje não era um bom dia para Taehyung. Sua ansiedade estava atacada graças a viagem que ele, Jeongguk e Hyeri — e claro, o pequeno Yeontan — estavam fazendo para Busan. No fim de semana seria o aniversário do mais velho e por isso eles estavam a caminho da casa dos Jeon's.

Era exatamente por isso que o Kim estava nervoso. Iria conhecer a família de Jeongguk, conhecer um outro lado do empresário, que talvez ele não estivesse preparado para conhecer.

Passaram quatro horas dentro do carro para finalmente chegarem na cidade natal do Jeon.

Quando o mais velho parou o carro já dentro do terreno da mansão, Taehyung sentiu seu estômago embrulhar. Hyeri foi a primeira a descer do veículo juntamente com Yeontan em seu colo.

— Ei, tá tudo bem? —O moreno perguntou.

— Sim, está. —O Kim forçou um sorriso. Não iria estragar o dia de Jeongguk com as suas inseguranças.

Os dois saíram do automóvel e o Jeon se apressou em entrelaçar sua destra com a canhota do loiro, em uma tentativa de lhe passar segurança.

— Olha vovó, esse é o Tanie. O papai comprou ele. —Assim que entraram na mansão eles ouviram a voz animada da criança enquanto falava com a sua avó.

— Que gracinha. Finalmente seu pai comprou um cachorrinho para você.

— Ele não é meu, ele é do Taetae.

— Quem é esse?

Finalmente chegaram na sala, onde as duas estavam conversando.

— Olá meu filho, quanto tempo. —A mais velha se aproximou e foi nesse momento que Taehyung desfez o contato das mãos.

Ele observou os dois se cumprimentando, em seguida seus olhos caíram em um homem de meia idade que os encarava de longe.

— Mamãe, esse é o Taehyung. —O loirinho foi tirado dos seus pensamentos pela voz de Jeongguk. — Tae, essa é a minha mãe, Jiyoon.

— É um prazer conhecê-la. —O Kim sorriu quando a mais velha lhe lançou um sorriso acolhedor.

— O prazer é meu. Finalmente estou conhecendo um amigo do Gukie.

E a torta de climão foi servida com gosto.

— Hm, olá. —Um garoto muito parecido com Jeongguk apareceu.

— Tae, esse é o meu irmão mais novo, Jungwoo. —Jeongguk pigarreou.

Depois das apresentações, o empresário mostrou a casa para o Kim e em seguida foram para o quarto em que ficariam até o fim de semana.

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Dizer que Taehyung estava confortável em estar ali era uma completa mentira. Durante o almoço ele foi obrigado a ouvir Jiyoon lamentando pelo divórcio de Jeongguk e Jieun. A todo momento a mulher tentava citar a ex-nora no assunto, o que deixava o seu próprio filho irritado.

Taehyung também conheceu o pai do empresário. O senhor Seojun era um homem de poucas palavras, e durante do almoço ele permaneceu em silêncio, somente ouvindo a sua esposa tagalerar.

O loiro havia passado a tarde trancado no quarto, disse que estava se sentindo indisposto — o que era apenas uma desculpa esfarrapada —, e agora estava encolido na cama. Ele queria se esconder de tudo e de todos, não estava sabendo lidar com o sentimento da paixão que crescia em seu peito e estar na casa dos pais de Jeongguk não estava lhe ajudando em nada.

Taehyung se sentia um intruso; alguém que não deveria estar e que não pertencia a aquele ciclo.

Queria ir embora, queria ter ficado com Jimin e com Yoongi enquanto ouviam o mais novo xingando os personagens da série em que estavam assistindo. Queria ouvir o Park falando mal de Hoseok e ao mesmo tempo dizendo que estava apaixonado por ele, tudo isso enquanto Yoongi soltava comentários ácidos.