[18] acerto de contas.

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Jeongguk nem ao menos esperou o carro parar, abriu a porta e correu feito um louco para dentro da estação de trem. Seu coração batia freneticamente em seu peito e ele pedia para todos os santos para Taehyung ainda estar ali.

Precisava entender tudo o que estava acontecendo, mas principalmente precisava do Kim consigo. E mesmo que ele fosse para Seoul, Jeongguk iria atrás sem nem pensar duas vezes.

Com os seus olhos ele vasculhou a estação até que achou o seu loirinho. Taehyung estava encolido em um dos bancos, seu rosto estava completamente vermelho — denunciando o seu recém choro — e ele encarava algum ponto específico.

O empresário suspirou aliviado ao vê-lo, em seguida foi na direção do mesmo.

Sweet?

Taehyung sentiu vontade de chorar ao ouvir aquela voz tão conhecida por si, mas ao mesmo tempo uma sensação boa invadiu o seu peito. Olhou para cima, vendo o moreno lhe encarando com os olhos preocupados.

Não foi preciso dizer nada, o mais novo apenas se jogou nos braços do empresário, sendo abraçado de volta com força. Taehyung se sentia aquele sentimento de paz e proteção lhe atingindo em cheio ao que era abraçado, amava essa sensação que somente Jeongguk transmitia.

— Não faça isso nunca mais, por favor. —Ouviu o murmuro do mais velho, em seguida se afastou minimamente apenas para encara-lo nos olhos. — Você não sabe quão me doeu ouvir você dizendo que iria embora. —Confessou. — Você precisa me dizer o que aconteceu. Alguém fez ou te disse algo? Preciso que seja sincero comigo, Tae.

O loiro respirou fundo. Ele não queria arrumar confusão com a família Jeon, mas era necessário contar tudo que havia acontecido consigo, ainda mais que o loiro sabia que não conseguiria esconder nada de Jeongguk.

— Antes de tudo, me prometa que irá manter a calma, ok? —Taehyung puxou o empresário para sentar ao seu lado.

— Tá, eu prometo. Só me diga logo. —O moreno o encarou. — Espera, —Jeongguk analisou a bochecha do Kim, reparando que ali havia a marca de uma mão. — Quem te bateu, Taehyung? —Sua postura se tornou rígida.

— Eu vou te contar tudo, só se acalme. —O mais novo segurou as mãos do empresário. — Bem, foi a sua mãe...

Taehyung contou tudo o que Jiyoon falou e fez consigo, e Jeongguk ouviu tudo calado.

O Jeon nunca duvidaria do loiro, principalmente se fosse algo relacionado a sua matriarca. Ele sabia que sua mãe não era uma pessoa boa, não só sabia com também havia presenciado na pele. Jiyoon era uma mulher amargurada consigo mesma, e quando enriqueceu se tornou pior ainda.
Ela é apegada aos costumes antigos e repudia tudo que vai contra a isso.

Por isso ele não ficou surpreso ao ouvir da boca de Taehyung as barbaridades que sua mãe disse para o mesmo. Mas ele ficou com ódio, afinal Jiyoon poderia descontar todo o seu preconceito no Kim, muito menos partir para agressão.

Respirou fundo antes de abraça-lo e murmurar inúmeras desculpas pelos atos de sua mãe.

— Nós não ficaremos mais aqui. —Disse subtamente. — O que acha de irmos para o Japão, hm? Só eu e você.

— E a Hyeri? E o seus pais?

— Eu deixo ela com eles. Nós vamos passar o meu aniversário lá, longe de estresse. —O mais velho respondeu. — Quero me redimir com você pelo o que a minha mãe fez.

— Gukie, a culpa não é sua se a sua mãe é homofobica. —O loiro tocou a bochecha alheia. — Se ela quisesse mudar esse pensamento ela já teria feito. Sabe, existem pessoas que simplesmente não querem, acham que esse tipo de pensamento o certo e talvez nunca mudem. —Foi sincero. — Quem perde é ela, afinal esse preconceito que ela tem não a deixa ver o filho maravilhoso que ela tem.

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