COLONY 339

Capítulo 2

Liderar muitas pessoas não deve ser algo fácil. Penso em como meu pai consegue fazer isso tudo. Apesar de que, ele não faz tudo isso sozinho, mas ser responsável por tantas vidas, deve ser assustador.

10:37 am

- Blake? – Meu pai chamou, tirando de meus pensamentos. – Já estão todos aqui.

- Ah... ok. – Disse enquanto levantava e arrumava minha jaqueta.

- O que houve? – Dylan perguntou curioso e meu pai me olhou, dirigindo-me a fala e saiu do escritório.

- Bom... Colônias próximas estão sendo saqueadas por um grupo chamado Lukers, enquanto saem em missões. Durante essa semana, precisamos realizar cinco. Conversei com Alex, filho do líder John e eles também foram saqueados. Os saqueadores não levam coisas que não precisam e aparentemente, sabem mais de nós do que imaginamos. – Dizia.

- Ande você quer chegar com isso? – Ethel, uma das moradoras da colônia perguntou, impaciente.

- Essa semana temos cinco missões: encontrar suprimentos, armamentos, material para o ateliê da Cely, medicações e fazer o resgate dos animais. Pelo que sabemos, as únicas coisas que vão interessá-los, são: a comida e as armas. Então, para despistá-los, vamos trocar de caminhões. Eu e Dylan vamos no veículo de animais, encontrar os suprimentos. Polly e Alba, aceitam ir no caminhão menor atrás das armas? – Perguntei, mas já sabia que elas aceitariam.

- Topamos. Tranquilo! – Alba sorriu e se apoiou na irmã.

Polly e Alba são as gêmeas mais lindas que eu já vi, além de serem muito engraçadas e alto astral. Ninguém resiste a gêmeas ruivas e com olhos verdes. Mas, apesar de não parecer, elas podem ser bem cruéis com quem ousa mexer com elas.

- Eu acho que não deveríamos fazer isso. Se descobrirem que enganamos eles, podem ficar furiosos e nos atacar! – Ethel disse ofegante.

- Eles não vão atacar ninguém, Ethel. O máximo que vão fazer é perguntar a localização do caminhão certo. – Tentei acalma-la.

- Como pode ter tanta certeza disso, Blake?! – Ela perguntou enquanto me observava.

- Alex me contou tudo que eu preciso saber e eu acredito nele. Além do mais, eles podem nos roubar, que não os atacaremos de volta. Não colocaríamos vidas em risco por coisas fúteis. Mas, eles sabem, que se mexerem com qualquer um de nós, caçaremos eles com tudo que tivermos. – Disse e todos na sala concordaram comigo, menos Ethel.

- Tá bom. Mas, ainda acho que não deveríamos ir. – Retrucou.

- Se você prefere tanto ficar, fique. Nós vamos amanhã. Certo pessoal? – Perguntei e olhei ao redor, para todos e vi todos concordarem com a cabeça. – Estaremos armados e os caminhões que eles querem, estarão lá, mas não com a carga que procuram. Vai dar certo. – Conclui.

A reunião acabou e todos estavam saindo da sala, mas Dylan fechou a porta antes que eu pudesse passar por ela.

- O que está fazendo? – Perguntei confusa.

- Fico feliz que tenha me escolhido para ir com você... – Ele falava quando o interrompi.

- Foi ideia do meu pai. – Respondi rápido.

- Ah... Ok. – Vi seu sorriso desmanchar aos poucos. – Pelo menos, ele ainda gosta de mim. – Voltou a sorrir.

- Só porque ele não sabe o que você fez. – Ri de volta.