Capítulo 04 - Parte I

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Olá, amores! Quero dar as boas-vindas aos novos leitores e deixar um enorme beijo para os novos e os antigos. A vocês, que já me acompanham desde O Enigma da Borboleta Azul, ou de O Ardente Cativeiro da Fênix, eu quero dizer que vocês têm um lugar muito especial em meu coração. Os novos não fiquem com ciúmes, por favor, porque também tem um espaço em meu coração. Aliás, todos têm!

Agora fiquem com o capítulo. =D <3333

***

Milena

 

Acordo sentindo uma forte dor de cabeça e um terrível gosto de cabo de guarda-chuva na boca. Abro os olhos lentamente e a luz que vem através das janelas de vidro me deixa um pouco zonza. Espreguiço-me sobre os lençóis sentindo o corpo um pouco dolorido, principalmente os pés. Não lembro direto o que aconteceu a noite passada. A última lembrança que tenho é de ter deixado Claudinha na mesa e sair em direção à pista. Depois disso, nada!

Merda! Com certeza bebi todas ontem. E quando isso acontece o meu cérebro simplesmente apaga tudo da memória. Tenho esse pequeno problema com a bebida desde sempre. Principalmente com os destilados. Eles fritam o meu cérebro e me deixam fora de controle. Sei por que segundo relatos da Claudinha, depois que ultrapasso os limites de tolerância ao álcool, eu me transformo em outra pessoa.

Deixo a cama e só então percebo que estou vestindo a minha lingerie rendada branca que usava no dia de ontem. Como eu me despi de meu vestido? Como eu cheguei até minha casa? Quem me trouxe? Claudinha? Outra pessoa?  Que diabos aconteceu ontem afinal?

Balanço a cabeça de um lado para o outro, fecho os olhos a fim de encontrar algum resquício de flashes da noite anterior, mas é em vão. Em minha memória não há nada além do que eu já sei. E isso me assusta, por que as possibilidades de eu ter feito merda é grande.

Visto meu roupão de seda levemente transparente e decido fazer minha higiene matinal. Porém antes de ir ao banheiro, eu paro diante do espelho e me assusto com meu reflexo. Pareço a Bruxa do 71. Meu cabelo cacheado está um alvoroço e minha aparência coloca qualquer criancinha em pânico. Senhor! Preciso fazer minha higiene matinal e dar um jeito nesses fios rebeldes.

Prendo o cabelo em um rabo de cavalo no alto da cabeça e abro a porta do banheiro. Do outro lado eu me deparo com uma cena que faz meu corpo inteiro estremecer, as pernas bambearem e o sexo se comprimir. Edu Guerra está em meu banheiro e usa apenas uma toalha branca que pende de seus quadris. Socorro! Chamem os bombeiros! Ele está acabando de escovar os dentes e gira de leve o rosto para me fitar com olhar divertido.

Perplexa e excitada, eu percorro seu corpo molhado pelo banho. Por um momento eu me esqueço de tudo e me deleito a apreciar a sua masculinidade. Seus ombros largos e fortes, os braços bem torneados, o peitoral másculo coberto por uma leve camada de pelos castanhos, e logo mais abaixo o V que se esconde por baixo da tolha.

Recupero a sanidade perdida a pouco e uma única pergunta surge em minha mente: o que Guerra faz em meu apartamento? Será que... Meu Deus! Não é possível que... Oh sim, é possível e as evidências apontam para o fato. Edu dormiu em meu quarto! Estremeço outra vez.

— Bom dia, Milena! — ele sorri e se move até mim.

— Edu, o que você faz em meu banheiro? E quem te deu a permissão para usar a minha escova de dentes? — pisco os olhos, ligeiramente afetada, e continuo com as indagações — O que você faz em meu apartamento? Como entrou aqui? — ele franze o cenho, confuso.

Amor em Julgamento - Degustação - Somente alguns capítulosOnde histórias criam vida. Descubra agora