VI

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Clara

Acordo na cama do Tony, sinto seu cheiro no lençol, como seria acordar com ele?

— Acorda mulher! Isso nunca acontecerá! — respondo meu subconsciente em voz alta.

Agora quem fala comigo, é meu estômago que ronca ansiando por alimento! Lavo o rosto e olha para a camisola da Ju que estou vestida, como sou mais alta ficou extremamente curta. Como só tem a Julia em casa e estou morrendo de fome deixo para me trocar depois.

Ainda sonolenta preparo omelete, sinto o cheiro bom do café que acabei de coar. Tenho a sensação que estou sendo observada.

— Bom dia, Clara! — a voz grave do Tony me faz arrepiar.

— Oi! Tony, não esperava que você fosse chegar agora, olha como estou vestida, vou me trocar.

— Ei calma, o omelete queimará fica tranquila, prometo só olhar em seus olhos, mesmo que seja um pecado perder o restante — ele sorriu sem graça — e a Ju?

— Ela ainda está na cama, dormimos tarde ontem — coloco o omelete no prato — Você já tomou café?

— Não, estou cheio de apetite! O cheiro está ótimo!

— Então vamos comer — pego duas xícaras no armário e ao me virar percebo ele olhar minha bunda — Antônio, meus olhos, lembra?

— Seus olhos são azuis — ele arqueia a sobrancelha — juro que estou tentando olhar para eles!

— Então continua focando neles! — ele sorri e sentamos a mesa.

— O que aconteceu para a Julia ficar daquele jeito, Clara? — ele muda o assunto.

— É melhor ela te contar, não posso trair a confiança que a sua filha deposita em mim. Se fosse algo realmente grave te contaria com certeza.

— Sei que sim — ele segurou a minha mão — Obrigado de novo, você é uma peça fundamental na minha vida, e desculpa por te envolver em meus problemas e da minha filha.

— Você nunca me incomoda, adoro a sua filha, e para de me pedir desculpas por isso. — ele acaricia minha mão enquanto falo.

— Também adoro você! Mesmo você só gostando da minha filha. — rimos.

— Você é um bom amigo! — nossos olhares se encontram e um clima aparente fica no ar — Vou me trocar, preciso ir para casa, deixei meu irmão sozinho lá.

— O Carlos sabe se virar, fica para o almoço? — ele se levantou junto comigo e ficou perto demais.

— Melhor não, você tem muito a conversar com a Ju. — nos olhamos por segundos que parecem horas.

**********

Tony

Desliguei o celular, imediatamente peguei o meu notebook e enviei um email desmarcando as reuniões do dia seguinte. Consegui um voo para 5 h da manhã, chegarei em casa cedo, preciso saber o que esta acontecendo com a minha filha.

Ao entrar na cozinha, constato a Clara com uma camisola branca e curta, senti meu membro saltar. A mulher tem curvas perfeitas, minha boca salivou ao ver seus seios fartos, só pensava em como seria tê-los encostados em mim. Expulsei esse pensamento olhando seus olhos, porém, ele me transmite amor. Não posso mais conter esse sentimento, preciso dizer que sou apaixonado pela minha amiga.

Levantamos juntos e ela está perto demais para resistir, disfarcei a chamando para o almoço e diante da sua recusa me aproximei. Os olhos da Clara a traem, ela sente o mesmo. Segurei-a em meus braços puxando-a para perto de mim. Como minha amiga não fez nenhum sinal de recusa, encostei nossos lábios que pareciam sedentos, o beijo dela é maravilhoso e está tão entregue quanto eu. Ela começou a explorar meu corpo com as mãos e aproveito para fazer o mesmo, mas, ela interrompe o beijo.

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