MAGIC SHOP

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boa leitura.


Elizabeth Jones.



— Eu não acredito que eu vim com você até aqui, eu juro. — Reclamo de braços cruzados e com a minha mochila nas costas.

— Não é possível que você não o ache bonito? — Ela se vira para mim. Eu juro, ela parece uma criança, mas eu entendia a admiração dela.

O lugar está coberto de meninas e meninos, adultos e tem até pessoas mais velhas . Lee Min Ho está sentado em um tipo de mesa, autografando alguns papéis e fotos para as pessoas que estão na fila. É uma fansing a céu aberto, o pôr do sol cobria o horizonte com tons alaranjados e todas as vezes que eu falei com a Yong Sun, pela boca saia fumacinha.

Uma mulher grávida também está na fila segurando um garotinho de sete anos pela mão, achei fofo. Como do habitual, eu chutei que ela está com trinta e oito semanas de gestação, ou seja, em um piscar de olhos teria mais uma mamãe super feliz no mundo.

É legal ver mães grávidas e tentar acertar o período de gestação, o sexo do bebê pelo tamanho da barriga — e pela dela, com certeza é uma menina.

— Socorro!! Alguém chama a ambulância.— Uma mocinha grita.

E foi justamente como eu falei, tudo em um piscar de olhos. Eu havia me virado para falar com a Yong Sun e a moça grávida a alguns metros de distância estava caída no chão.

— Venha mulher, para de olhar para esse homem. — Puxo ela pela blusa. — Eu sei, admito que ele é boa pinta.

— Tem uma toalha no carro, pegue. — Disse ela. — Eu vou ver como está a dilatação.

Todos pararam para saber o que está acontecendo, enquanto eu corro para o carro, e de relance eu vejo Lee Min Ho se levantando da cadeira com um semblante preocupado. Abro o porta mala e acho uma toalha branquinha dentro de uma bolsa de couro.

Aposto que a Yong Sun vai mandar eu lavar, penso.

Eu rasgo minha calça e um pouco do joelho — mas nada sério — me jogando no chão ao lado da moça grávida, que claramente não sabíamos o nome.

Um pouco consciente, a moça concorda quando a Yong Sun pergunta se pode colocar a mão em seu corpo para poder ver a dilação.

— As contrações estão indo e voltando em menos de um minuto. — Digo cronometrando.

— Eu diria que ela tem por volta de uns nove centímetros de dilatação. — Afirma a Yong Sun.

— Você está me dizendo que hipoteticamente iremos fazer um parto normal no meio da rua? — Digo, sem nenhuma tranquilidade. — Me diga que é só uma hipótese e que a ambulância chegará em menos de 10 minutos.

— Não é uma hipótese e a ambulância não chegará em menos de 10 minutos, Beth. — Ela me olha e dá um sorriso de adrenalina.

— Ok. — Respiro e conto até três. — Tira sua blusa de frio, precisaremos dela para esquentar o bebê ao máximo. E pegue minha bolsa, joguei um vidro de álcool em gel semana passada.

Isso é o mais perto que chegaremos de um ambiente esterilizado.

— Ei, olhe para mim e se concentre na minha voz. Tem muito tempo que está sentindo contrações? Mais de uma hora? — Ela concorda. — Preciso que respire bem fundo. Na pior das hipóteses você tem sua filha no meio da rua, e na melhor, bom, a gente vai para o hospital e você tem um parto digno.

— Elizabeth você precisa vir até aqui. — Yong Sun me convoca com um olhar de desespero ao levantar suas mãos sangrando.

— Deslocamento prematuro da placenta? — Questiono.

— Ou pode ser Inserção velamentosa do cordão umbilical. — Yong Sun me faz ter dúvidas, e naquele ambiente é impossível dar algum diagnóstico concreto.

O sangue começa a ser excessivo, e isso me preocupa.

Ela da uma risada e segura a mão da Yong Sun com força quando começa uma nova contração. Ela respira fundo, da mesma forma que eu a ensinei e o som da ambulância preenche nossos ouvidos.

Graças a Deus.

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⏰ Última atualização: May 14, 2020 ⏰

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