Capitulo XV

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    Katherine

Estávamos ainda um pouco longe da saída e próximo aonde estávamos tinha uns bancos de praça, sentamos no mais isolado que tinha e então ele começou.

- eramos 5 Katherine, a mamãe, o papai, o Adriel e o nosso irmão mais velho Kelvin e eu aida na barriga da mamãe - ele deu uma pausa, me fazendo achar que não terminaria, eu não falei nada eu queria mais explicações, ficamos ali distribuindo olhares ate que ele deu um suspiro e continuou - eles vinham aqui sempre, não só aqui mais em qualquer outro parque da cidade, era o lugar favorito do Kelvin-  pausou e deu outro suspiro, ele estava tenso - mas na ultima vez que vieram.. - ele abaixou a cabeça- ouve um tiro, não sei explicar, minha mae sentiu sua bolsa estourar e na hora do desespero a bala acabou atingindo meu irmão, sem deixar opção dele viver - ele concluiu cabisbaixo eu o puxei para um abraço e sentir lagrimas caírem de seus olhos- depois eu nasci no outro dia , por isso meu pai me odeia, eu sou o culpado por isso Kath - o abracei ainda mais apertado - eles eram muitos apegados, eu passei a minha vida toda Katherine tendo que suportar isso, eu me sinto até culpado, eu não pedi ora nascer, não pedi, mais eubera apenas uma criança e meu pai sempre me culpou por isso, sempre me olhou com desprezo - eu não sabia o que dizer o Stevenson já estava chorando

- você não foi o culpado Teven, não foi - eu falei tentando acalma-lo - vamos embora daqui

- desculpa Kathe, por fazer você passar por isso, desculpa eu estraguei sei passeio, eu só sirvo pra isso, pra acabar com a felicidade dos outros - ele disse tentando segurar as lagrimas - des... - eu o calei com um beijo, ele se surpreendeu mais retribuiu, foi um beijo intenso e cheio de desejos, eu senti sua dor, eu o beijei profundamente, paramos apenas para respirar mais retornamos, ficamos ali por um longo tempo nos beijando, ate começar a chover eu me levantei recebendo aquela chuva e gritei 

- eu também não tenho uma família perfeita - e ele se levantou - eu também sofro e tenho problemas - eu gritei ainda mais

- para - ele tentou me interromper, coisa que não adiantou, eu comecei a rodar com os bracos abertos e sentir lagrimas caírem pelos meus olhos, o Stevenson se aproximou e me abraçou - meu pai era um bêbado, que traia minha mãe, mais nunca assumiu, eles se separam quando eu era criança e eu via minha mae sofrendo todos os dias, todos os dia ela chorava, todos os dias e aquilo doía em mim, ela o amava e ele nunca nem ligou ora ela, ele gastava todo o seu dinheiro com suas mulheres e bebidas Stevenson e eu? Era apenas uma criança que nada podia fazer, minha mae lutou para que eu tivesse um bom estudo e hoje meu pai é um doente que precisa de tratamentos e as suas amantes nenhuma o ajudou quem esta lá com ele agora é minha mae - disse

- eu cresci com revolta de meu pai o que fez ele me odiar mais e já o Adriel sempre foi um cara mais centrado no que fazia e eu me tornava um moleque a cada dia mais, ate que me formei e decidi sair da cidade e ele sempre me odiando e agora estou tentando mostrar a ele que crescir - ele me disse e eu o beijei mais uma vez, um beijo calmo e com pressa ao mesmo tempo, beijo com desejo intenso eu estava amando aquele gosto da boca dele colada a minha, aqueles seus lábios tao carente e necessitado paramos por um instante e estávamos nos encarando agora, ele estava com seus bracos em volta a minha cintura e eu com o meu em seu pescoço, estávamos colados, nos encaravamos, nossos olhares nos entregavam, seu olhar era profundo, me dizia tudo que eu queria ouvir e que ele não precisava falar, me fazendo perder meus reais sentidos, sentir algumas gostas d'água cair sobre nois, olhamos para o céu e a quantidade das gostas foram se intensificando nos olhamos novamente e sorrimos - devemos sair daqui? - ele disse

-  é o que todos fazem, é como se fosse a coisa certa a se fazer - completei

-  é praticamente altomatico, basta cair uma agua e todos desaparecem de lugares abertos, olhe - ele me virou para ver, varias pessoas correndo de um lado para o outro desesperados algumas com crianças outros sozinhos, mas todos procuravam um lugar para se abrigar até a chuva passar - eles são todos iguais, tem todos as mesmas manias e costumes

Uma troca de favoresOnde histórias criam vida. Descubra agora