DOYOUNG POV
Estava no quarto do Jihoon sentado em um tapete que ficava bem no meio do cômodo que era até bem espaçoso. Ele tinha ido buscar algo para nós bebermos enquanto estudávamos. Tínhamos acabado de receber a mensagem do Junkyu dizendo que não poderia vir por estar com dor de barriga, a mesma desculpa que Jeongwoo tinha acabado de usar. No fim, todos nossos outros amigos tinham furado nosso estudo, tenho certeza que vão aproveitar o dia pra relaxar, preguiçosos.
- Aqui! Suco de Laranja! - Disse Jihoon chegando no quarto e me entregando o copo.
- Obrigada! - Falei voltando a me concentrar no questionário de história.
- Pode deixar ali na mesa quando terminar - ele concluiu, se sentando ao meu lado e pegando seu caderno que estava jogado no chão ali no meio do tapete.
Ficamos concentrados estudando por um bom tempo até que notei Jihoon parecendo ansioso com alguma coisa, ficava se mexendo muito no lugar e me olhava toda hora.
- Fala logo o que houve Jihoon - Disse sem tirar os olhos do meu caderno.
- Na verdade.. - Começou, mas logo fazendo uma longa pausa.
- Diz de uma vez, você tá me desconcentrando inquieto desse jeito - disse agora o olhando.
- Você gosta de estar comigo Doyoung? - Ele perguntou lentamente, me olhando de um jeito envergonhado.
- Eu gosto sim, por que isso?
- Você é feliz sendo meu amigo? - Ele questionou outra vez, agora parecendo mais firme em suas palavras.
- Sim, você me faz rir e eu me sinto confortável contigo... Quem foi que fez intriga e disse que eu não gosto de ser teu amigo? - Chutei após responder, pois era a primeira vez que ele me fazia essas perguntas.
- Ninguém...Na verdade eu queria ter certeza se você era feliz do meu lado - ele comentou me encarando seriamente.
- Você está entranho - disse, colocando meu caderno em cima do meu colo.
Nesse momento ele se aproximou ainda sentado e pegou na minha mão, eu já estava ficando nervoso, pois estava começando a ter uma ideia de onde essa conversa ia levar.
-Se você se sente feliz ao meu lado, se a gente sai e você se diverte, por que você não me dá uma chance e se torna meu namorado? - ele perguntou me surpreendendo, fiquei alguns momentos processando a pergunta e a maneira séria que ele me encarava.
- Eu..Eu já gosto de outra pessoa - falei puxando minha mão que ele segurava, porém ainda o encarando.
- Doyoung, eu tenho certeza que posso te fazer feliz, que posso te cuidar do jeito que você merece e que não vou te fazer sofrer! Que tipo de amor confuso é esse seu e do Yedam? Será que isso não é você se acostumando a gostar dele? - Exclamou o outro agora mais exaltado.
- Ji, eu gosto de você de verdade, mas como um irmão, eu não tenho sentimentos românticos por você.
- Você nunca vai saber se não tentar, me dá uma chance - ele falou pegando as minhas duas mãos dessa vez. Meu coração estava apertado, e meus olhos começaram a marejar, eu realmente comecei a cogitar se o Yedam valia perder meu amigo, como provavelmente aconteceria, mas eu tinha certeza dos meus sentimentos, não podia dar falsas esperanças e magoar meu amigo assim.
- Ji - comecei o olhando o mais carinhosamente possível e sem me afastar - eu não posso te magoar, eu sei dos meus sentimentos pelo Yedam, eu não estou amando ele esperando que ele me retribua ou que ele não me magoe nenhuma vez, eu amo ele não por ser perfeito e nem pra me fazer rir toda hora, eu o amo por que é ele, o jeito dele não saber lidar com os sentimentos, o jeito de demostrar que se importa com simples gestos no dia-a-dia, como ele ama e se importa com a família, o modo como ele come, se veste, acorda de mal humor e só quero que ele confie em mim, divida seus pensamentos e preocupações ou somente conversas do cotidiano... - agora Jihoon soltava lentamente minhas mãos e abaixava a cabeça - eu não to falando isso tudo pra esfregar meu amor na tua cara, eu só quero que você entenda Ji, entenda o por quê de eu não conseguir te dar uma chance. Por que seria injusto comigo e com você.
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Aquele Beijo Travesso
RomantizmDepois de anos só observando, Kim Doyoung cria coragem para se declarar para seu amor platônico, lhe escrevendo uma carta de amor. O que ele não esperava é que ele nem sequer fosse capaz de fazer seu amado ler a sua carta e ainda fosse friamente rec...