CAPÍTULO 1

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27 de fevereiro de 2100 – Luftland,capital

É uma tarde quente de verão, estou trabalhando normalmente na cede do meu emprego, até que sinto pequenos chutes na minha barriga.
- Pequena... se acalme, mamãe está trabalhando!
Digo isso calmamente enquanto passo a mão sobre o local do chute, e vejo algumas pessoas ndando na direção oposta à mim, ando tão preocupada, que sinto como se a qualquer momento alguém fosse me atacar..
-Olá! Em que posso ajudar?
Digo, ao ver um homem de provavelmente 30 anos, parar à minha frente, aparentemente nervoso.
Percebo algumas contrações, mas apenas ignoro e dirijo meu olhar ao homem.

- Senhora Owchot, uma certa... "comandante" quer vê-la, o mais urgente possível, deixaram esse recado na recepção, um homem desconhecido... não se identificou.

Meu coração palpita, apesar das poucas informações, já sei quem é, e do que se trata.
- Tem... tenho... tenho que ir ao banheiro, com licença!

Digo rápido, já saio correndo o mais rápido que consigo, sentindo novamente uma contração, dessa vez mais forte.

Assim que chego no banheiro, entro em uma das cabines e percebo que minha bolsa estourou, o chão fica todo molhado, saio desesperada e começo a sentir contrações fortes, minha primeira reação é ligar para meu marido:
-Vance, a minha bolsa estourou! Preciso ir para o hospital, retorne quando... puder...
Deixo esse recado na caixa postal, e ligo para uma ambulância, com muita dificuldade, em meio as contrações, eles atendem:
-Hospital MN Care, em que podemos ajudar?
-alô? Eu... estou tendo contrações, não poderei chegar à tempo ao hospital, por favor, mandem uma.... ambulância....
Dou o endereço ofegante enquanto seguro a parte de baixo da minha barriga, sentindo muitas dores, caminho até a entrada depois de passar pelo elevador, e a ambulância já está lá, enfermeiras me deitam na maca e me deixam descansar, enquanto me transportam ao hospital, uma das enfermeiras comenta:
-Espero que sua criança nasça saudável, não vai demorar muito para chegarmos, aguente firme.
E eu respondo, com um sorriso em meio à tensão:
-O-obrigada, eu também espero o mesmo.
Ao chegar no hospital, eles me levam até a sala adequada, e as enfermeiras me vestem com a camisola, até que começo o trabalho de parto.
Após algumas horas de dificuldade, minha criança finalmente chega ao mundo, porém, exausta, desmaio em meio a barulhos estrondosos que surgem de súbito, portas sendo arrombadas, e de pessoas gritando.

Não consigo nem segurar minha filha corretamente, mais fraca do que jamais estive, desmaio.

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