Naquela noite resolvi esperar meu pai chegar para poder questiona-lo sobre nossa permanência na casa da família Bang. Já passava um pouco da meia noite quando finalmente ouvi passos subindo as escadas. Logo, me pus pra fora do quarto e encontrei meu pai no meio do caminho.
-Filho, ainda está acordado? – Questionou ele um pouco surpreso em me ver de pé aquela hora – Deu saudades do seu velho?
- Também – respondi sinceramente antes de o abraçar, a gente se via com mais frequência quando morávamos no restaurante, mas agora que o local de trabalho ficava um pouco longe eu conseguia ver ele somente de manhã cedo ou como hoje, quando permanecia de pé até mais tarde.
- Também? – Perguntou ele soltando do meu abraço e me encarando com um olhar curioso.
- Vamos entrar no seu quarto, na verdade eu quero te perguntar algo – Falei o empurrando para dentro de seu quarto.
Assim que adentramos me coloquei sentado em uma poltrona que tinha do lado oposto de onde estava a cama, ao lado do guarda-roupa. Olhei meu velho se sentando em sua cama e se acomodando como se a conversa fosse ser longa.
- Não quer tomar um banho antes? – Perguntei olhando para a porta do banheiro que tinha dentro daquele quarto.
- Depois, agora estou curioso – disse ele cruzando as mãos no colo e me olhando, esperando a conversa.
- Não é grande coisa, só me perguntando quanto tempo ainda temos morando na casa da família Bang- Perguntei tentando demostrar um total de zero expectativas.
- Ah, eu ia conversar com você sobre isso essa semana e com os problema do pequeno Jun, acabei me esquecendo – Disse ele batendo uma mão fechada em punho em cima da outra mão aberta, como se acabasse de se lembrar desse assunto.
- Então? – Perguntei levantando uma sobrancelha.
- Minha ideia inicial era permanecer aqui até encontrar uma casa que nós pudéssemos alugar, de preferencia perto do restaurante e da escola, então estava em busca de uma, e eu até já encontrei ela recentemente e comecei a conversar sobre nossa mudança com o Bang Bang na nossa viajem até Busan – Meu pai começou, porém deu uma pausa para se encostar na cabeceira da cama, o que fez meu coração cair acreditando que eu já estava me mudando.
- Então vamos nos mudar? – Perguntei impaciente.
- Calma, não terminei, é que aquela posição estava me doendo as costas – Falou ele já acomodado com os pés esticados em cima da cama e encostado na cabeceira. Não vou negar que estava ficando apreensivo.
- Continuando, mas ele e a Johye disseram para mim não gastar meu dinheiro com aluguel e permanecer na casa deles até terminar de construir nossa casa novamente, nós já temos o terreno, seria mais inteligente usar o dinheiro para investir na casa novamente. – Concluiu meu pai.
- Então nós vamos ficar? – Perguntei tentando entender a história.
- Sim, eu pensei que seria melhor assim, dessa vez nosso restaurante está indo muito bem, ficando aqui temos somente os gastos compartilhados e posso investir meu dinheiro em construir a casa de maneira mais rápida e segura, prometo que dessa vez será uma casa de tijolos e segura – Respondeu ele colocando uma mão no peito, como sendo um juramento.
- Será que não será um incomodo? – Perguntei ponderando, eu estava feliz em permanecer mais tempo morando com os Bang, mas um lado meu estava preocupado em ficar na casa de outra pessoa.
- Eu ponderei várias vezes, até a Johye quase chorar dizendo que estava tão acostumada com você na casa que não queria que você partisse tão cedo, então pararei de relutar e aceitei – A ideia da senhora Bang quase chorando pra mim ficar mais tempo com ela quase fez meu coração tremer de emoção.

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Aquele Beijo Travesso
RomanceDepois de anos só observando, Kim Doyoung cria coragem para se declarar para seu amor platônico, lhe escrevendo uma carta de amor. O que ele não esperava é que ele nem sequer fosse capaz de fazer seu amado ler a sua carta e ainda fosse friamente rec...