Café inacabado com rotinas quebradas

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Quando chegou a segunda-feira, Hope estava desesperada para falar com Josie. Ela havia mandado uma mensagem algumas vezes, mas não obteve resposta. Ela sabia que merecia isso.

Ela estava pronta para ir ao café no mesmo horário que fazia toda segunda-feira de manhã. Mesmo quando estavam namorando, ela nunca perdia o compromisso de segunda-feira de manhã.

Dado, tinha sido apenas uma desculpa para falar com ela no começo, mas ainda era o que era. Mas também era uma rotina. Assim como Josie comprando flores toda sexta-feira.

Hope desceu a calçada e percebeu como estava nervosa. Ela tinha um senso de urgência, como se não pudesse aguentar outro segundo de coisas assim.

Quando as coisas estavam ruins com Josie, isso afetou tudo. Realmente nunca tinha acontecido antes, mas Hope podia ver agora.

O humor dela estava ruim. Ela não conseguia se concentrar. Ela não se importava com nada. Seus pensamentos correram desenfreados.

Uma pequena parte dela odiava o quanto Josie afetava. Ela não estava acostumada a isso. Mas o resto dela podia ver por que ela fez.

Hope se viu na frente da porta. Por que ela não estava abrindo, entrando e consertando as coisas? Ela olhou para baixo e respirou fundo antes de fazer a primeira e a segunda parte desse plano.

A terceira parte ficou um pouco difícil quando Josie olhou para ela e desapareceu nas costas.

Ela abandonou o café que estava fazendo enquanto MG seguia seu olhar para entender o porquê antes de tomar seu lugar e terminá-lo.

Hope começou a chamá-la e talvez até segui-la. Seriam apenas eles, estariam sozinhos para poderem conversar.

Falar era coisa deles. Eles só precisavam conversar e tudo ficaria bem novamente.

MG se aproximou e a deteve antes que ela pudesse tentar deslizar atrás do balcão: "Espero, desculpe, mas ela não quer falar agora."

Josie ligou para ele na noite anterior para vir. Ele apareceu na sua porta com uma caneca de seu sorvete favorito e uma pilha de filmes para assistir.

Ele a ouviu falar sobre tudo, seus pensamentos e sentimentos, e a ouviu explicar a situação com sorvete.

Quando ela falou, ele a abraçou e apareceu em um filme para assistir, ajudando a tirar a mente dela.

MG fez o mesmo quando se tratava de Penélope. Mas era assim que ele sabia que isso era diferente.

A maneira como ela havia explicado cada situação, uma com raiva e outra com tristeza. Ela falara sobre Penelope no passado. Ela falou sobre Hope no tempo presente. Ela repreendeu Penelope. Ela havia defendido Hope.

MG sabia a diferença entre os dois, mas ele não achava que ela sabia. Josie era o tipo de pessoa que queria que algo durasse, ela não estava apenas nisso até que não queria mais ser. Josie não foi quem deixou as pessoas. Foi ela quem foi embora.

Cada um a machucou, e ele podia ver claramente o efeito que isso causava nela. Mas a parte machucada era a área cinzenta.

A mágoa que ela estava sentindo não era clara para ele sobre qual era. Foi passado machucado, ou presente? Ele sabia que ela também estava confusa, tudo que sabia era que estava machucada.

Não era seu trabalho decodificá-la e terapeuta agora, no entanto. Seu trabalho agora era apenas estar lá para ela e ouvir, ser seu ouvinte quando ela precisasse.

Ele havia lhe dado seu conselho, para ir falar com ela. Se valesse a pena, ela ouviria tudo o que Josie tinha a dizer e tentaria consertar as coisas. Ele sabia que eles poderiam consertar as coisas se tentassem.

Café na segunda-feira, flores na sexta-feiraOnde histórias criam vida. Descubra agora