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•POV MARTINA•

A tarde do dia seguinte se resumiu com pequenos flocos de neve caindo do céu, risadas e muito chocolate quente.

Estávamos todos muito animados, saltitamos pela casa apreciando a decoração que Vovó tanto caprichou em fazer durante a semana.

A ceia de natal em si seria apenas a noite, na casa dos vizinhos, mas minha avó não deixou de decorar nossa casinha.

Por volta das sete e meia, o céu já estava escuro e eu trilhei a pequena calçada rachada até a casa vizinha.

Estava indo mais tarde pois tinha feito uma torta, então não consegui me arrumar com os rapazes.

Sr. Garfield  abriu a porta com muita alegria, me puxando para dentro. Enquanto ele foi para a sala continuar sua conversa com Um garoto, que deduzi ser seu filho, eu fui a cozinha, deixar a sobremesa que havia feito mais cedo.

-Olá, senhora Garfield! Feliz Natal!- exclamei, abrindo a geladeira.

-Olha só o que temos aqui!!- ela sorriu.- Uma torta de morangos!

-Eu que fiz!- eu disse, orgulhosa.

-Parece estar uma delícia, querida. Suba com os rapazes, vá se divertir! Eles estão no antigo quarto de Andrew, meu filho.

Eu assenti e corri para o andar de cima, onde os três já me esperavam.

-Cheguei, otários e... Wow, Remus!- pisquei atônita, quando vi seus cabelos e rosto.

-Angelical, não acha?!- ele sorriu grande, fazendo uma pose engraçada.

Lupin estava extremamente lindo naquela noite. Estava idêntico ao seu cantor favorito, David Bowie, com os cabelos arrepiados pintados de ruivo e um raio pintado no meio do rosto.

-Você está magnífico, Moony!- sorri, quase lacrimejando.

-Sei lá, fiquei com vontade. Vi essa maquiagem no Top Of The Pops uma vez.

-Ah, isso é a sua cara!- gargalhei.

-Ei, gente, alguém viu o delineador dourado?- Sirius berrou, saindo do banheiro.

-Pegue o meu.- eu disse simplista, tirando a caneta da bolsa.

Black deu um pulinho de susto, antes de se virar com uma carranca no rosto, esbravejando:

-Puta que pariu, vai assustar outro, Potter!

Eu gargalhei, mas parei quando vi que ele paralizou quando pôs os olhos em mim. Murmurou algo como um "Merlin, Martina!" e ficou ali, parado, como um bobo. Não posso negar que fiquei do mesmo jeito quando vi seus lábios carnudos pintados de vermelho.

-Sirius?- sorri envergonhada, dando um pequeno aceno com a mão para ele, logo após sair de meu transe.

-O.oi...- ele sorriu, levemente vermelho.- E.eh... Tudo bem, Mah?

-Tudo ótimo.- respondi, completamente encabulada, sentando na cama.

James se jogou no meu colo, gritando um "OI!", enquanto eu ria de sua atitude repentina.

Who Said a Slytherin can't love a Griffyndor?Onde histórias criam vida. Descubra agora