G de Generalizada

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G de Generalizada 

São Francisco Califórnia
Aniversário N° 16
3 Meses antes do acidente

Quando ela finalmente alcançou os dezesseis a primeira coisa que fez foi conseguir uma habilitação, o maravilhoso Mustang que pertencia a Kizashi continuava guardado na garagem, esperando por ela. Naquela época Sakura tinha apenas dois grandes objetivos: Atravessar a Ponte do Suicídio dirigindo ouvindo Radiohead e fazer uma tatuagem. Parece estúpido, mas para ela era uma forma de dizer que estava viva, respirando. 

Neji poderia tentar mudar o significado daquele lugar, mas Sakura sabia que não importava quantos casais apaixonados fizessem juras de amor e gravassem seus nomes entrelaçados nas barras de proteção, o número de suicídios continuaria aumentando, as pessoas continuariam indo até lá e pulariam em direção a morte.

ㅡ Rápido!

A voz doce disse ofegante, correndo em direção as escadas com medo de ser pega no escritório de Hiashi. O licor estava escondido dentro da pequena mochila rosa, em uma garrafa cara o alcool balançava aumentando ainda mais a adrenalina. Hinata abriu a porta do quarto e rapidamente passaram por ela, dando uma última olhada para confirmar que nenhum dos empregados viram o que elas estavam fazendo, a Hyuga sorriu largamente virando a chave.

Sakura já sabia o próximo passo, abriu a janela que dava até a sacada e saiu por ela pronta para escalar. Em um impulso rápido, ela já estava no telhado com as mãos estendidas para baixo, Hinata tirou a mochila das costas e entregou para a Haruno. As risadas de alívio ao ter as costas finalmente descansando sobre os telhados foram a primeira coisa que sairiam dos lábios femininos.

ㅡ O dia em que papai descobrir o que fazemos, vou ficar de castigo para o resto da vida.

ㅡ E eu vou ser expulsa do estado.

Hinata soltou uma risada gostosa, inclinando o corpo levemente para cima usou os cotovelos como apoio. Um vento suave balançou os longos fios escuros e ela fechou os olhos para apreciar o clima agradável de primavera. Ela era alguns meses mais velha que a Haruno, em dezembro do ano anterior fizeram a mesma coisa: Roubaram uma das tantas garrafas da coleção de Hiashi e comemoraram a tão sonhada habilitação, claro que Hinata Hyuga não foi tão longe quanto a Haruno iria, nada de tatuagens. Pelo menos foi o que ela pensou na época. Ouviu o som da bebida sendo vertida diretamente da garrafa a garganta, quando abriu os olhos o licor já estava estendido em sua direção, dando um gole generoso ela externou o que havia pensado toda a noite.

ㅡ Eu também quero uma tatuagem.

Sakura virou em sua direção bruscamente, surpreendida com a fala da amiga.

ㅡ Tem certeza? Se seu pai descobrir...

ㅡ Ele não vai fazer nada, ou então vou ir para Nova York com o Neji.ㅡ ela respondeu com um sorriso travesso.

ㅡ Isso se chama chantagem emocional.ㅡ Sakura rebateu, negando com a cabeça.ㅡ Pobre senhor Hyuga, ele não sobreviveria a essa traição.

Hinata riu alto, sorvendo novamente o líquido alcoólico.ㅡ Ele tem que agradecer que gosto mais de dinheiro do que de dançar, se não, teria que esperar mais uns vinte anos para se aposentar.

ㅡ Hanabi é a esperança desta família.ㅡ Sakura disse em provocação.ㅡ Já que o menino prodígio prefere o palco a ter que viver o resto da vida trancado em um escritório. 

ㅡ Neji é especial, ele tem um dom para isso, assim como você.ㅡ a Hyuga afirmou.ㅡ Eu consigo imaginar vocês dois juntos daqui a alguns anos, viajando pelo mundo e participando em todos os concursos.

Don't close your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora