📚 III 📚

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Harry suspirou. Já fazia dias desde que a notícia da morte de Astória foi divulgada nos jornais, mas ele não conseguia esquecer. Talvez fosse culpa. Ah, vai! Sabemos que não era isto.

"Você deveria falar com ele." Seu subconsciente falou, inquietando Harry. Mas não era culpa dele, apesar de não ter conseguido ajudar. "Mas pelo menos eu tentei ajudar."

Harry levantou de seu escritório no Ministério, ignorando a pilha de relatórios sobre prisões que deveria ver.

– Rony, irei sair para almoçar. Quer vir? – Se virou para Rony, o qual trabalhava no mesmo escritório por motivos de trabalho, eram parceiros.

Rony negou com a cabeça.

– Tô cheio de trabalho, cara. Não posso ir. Desculpe. – Harry murmurou um 'okay', saindo do escritório.

Desceu alguns degraus e seguiu até o elevador, entrando no mesmo e apertando o andar T, de Térreo.

Assim que chegou, saiu apressado, acabando por trombar no ombro de alguém.

– Desculpe. – Sussurrou rápido, logo se afastando e seguindo até a cafeteria mais próxima.

Ele ficou lá, tomando café, até se cansar de sua própria companhia e resolver voltar ao trabalho, era o melhor a se fazer, afinal. Logo, deveria ter algum caso de um bandido amador ou algo do gênero.

"Patético, Potter!" Ele mesmo pensou.

Estava pagando a conta quando observa que, pelo vidro da Cafeteria, havia um cachorro enorme a olhar muito atentamente para ele. Sua mente escureceu e tudo se esvaiu. Sua face, diferentemente de antes, agora era de mágoa e um grande carinho. Ele chacoalhou a cabeça e se virou para a atendente, voltando ao que estava tentando fazer antes.

Saindo da Cafeteria, ele até tentou procurar o cachorro, porém não achou nada. Parecia como se não existisse, sequer uma pegada canina restava. Harry ignorou e resolveu voltar para dentro do Ministério.

Chegando, estranhou que o secretário do Ministro pediu para Harry subir para sua sala. Era muito incomum isto, afinal. Porém, ele entendeu a gravidade da situação quando chegou e viu Rony (seu melhor amigo de longa data), um grupo de Aurores em cargos elevados e o Chefe do Departamento de Aurores.

– Potter! Que bom que chegou, podemos começar? – O Chefe dos aurores perguntou, enquanto apontava para uma cadeira, onde Harry rapidamente sentou.

E Harry ouviu, por horas, sobre sua nova missão, que parecia impossível e que o levaria para o St. Mungus urgentemente, mas ele conseguiria se sair bem.

Ele teria um mês para se preparar, construir um plano e arrumar suas malas, afinal era em outro condado esta missão. Além de tudo, deveria escolher uma equipe para seguir com ele e Ron, junto com médicos da região.

|.•°•......•°•.| Draco's P.O.V

Draco suspirou, cansado da leitura. Já fazia uns dois dias desde que havia tomado a decisão de se mudar. Ele foi chamado por alguns colegas de trabalho para ir inaugurar uma nova área de emergência no Condado de Cambridge, para crianças, mães e feridos gravemente.

Ele havia aceitado, apesar de saber que deveria arranjar um local em menos de uma semana, e já se passara dois dias.

No momento, ele estava lendo tudo que podia para procurar um local lá, já que ficaria apenas 6 meses no mesmo, então preferia alugar.

Horas depois...

Ele já havia decidido um lugar, uma pousada discreta, mas era a melhor opção das que tinha. Ele já havia ligado e alugado o lugar a alguns minutos, e agora, estava olhando para seu Closet e pensando o que poderia levar.

Gostaria de levar tudo, mas sabia que não podia, não era louco. E, aliás, os condados não eram tão longes, porém não compensava ficar gastando suas energias aparatando da Malfoy Manor para o hospital.

Já estava achando que o cômodo criaria pernas, então levantou e resolveu arrumar suas malas logo, era melhor ele fazer sozinho.

Mais algumas horas depois...

Draco já havia terminado de arrumar suas malas, estava se arrumando para deitar quando ouviu sua coruja bicando a janela principal.

Era mais uma carta de seus colegas, avisando que iriam partir mais cedo e que ele poderia ir 2 semanas depois, sozinho, ao invés de seguir com eles. Não sabia o porquê disto, mas ficou com uma leve raiva ao olhar suas coisas. Afinal, passou horas atoa arrumando suas coisas.

"Relaxe, pelo menos terá mais tempo de curtir a região e descobrir o que há nela." Draco pensou. Talvez fosse a melhor escolha.

•☆•☆•☆•

Draco terminou de carregar suas malas para o quarto enorme. Ele precisaria de muita força de vontade para colocar tudo nos armários, mas isto ficaria para depois.

Ele havia acabado de chegar na pousada, e o quarto que não tinha quase nenhum móvel parecia ser bem espaçoso afinal.

Um pedaço de pergaminho caiu de uma das malas depois do esforço, e Malfoy identificou a letra de sua falecida esposa, com anotações do que colocar para lavar ou não.

A memória recente dela, com um sorriso doce anotando isto, em seguida de mais uma memória onde ela aparentava estar brava pelo mesmo ter errado a lavagem de algo, e melhor ainda quando sorria, inundou os pensamentos de Malfoy.
Astória foi uma boa pessoa, afinal. Ela sempre foi.

Draco então pensou em como conheceu a mesma, mas desistiu de se acabar em memórias ao perceber que já estava a 20 minutos encarando o pergaminho.

Ele o dobrou e guardou no bolso exterior da bolsa. Usaria outra hora.

Talvez ele devesse descansar finalmente, ou dar uma volta para conhecer o local. Quem sabe jantar? Já era quase noite mesmo...

Descendo os degraus da escada, parou na portaria e perguntou onde teria algum lugar confortável para jantar. Ele faria esta ser sua noite.

|.•°•......•°•.| Harry's P.O.V

Harry se ajeitou na cama. Já passavam das 21:00 e Ginny, sua esposa, ainda não havia voltado do treino.

E ele sabia que terminava as 19:30.

Suspirou. Levantou, andou pelo quarto e desceu para a cozinha. Abriu e fechou a geladeira, bebeu água do filtro e subiu novamente.

Nada ainda.

Foi até o quarto da filha mais nova, ficou observando por um tempo.

Mais nada.

"Onde Ginny está? Será que está bem?"

E sua memória fraquejou. Em vez lembrar do rosto de Ginny, pensou no de Scorpius se despedindo de Astória.

"Qual o meu problema?"

Tirou a imagem da mente e desceu novamente, ligando a TV e colocando em um programa de cozinha aleatório.

"Maravilha, Ginny ou morreu ou vai me matar de nervoso atoa!"

...

"Mas ela não faria isso, faria?"

... Você sabe que sim.

Sua consciência agora respondia ele, e cada vez mais Harry ficava paranoico.

Talvez fosse melhor dormir. E foi o que ele estava quase fazendo até ouvir a porta se abrir.

Ela chegou, e agora a conversa seria outra.

............

Demorei? Me desculpem, gente! Juro que não era a intenção, eu estou cada vez mais sem ideias para isso enquanto cuido do meu livro pessoal.
Prometo que não vou me afastar tanto, Kisses du Ariel!!

Masks | • Drarry •Onde histórias criam vida. Descubra agora