Surtei, surtei mesmo. Estava se aproximando da hora e ninguém tinha chegado, mil perguntas surgiram na minha mente e nenhuma com resposta. Eu queria ligar ou mandar mensagem, mas não queria forçar nada, ou deveria? Fui pegar meu celular no quarto para mandar, mas fui impedida graças a campainha.
Surtei de novo, arrumei meu cabelo, minha roupa, demorei uns minutos para atender quando alguém apertou a campainha de novo. Gritei um "calma aí" pra fingir que eu não estava esperando.
Abri a porta e meu olhar se encontrou com o ~dela. Mariana Gonzalez. Só tinha ela, justo a que eu tinha menos contato. Mas, espera! Eu nem sabia que ela viria, ah, foda-se... era bom que todas viessem para eu poder me desculpar com geral.
Saí dos meus devaneios quando uma sacola que ela segurava caiu, abaixei para ajudá-la e por um milésimo de segundo pude encará-la de mais perto antes de me levantar.
— Oi! — cumprimentei-a — Entra. Quer ajuda? — ela negou e quis matá-la por chegar tão cedo. Por que justo ela?
Peguei as sacolas das mãos delas, mesmo sem permissão. A casa era minha, oras. Antes dela protestar corri e coloquei na cozinha.
— Obrigada por trazer as comidas... — ela sussurrou um "de nada" e olhou pros próprios pés. Por um momento pude ter visão de sua roupa, como ela estava linda! Olhei-a dos pés à cabeça e percebi que ela tinha notado a minha secada — Er... e as meninas? Não vieram com você?
Em tempo de ouvir sua voz, pude ouvir os gritos das meninas. Me virei bruscamente e corri para abraçá-las sussurrando um "obrigada" para cada uma. Thelma, Rafa, Bianca, Gizelly, Flay, Marcela, Ivy, Gabi e claro, Mari. Estavam todas ali, como eu queria.
— Manoela Gavassi, por que você sumiu, anã? Eu tava morrendo de saudades, garota! Nós todas. — Titchela me disse, apertando contra seu peito, olhei em seu rosto e pude ver algumas lágrimas, ela não estava muito diferente de mim. — Olha o que você me faz, pigmeu! 'Tô chorando desde que recebi a notícia que a gente ia te ver.
— Gente — olhei para todas — fico imensamente feliz por vocês virem aqui, sei que não mereço muito. Estou completamente envergonhada, mas minha alegria é maior por terem vocês aqui! E eu já quero me desculpar por tudo...
— Manu, você não tem culpa de absolutamente nada, relaxa. A gente tá aqui porque conhecemos você e sabemos a pessoa maravilhosa que você é — minha melhor amiga do reality, Rafa disse me fazendo chorar mais — Agora, vamos parar de chororô porque temos MUUUUITOS papos pra colocar em dia.
E assim foi, falamos sobre o pós de cada uma, me desculpei e elas me perdoaram de coração, falamos sobre vidas amorosas. Esse tópico merece atenção.
Rafa e Bia estavam se conhecendo (palavras delas) melhor, o que eu deduzi ser um namoro. Elas estavam nessa há uns 2 meses.
Gizelly e Marcela namoravam assumidamente desde o término do programa.
Ivy estava noiva do seu ex-marido. Gabi tinha conhecido um boy por um show que fez em Goiânia.
Thelminha tinha se separado do marido há pouco tempo e Flay disse que estava em um rolo.
E ela, Mariana, solteira, assim como eu. Ninguém se aprofundou muito no assunto dela, porque sabiam como ela ficava mal.Todas já estavam meio altinhas quando resolvemos brincar de verdade ou desafio. Já estávamos na terceira rodada quando a garrafa cai em Gizelly 'pra perguntar e eu responder.
— Verdade ou desafio, cotoco? — revirei os olhos, quando elas iriam respeitar meu tamanho?
— Vai, desafio. — alguém tinha que movimentar o jogo.
— HAHAHA — ela tinha um sorriso malicioso no rosto. — Vamos nos divertir com as solteiras do grupo... — fechei os olhos já imaginando o que estava por vir — Te desafio a dar um beijo na Mari, pode ser selinho, vocês escolhem, mas tem que durar uns três minutos.
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Acaso {RiNu}
Fanfictionacaso.: //substantivo masculino// ocorrência, acontecimento casual, incerto ou IMPREVISÍVEL; casualidade, eventualidade. o diferente causa incertezas, as incertezas criam inseguranças, o que é melhor que curar as inseguranças? não sei! apenas o acas...