Capítulo 6

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–Você anda tão cansada que nem toda essa sua maquiagem é possível cobrir seu cansaço e suas olheiras.– Steve, meu patrão mas também melhor amigo fala sobre a minha aparência neste momento. Eu realmente estava cansada, a noite anterior tinha sido muito cansativa e hoje nem tinha colocado assim tanta maquiagem.

–Queres que te mande ir tomar no cu?

–Posso te mandar ir embora por mandar seu patrão ir tomar no cu minha linda.– Ele quando queria conseguir me tirar do sério, mas eu sei que era na brincadeira, mas vai chegar ao dia que o vou mandar mesmo e o deixo trabalhando sozinho.–Terminou muito tarde ontem?

–Sim. Tive que fazer duas danças extras. Mas consegui ganhar muito dinheiro, você não tem noção. E consegui o número de alguns caras que meu deus.

–Que vai fazer hoje? Estava apetecendo ficar com você.

–Você é meu melhor amigo e meu patrão, o que teve que dar entre nós já deu Stevie.–Dou um tapa de conforto em seu ombro e ele começa a rir.–Mas eu acho que hoje não tenho ninguém para preencher meu desejo por sexo. Acho que vou abrir uma exceção para você Stevie.

–Eu acho que você e eu vamos acabar juntos.– Eu sei que não deveria mas comecei a rir e muito. Ele chegou a estar apaixonado por mim, mas eu não consegui gostar dele da mesma forma então disse-lhe que seríamos melhores amigos e que quando um de nós estivesse com vontade de fuder era só pedir.

–Você sabe que eu não quero ninguém. Amar dói demais, vocês homens só dão dores de cabeça, chifre, preocupações, ilusões e mentiras. O bom que vocês têm é o pau para sentar, porque de resto meu amor é só merda. Quero morrer sabendo que aproveitei a vida transando e não chorando por homem. –Ele sabia como eu era. O que tivesse que dizer eu dizia na cara.

–Queria te mostrar o quanto eu sou diferente de todos os caras que você teve na vida.– Quantas vezes eu já ouvi essa frase mesmo?

–Você sabe que já ouvi milhares e milhares de vezes esse papinho fofinho, você tem noção disso não tem? Stevie, meu amor, o que há entre nós é só amizade e sexo e mais nada. Eu estou bem como estou e você sabe disso.

Começo a limpar o balcão para que a conversa sobre a minha vida amorosa terminasse. Eu não gostava de falar de amor com ninguém, por mais que Steve fosse meu melhor amigo ele não percebia o meu lado. E a verdade é que desde que fiquei solteira que eu me sinto melhor, posso sair à hora que quero, conhecer quem quero, foder com quem eu quero sem ter que me preocupar se estou traindo alguém. Eu tenho todos os dias alguém para estar, não poderia ser mais feliz. 

Eu deixei de acreditar no amor há muito tempo. Para mim é uma perda de tempo, só sofrimento, lágrimas e dores reais que você sente por muito tempo até esquecer a pessoa.

–Queria um café por favor. E aquele donut de chocolate.– Meus pensamentos são interrompidos por um cliente que havia aparecido. Olho para ele e caralho eu acho que o conheço de algum lado. Ele era loiro, tatuado, uns olhos castanhos cor de mel lindo demais e seu sorriso era tão bonito. Ah e sua voz, grossa mas nem tanto. Puta que pariu.

Sirvo o café ao garoto e o donut que havia colocado num prato à parte e vejo que ele me olhava bastante. Será que estava também a me reconhecer?

–Me perdoe mas eu acho que te conheço de algum lado. – Espero que ele não venha com a mesma conversa de todos os homens que tentam ter o meu número.–Eu não deveria perguntar, porque eu acho que você tem uma carinha muito santinha para tal, mas por acaso trabalha num strip club? – Era mais um fã. Ele passa sua língua por seus lábios deixando eles molhados, deveria ser para lubrificar suas mentiras.

–Sim.–Respondo curta e direta para ele perceber que eu não queria falar mais no assunto, mas parece que o cara era insistente.

–Você esteve numa despida de solteiro do meu melhor amigo, Ryan.–Caralho, ele era o garoto que passou a dança toda num canto aborrecido sem falar nem se divertir.

–Estou me lembrando. Mas não me lembro de você não. São 6 dólares.–Ele me dá uma nota de 10 e ele faz sinal com a mão para que fique com o troco.–Obrigada.

–Se por acaso quiser.–Ele pega na caneta e escreve seu número e vai para uma mesa para poder comer à vontade.

Olho para o papel e coloco ele no lixo. Puta que pariu. Para quem estava muito aborrecido e sem curiosidade de como era receber uma lap dance estava muito atrevido.

– Mais um fã?–Steve pergunta e eu afirmo com a cabeça e olho para o garoto que havia me dado o número sem pedir. 

Ele era bonito, isso eu não podia negar, era gostoso mas nunca faria meu gênero. Eu conheço quando um cara sabe fuder ou não. E pelo que vi ele parecia ser muito passivo no sexo.

Ele quando termina, me olha uma última vez. Vou até à sua mesa levantar a loiça e havia um papel.

"Vi que colocou meu número no lixo. Aqui tem ele de novo 4123456780. Justin XOX"



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