Capítulo 4

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O mundo lá fora é cinza e sem cor, mas mesmo assim, é onde eu preferia estar.

7:03 am

Quando saímos pelo portão da garagem, nos separamos e todos foram para as suas próprias missões. Apesar de achar que daria certo, sempre fico receosa.

- Para onde estamos indo? – Dylan perguntou.

- As lojas perto da colônia não têm mais nenhum suprimento, teremos que ir mais longe dessa vez. – Respondi, enquanto via o que a natureza fez com o mundo na superfície.

- Eu conheço uns lugares que talvez tenha o que precisamos. – Harper se lembrou de todos os lugares por qual passou durante a procura da sua família.

- Para onde vou, então? – Questionei.

- Vire na próxima à esquerda. – Harper apontou.

- Mas, para lá tem muitos S's e Tdeads. – Dylan parecia assustado.

- Realmente. – Concordei.

- Não vamos achar nada em lugares em que todos tenham coragem de ir. – Harper deu de ombros.

- No centro da cidade é muito arriscado, até para você Harper. – Dylan concluiu.

- Não podemos fazer barulho, apenas isso. Eles não enxergam direito, lembram? – Harper perguntou, enquanto fazia movimentos de onda com o seu braço direito do lado de fora do carro.

- Tem certeza? – Perguntei e desviei o olhar da estrada, para encará-la.

Eu e Harper treinamos muito para situações em que estaríamos em risco, mas mesmo assim, ainda é assustador ir para onde se pode encontrar Tdeads ou pior, M's.

- Confia em mim, ninguém tem coragem de ir lá. Deve ter muitas coisas nas lojas e fábricas. – Harper.

- Vou acompanhar vocês de cima, caso precisem de um atirador. – Dylan se ofereceu.

Espero que não precisemos disso.

- Só atire em casos extremos, porque o barulho vai atraí-los. – Harper o informou e Dylan confirmou com a cabeça.

8h26 am

Assim que estávamos chegando perto do centro da cidade, precisamos deixar o carro longe, pois o barulho os atrairia. Então, pegamos as mochilas para trazer os suprimentos de volta para o caminhão e começamos a caminhar, por uma rua que parecia mais um "corredor da morte".

Harper ia na frente, nos guiando até as lojas que mencionou, eu e o Dylan íamos atrás sempre olhando para todos os lados.

No caminho, começamos a ouvir grunhidos reproduzidos pelos mortos ao nosso redor e começamos a andar mais lentamente, para que não tropeçássemos em nada. Nos escondíamos atrás dos carros e de alguns escombros ocasionados por todas os desastres naturais. E, apesar de algumas lojas ainda existirem com coisas dentro, nenhuma estava totalmente intocável.

- Ali está! – Harper apontou para a loja que mencionou e fui em sua direção.

- Tome cuidado. – Dylan disse e se afastou, para subir no lugar mais alto que podia encontrar.

- Você também. – Respondi.

Chegamos na loja e eu estava muito surpresa com a quantidade de coisas que encontramos. Realmente, as pessoas não tem coragem de vir aqui, mas essa mina de ouro, vale a pena. Tínhamos tudo que precisávamos a um passo de nós. Mas, a qualquer momento, algo poderia acontecer. Se não fosse algum desastre natural, a construção podia cair sobre nossas cabeças ou poderíamos ser atacadas pelos mortos. Então, tentei pegar tudo que podia, o mais rápido possível. Escolhi as prateleiras que iria esvaziar e comecei a encher todas as quatro mochilas que levei.

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