Bucky Barnes - parte um

839 101 17
                                    

Havia se passado uma semana desde que Solar começara a tentar entrar na cabeça de Bucky e ajudá-lo de alguma forma

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Havia se passado uma semana desde que Solar começara a tentar entrar na cabeça de Bucky e ajudá-lo de alguma forma. Porém não tinham evoluído quase nada. Pelo menos era isso que os outros pensavam.

- Oi, Bucky! - Solar cumprimento-o assim que chegou ao mesmo lugar de sempre.

Essa fábrica é sinistra. Será que não tem como arrumarem outro lugar?

Ele apenas ergueu seu olhar e prestou atenção nos movimentos da garota. O homem estava com os pés e mãos presos sentado em uma cadeira velha em um quarto frio e sujo.

Isso é desumano, principalmente depois de tudo que ele passou!

- Você tá com fome? - questionou mesmo sabendo que ele não a responderia. - Olha, eu sei que você não vai acreditar, mas eu estou aqui pra te ajudar. Se eu quisesse te machucar, já teria feito isso. Eu não sou como eles e se pudesse acabaria com cada um que te fez sofrer. - declarou sincera.

Alguns segundos se passaram antes de Solar tomar um susto com a voz rouca.

- Sim - ela ergueu uma sobrancelha. - Estou com fome.

Finalmente progresso!

- Ótimo! Eu fiz uma lasanha incrível! - exclamou animada.

Ela caminhou até ele e o mesmo encarou-a estranho.

- Não aguento mais te ver preso aqui. - disse começando a desamarrar seus pés. - Você precisa pegar um pouco de sol.

Ela soltou-o completamente e se afastou esperando-o levantar. Contudo, o homem continuo sentado, um pouco recluso.

- Você não quer sair? - a garota indagou surpresa e um tanto desanimada.

- Tenho medo do que posso fazer. - desviou o olhar envergonhado.

- Eu sei me cuidar - ela piscou um olho. - E os outros só vão chegar daqui a pouco. Temos um tempo. - ele continuou sem se mover. - Não me obrigue a te arrastar. - falou brincalhona, mas com um tom de verdade na voz.

Então, a contragosto Bucky levantou-se e ficou ereto ainda encarando a menina. Ela fez um sinal com a cabeça para que ele a seguisse e assim ele fez.

Ao chegarem ao lado de fora da fábrica e a luz do sol finalmente entrar em contato com a pele do soldado, Solar deixou-se examiná-lo por uns instantes.

Seu cabelo castanho ficava dourado no sol, a barba por fazer dava uma aspecto de rudez, os olhos azuis apertados por causa da luminosidade formavam rugas acima das bochechas e sua boca - sempre rosada - estava um pouco seca.

Ele é realmente bonito, mesmo nessas circunstâncias.

Solar sentou-se no chão e esperou que Bucky fizesse o mesmo.

- Venha! - insistiu.

Assim que ele o fez, a garota tirou um grande pote de sua mochila velha e desgastada, a qual carregava para todos os lados sempre quando podia. Pegou também dois garfos e estendeu um a Bucky. Ele pegou-a lentamente, como se aquilo fosse uma arma extremamente sensível.

- Não se assuste! - ela avisou-o e o soldado semicerrou seus olhos.

Com as duas mãos ela segurou o pote. E como se fosse um desejo ou uma vontade profunda, suas mãos começaram a aquecer e esquentar a lasanha.

Bucky admirava abismado e deslumbrado. Solar não estava mentindo quando disse que podia se cuidar sozinha.

- Pronto! - exclamou feliz e rapidamente colocou um garfo na boca.

Bucky, com muita lentidão, pegou um pequeno pedaço da lasanha e levou a boca. Estava realmente quente. Ele deliciou por alguns segundos e Solar observou-o sorrateiramente.

Sem dizer uma palavra, os dois comeram em uma absoluta tranquilidade. A garota notou que os ombros do homem relaxaram, sua carranca se suavizou e ele deixou de parecer tão ameaçador.

Ao terminarem, Solar guardou o pote e os garfos em sua mochila e recostou-se sobre uma pedra velha que estava ali.

Ao perceber que Bucky estava começando a ficar tenso de novo, ela teve uma ideia.

- Ei, quer ver o que eu posso fazer? - perguntou com um pequeno sorriso maroto.

Ele não se moveu, mas seus olhos demonstraram curiosidade.

A garota examinou o local ao seu redor e viu algumas penas brancas no chão um pouco a sua frente. O homem direcionou o mesmo olhar que ela e prestou atenção.

Sua pele brilhou através das inscrições e rabiscos, como uma tatuagem metalizada. Seus olhos ficaram completamente brancos, sem íris ou pupila e ela focou serenamente na energia luminosa dente de si.

Ao erguer suas mãos levemente, as penas seguiram o mesmo movimento. Ela sorriu de lado e trouxe as penas até si. Com muita cautela, a menina as faz rodopiarem em torno de Bucky, o qual contemplava tudo maravilhado. O sorriso da garota aumentou ainda mais ao vê-lo demonstrar um mínimo de felicidade. Ela quase não existia nele, mas Solar podia sentir.

- O que está acontecendo? - ela ouviu a voz de Sam e toda sua concentração se evaporou, fazendo as penas repousarem no chão ao lado de Bucky. - Por que ele está solto?

Sam aproximou-se com Steve e Natalia em seu encalço.

- Eu soltei ele - disse sem parecer nada demais.

- Por quê? Quantas vezes vou ter que avisar que ele é perigoso? - indagou estupefato.

- Tecnicamente eu também sou. - Solar deu de ombros.

- Mas você não sofreu uma lavagem cerebral e foi usada como uma arma! - exclamou alto.

Automaticamente Bucky levantou e avançou em Sam. Porém Solar foi rápida e entrou na frente, encarando o homem nos olhos.

- Ei, não escuta o que ele diz - eles ainda continuavam se fulminando com os olhos. - Escuta a minha voz - ordenou alto.

Os olhos do soldado voltaram-se para os da garota. Sua expressão acalmou-se e seus punhos relaxaram.

- Não estávamos fazendo nada demais! - ela virou-se para encarar os três enquanto Bucky ficava atrás de si. - Estava tudo sob controle.

- E se não estivesse? - Sam questionou claramente com raiva.

- Mas estava! - Solar bateu o pé demonstrando que também estava brava.

- Okay, já chega! - Sam respirou fundo. - Ele já pode voltar para dentro.

- Por quê? Está tudo bem com a gente aqui fora. Ele precisava pegar um sol. Ele também é um ser humano, Sam! - Solar praticamente gritou, fazendo todos ficarem quietos.

- Acho melhor voltarmos para dentro. - dessa vez foi Steve quem se manifestou.

No entanto, ele sugeriu aquilo porque sabia que estavam sendo vigiados. E ao notarem sua tensão, os outros também perceberam.

----------

Não se esqueçam de votar!

Espero que tenham tido uma boa leitura :)

Inverno Solar - Bucky Barnes Onde histórias criam vida. Descubra agora