Ela bateu em minha porta

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Eu estava nervoso, andando de um lado para o outro no quarto, por um longo período de tempo, se eu iria ou não à reunião do pack daquele dia e enfrentar alguns dos meus demônios que rondam minha cabeça.

Eu sabia que iria ter que ficar no mesmo cômodo que Derek, pelo tempo que a reunião durar, e isso era mais um contra do que pró. Um grande contra. Porém, eu já estava tempo demais sem ir nas reuniões e podia ver que isso poderia afetar a todos, afinal, precisava estar atualizado com os planejamentos e ideias do pack.

Nenhum dos outros membros requisitaram minha presença, além do sempre aviso de Scott sobre o que haveria no loft, ele que era o responsável por informar a todos, por ser o alfa, quando não estamos em uma situação de emergência, era como se eu fosse dispensável, esse era um dos motivos de eu não ir.

Além de Derek…

Enfim, decido ir. Arrumo algumas coisas em meu quarto, bem como um banho e roupas para eu ir no loft, e pego minhas chaves na escrivaninha ao lado da cama, com o quadro de casos em cima, depois desço as escadas rumo à saída.

Saio de minha casa e sigo pro jipe, entrando na minha bebê a caminho do loft de Derek, no centro.

*

5…

Não tinha a mínima ideia de como me comportar, se eu tivesse ido a todas as reuniões ou como se fosse um dia normal em nossas vidas – até que era.

4…

Mais um andar, e eu não parava de agoniar em uma ansiedade constante que não saia de meu corpo em momento algum, tentando extravasar batendo o pé no chão metálico de maneira rápida e agitar as mãos que estavam tremendo.

3…

Já estava repensando se eu não deveria ter ido de escada, pelo menos elas teriam aliviado, ou tentado, a ansiedade e o nervosismo sentido em estar no mesmo cômodo que todos os outros, sozinhos.

2...

A essa altura já estaria refletindo nas minhas escolhas, idiotas, para ir até lá e o que estaria passando na minha cabeça para ter ido lá, entrado no elevador e clicado no botão do nono andar, sabendo que o dono do local odiaria me ver, e possivelmente matar.

Talvez eu fosse mesmo louco.

1…

Que os deuses me ajudem.

As portas de metais foram abertas e o corredor que mostrava apenas duas portas por andar demonstrava estar vazio e com vaga iluminação no lugar, como sempre.

Eu me aproximo de uma das portas, tão conhecida por mim, e a abro, revelando o pessoal distribuído por todo o apartamento e observando à mim, o convidado inesperado por eles. Até Scott estava surpreso. O que era evidente pela sua expressão de surpresa.

Mas o que estava me deixando desconfortável era o olhar mortal que o lobo de olhos verdes direcionava à mim, com sua típica expressão de zangado, mas com um diferencial, ódio, e eu sabia o motivo para tal.

Com um suspiro, fecho a porta e procuro me sentar em um canto da imensa sala afastado dele. Já bastava estar no mesmo cômodo que ele e receber os olhares afiados dele, além de questionadores de meus amigos.

Scott se recuperou da surpresa de minha presença e começou.

— Agora que todos estão reunidos – Olhou para mim. — Gostaria de informá-los que foram achados dois corpos na floresta, sem uma única gota de sangue – Passou o olhar em geral.

Pela referência ao sangue, já imaginava quem teria feito aquilo, vampiros, obviamente, e os únicos vampiros que eu conhecia eram os Mikaelsons, os clientes da clínica. Mas, tinha minhas dúvidas quanto à isso, não sabia se tinham outros na cidade.

Love in Fire - StlausOnde histórias criam vida. Descubra agora