Eu o conheci na clínica de Deaton

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Eu estava aprendendo a arte dos druidas, ou seja, lendo alguns livros de Deaton sobre o mundo sobrenatural para caso algum outro problema venha para nossas vidas e ameace a cidade.

Scott tinha saído mais cedo naquele dia, iria passar o fim de semana com sua mãe e Chris em algum lugar, uma viagem que ambos os mais velhos estavam planejando a algum tempo.

Quando a porta da entrada foi aberta e o sino tocou, informando novos clientes com seus bichinhos, ou era para ser somente isso.

Mas não era.

Era um homem carregando o corpo de uma criança, uma menina. Eles estavam todos molhados devido à chuva que atingia a cidade naquele dia.

Dava para saber que ele era sobrenatural sua aparência demonstrava.

Seus olhos amarelo-sol brilhantes, não de um beta normal, e os globos oculares pretos destacavam mais ainda seu olhar clemente. E as veias pulsantes em volta dos olhos completava a transformação, mas ele estava sob controle de si.

A garota não estava com aparência boa, estava extremamente pálida, a respiração lenta, seu olhos estavam alternando entre um amarelo fraco e seus olhos azuis.

— Por favor! Ajude minha filha – Disse o estranho.

— Por aqui – E indiquei para me seguir.

O levei até atrás da clínica, onde Deaton fazia as cirurgias e seus diagnósticos dos animais.

Ele colocou sua filha ali em cima.

— Stiles, o que... – Falou Deaton, assim que saiu de onde cuidava dos animais presos.

— Você é Alan Deaton? – O estranho pergunta.

— Sim, sou – Confirmou.

— Pode ajudá-la? – Referiu-se a sua filha.

Deaton não respondeu, apenas se dirigiu até onde a menina estava e começou a passar o estetoscópio nos peitos, checando os batimentos e contando no relógio.

Pegou uma lanterna e conferiu a dilatação da pupila, o que não foi muito. Ela estava muito fraca. Logo depois, abriu o armário de remédios, não o convencional, mas o de curar lobisomens ou outras espécies.

Retirou de lá um frasco sem nome com um conteúdo amarelo, eu não sabia o que era. E o cara pareceu não gostar, pois fechou a cara no mesmo instante.

Além disso, retirou um menor, um pequeno, com uma substância transparente, como água e um pote de barro em forma um tanto oval.

Ele jogou esses dois itens lá e pegou uma pétala de flor que eu conhecia, acônito, mata-lobo, e a amassou junto ao líquido, adquirindo uma cor um tanto duvidosa.

— Stiles, me dê sua mão – E estendeu o braço.

Eu o dei minha mão, ele a cortou e apertei minha mão para o sangue cair no líquido, o qual logo pegou fogo e se tornou roxo.

O desconhecido encarou-me com curiosidade após esse feito, deixando-me constrangido, não estava acostumado com atenção de outros.

O druida levou o líquido aos lábios da criança, de aparentemente dez anos, e a deixou tomar tudo.

Logo deitou a cabeça da mesma na plataforma de metal e a observou ressoar levemente.

Voltou com o mesmo processo de antes, o cara estava mais calmo, suas lágrimas, misturadas à água da chuva, pararam de cair.

Eu o dei uma toalha de uma das gavetas da sala, Deaton as utilizava para limpar os animais que vinham ser cuidados.

— Obrigado – Agradeceu, eu somente sorri.

Love in Fire - StlausOnde histórias criam vida. Descubra agora