Capítulo 41

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Ayana

Ver a Amira desta forma partia-me o coração. Ela veio para o palácio ao mesmo tempo que eu, de inicio era para ser uma das moças do harem mas o Zayn também a salvou. Ela era uma menina amorosa e aquela mulherzinha chega aqui e trata-a mal deixava-me com vontade de a esmurrar.

- Amira por favor tem calma. Ver-te assim parte-me o coração. - disse numa tentativa falha de a acalmar.

- Eu não...consigo. Eu senti-me tão diminuida. - disse limpando as lágrimas com o pequeno lenço branco.

- Respira fundo docinho e bebe o chá, vai-te deixar mais calma. - disse fazendo-lhe uma festa no braço.

Passos foram ouvidos da escada. Quando olhei para a porta da cozinha vi a minha neném. - Princesa Safaa. - cumprimentei fazendo uma vénia.

- O que se passa? - perguntou com uma expressão de confusão. - Amira o que aconteceu porque estás assim? - perguntou preocupada.

- Fala Amira. - encorajei.

Eu percebi que ela não ia dizer nada, para além de ser um doce ela era também muito timida.

- Princesa, a Amira foi até aos aposentos da senhora Perrie e ela falou-lhe mal e ofendeu-a. - contei vendo uma expressão de raiva.

- O que é que aquela vaca te disse Amira? - perguntou irritada.

- Ela chamou-me...putinha desprezível. - disse chorosa.

- Amira ouve o que eu te digo se ela mais alguma te desrespeitar tu não tenhas medo de lhe responder. - disse com clara raiva. - Ayana...onde está ela? - perguntou-me curiosa.

- Ela está a repousar. - disse vendo-a acentir.

- Então espera aí que eu já a acordo. - disse saindo dali em passos apressados.

Eu sabia que não a ia conseguir parar então nem me dei ao trabalho de a tentar parar. Mas honestamente eu cria que aquela cascavél tivesse uma lição.

Saffa

Mas quem é que aquela coisinha pensa que é para chegar aqui a achar que manda em alguma coisa. Eu já sabia desde que ela aqui chegou que mais tarde ou mais cedo iria haver confusão. Mas só por cima do meu cadáver que aquela frustrada ia tratar mal pessoas que nem têm culpa alguma.

Alguns soldados olhavam para mim mas nem diziam nada, provavelmente eu estou com uma cara irritada.

Assim que cheguei á porta não esperei que me dessem autorização para entrar. Assim que bati com a porta dois olhos azuis arregalados encararam os meus com uma expressão confusa.

- Mas o que é isto? - perguntou rude.

- Isto é a tua nova forma de acordar. - disse ironica.

- Eu vou fazer queixa ao teu irmão sua...

- Sua o quê? - perguntei irritada. - Ouve bem sua frustrada. Eu já sabia que mais tarde ou mais cedo ias arranjar confusão, mas eu não permito que trates mal as raparigas inocentes que aqui trabalham. Elas não tem culpa nenhuma de tu seres uma frustrada. - disse vendo raiva estampada no seu olhar. - Ah e antes que me esqueça. Se te atreveres a fazer algo contra o meu irmão ou contra a Gigi eu atiro-te daquela varanda e faço com que pareça um acidente. - disse enquanto a encarava de forma fria.

Sem a deixar mais nada sai dali e nem a deixei dizer mais nada. A sensação de tirar um peso de cima das costas apoderou-se de mim e era uma sensação maravilhosa ter posto aquela frustrada no seu lugar.

Vendida ao Sultão || (ZIGI) AU✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora