Solar foi enviada à Terra quando era apenas um bebê. Sem noção de seus poderes, ela leva uma vida normal, medíocre na verdade. Isso até se deparar com o soldado dos olhos mais azuis que já vira. Depois disso tudo mudou. E agora ela tem de lidar com...
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- Ele está aqui - Steve indicou a porta.
Ele tinha cumprido sua promessa de trazer Solar até Bucky. O soldado estava em uma espécie de hotel, porém muito mais sigiloso.
- Podem nos dar um tempinho a sós? - a garota perguntou a Steve e Sam.
- Não acho que isso seja uma boa ideia - Sam interviu.
- Fala sério, Sammy! Eu posso muito bem me cuidar sozinha! - Steve deu uma leve risada com o apelido e Sam encarou-o.
- Ela aguenta - disse convicto.
- Tá bom! - Sam respondeu revirando os olhos. - Mas se qualquer coisa acontecer, você chama a gente. Ficaremos aqui no corredor!
- Sim, senhor - Solar concordou ironicamente e Sam deu-a um empurrão.
Steve entregou-a a chave do quarto e ela destrancou a porta, abrindo-a lentamente. Após fechá-la atrás de si, ela examinou o local. Era um quarto de hotel comum. Uma cama ao centro, com um telefone em cima de um bidê ao lado, um ventilador de teto, e uma porta que muito provável fosse o banheiro. Tudo em tons de bege.
A princípio, Solar não avistou Bucky, pois ele estava recostado na janela, sendo encoberto pela cortina.
- Bucky?! - ela chamou-o.
Imediatamente ele saiu de trás da cortina e ficou a poucos passos dela. O homem examinou-a de cima a baixo.
- Eu estou bem - disse.
Porém, ele apenas olhou-a nos olhos quando se certificou de que não houvesse nada de errado com Solar.
- Como você está? - ela questionou, porém não obteve resposta.
A menina direcionou-se até a cama de solteiro e sentou-se, fazendo Bucky dar alguns passos para trás.
- Fiquei preocupada - Solar declarou e ele semicerrou os olhos. - com você. - passaram-se alguns minutos antes dela finalmente dizer. - Eu quero te ajudar - ele pareceu prestar ainda mais atenção. - Mas pra isso você tem que confiar em mim. Tem que me deixar entrar na sua cabeça.
Bucky arregalou os olhos, suas pupilas dilataram, ele trincou sua mandíbula e apertou o punho. Antes que pudesse notar, o homem foi para cima de Solar.
Ela rapidamente se levantou e fez um escudo que exalava energia branca. Isso fê-lo para por alguns segundos, mas logo Bucky começou a socar a barreira que havia entre eles.
- Bucky, se acalma! - mas ele batia cada vez mais forte. - Ei, sou eu. A Solar! Eu não vou te machucar, eu prometo.
Olhando-o profundamente, ela conseguiu emanar sua calmaria para ele. Deixando-o tranquilo. Solar, então, deslanchou o escudo e pôs suas mãos em cada lado do rosto do soldado.
Nos segundos que se passaram, tudo que ela conseguiu ver foi uma enorme confusão. As memórias dele eram barulhentas e desorganizadas, fruto de todo o sofrimento que havia passado na Hydra.
Assim que voltou a realidade, Solar admirou a face de Bucky. Seus olhos se encheram de lágrimas após ver tudo que ele havia passado.
Como alguém consegue aguentar tudo isso?
O homem se desvencilhou dela lentamente e a menina observou-o sentar-se na cama e abaixar sua cabeça.
- Ei, eles não podem mais te machucar - ela disse.
Mas ele continuo parado. Parecia remoer tudo que havia vivido.
Solar queria tanto poder tirar aquela dor e agonia dele e saber que não poderia fazer isso deixava-a sentindo-se impotente.
- Eu posso te ajudar a passar por isso - ela se ajoelhou em frente a ele, o qual continuava de cabeça baixa. - Posso te ajudar a se lembrar de quem você realmente é.
- Q-quem- - sua voz tremia. - Quem eu sou?
Solar ergueu as sobrancelhas quando Bucky ergueu sua cabeça e encarou-a.
- Você é Bucky Barnes.
[...]
As semanas passaram e a cada dia Solar e Bucky faziam um pequeno progresso. Porém era pequeno demais e o soldado já estava farto.
A garota além de ajudá-lo, tentava descobrir também sobre si, seus poderes, capacidades e... seu passado.
Demorou algum tempo até Steve finalmente encontrar um lugar onde Bucky pudesse realmente se curar. Se chamava Wakanda e lá eles tinham uma tecnologia muito mais avançada que poderia ajudar o soldado.
Solar se sentiu culpado quando notou que pode auxiliar o homem da forma que ele realmente precisava. Ela não demonstrou, mas doeu quando soube que ficaria longe dele.
- Acho que isso é um adeus então - ela quase sussurrou.
- Você não vem? - Bucky perguntou confuso.
- Ah... não. Eu também tenho que descobrir mais sobre mim. - a menina sorriu sem graça.
- Como eu?
- Sim. Como você!
Solar queria dar um abraço reconfortante nele, mas sabia que ainda não estava pronto para esse tipo de contato.
Assim que o jato em que ele e Steve estavam sumiu da vista de Solar, ela sentiu um aperto no coração. Iria sentir falta dele.
Em apenas um piscar de olhos, ela estava novamente na Base. Havia acabado de receber uma mensagem de Tony, para que ela fosse até a sala de pesquisa.
Quando ela chegou, uma onda elétrica passou por todo o seu corpo, fazendo seus pelos arrepiarem, as inscrições e desenhos aparecerem e seus olhos tornaram-se totalmente brancos.
No centro da sala, em cima de uma mesa, havia uma espécie de cápsula. Ela estava suja e amassada. Mas parecia tão familiar.
- O que é isso, Tony? - Solar questionou se aproximando mais.
O homem, o qual se encontrava examinando uma série de telas com vários números e palavras, virou-se para ela.
- Pelo que descobri até agora. É uma espécie de nave, vinda de outro planeta até aqui.
- Por que isso parece tão familiar?
- Porque foi isso que te trouxe até a Terra.
Solar arregalou seus olhos e sentiu seu coração acelerar freneticamente
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Olá!
Agora iremos saber mais sobre a história da Solar.
