MEU FILHO

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-Não. Não. Não e não!

Lena disse levantando-se e saindo de perto do notebook e pegando a caneca de café de cor branca em suas mãos. Suas ideias já não fluíam mais, ela parecia ter o final da história na palma de suas mãos, mas pareceu escapar para as pontas de seus dedos e então de repente já estava sumindo. Ela sentou-se novamente para tentar mais uma vez quando sua campainha tocara. Suspirou rendida e levantou-se para atender a porta.

-Olá Sam.

-Nossa, que ânimo. Nem parece que hoje é o grande dia de encontrar com seu filho.

A frase fizera Lena dar um mínimo sorriso.

-Talvez eu esteja tão tensa com isso que minhas ideias não fluem. E o pior é que eu preciso acabar esse livro, porque já tenho outra ideia e irá me comprometer se eu...

-Calma! Respira!

Samantha disse pegando nos ombros da amiga tentando relaxá-la e Lena fizera o que ela pedira fechando seus olhos e respirando fundo.

-E se ele não gostar de mim?

-O quê? O Nolan é um amor de criança! E depois... Eu soube pela minha filha que ele esteve pesquisando sobre você, já deve ser um começo, não?

Lena decidiu crer que sim, que aquele era pelo menos um esboço de bom começo. Um dia após a segunda conversa com Kara, se é que se pode chamar toda a discussão de conversa, a loira mandou-lhe uma mensagem informando-a que Nolan estava em acordo de sair com ela e que a morena marcasse um horário e data.

Lena suspirou em alívio ao saber que ele aceitara de bom grado sair com ela, mas então começou a se questionar se ela poderia corresponder às expectativas dele e se ele ao menos tinha alguma expectativa em relação a ela. De repente a Luthor se viu como uma boba numa situação embaraçosa, mas não era. Era apenas importante demais se devendo ao tamanho do significado que aquilo tudo tinha.

Antes que Lena pudesse responder a amiga que se sentou numa das cadeiras ali, o seu celular tocou. Ela o sacou e atendera sem nem ao menos verificar de quem se tratava. "Oh oi Jack" Lena respondera com um meio sorriso e Samantha a fitou de maneira curiosa. "Sim. É verdade que eu voltei a morar em National City, o quê? Não. Claro que não. Eu confio em você para dar conta do recado."

E a conversa seguiu com uma Samantha olhando-a com atenção e tentando achar alguma coisa plausível na conversa inteira, até que Lena desligasse.

-Quem era?

-Curiosa como sempre, você não mudou nada.

A morena de olhos verdes disse com um pequeno sorriso.

-Continuo perfeita, mas então quem era? Você tem que me contar da sua vida idiota. Passou muito tempo longe e eu não tenho bola de cristal.

-Sútil como uma bazuca.

Lena zombou e recebera um sorrisinho forçado em resposta, oh como ela sentira falta da sua relação com a amiga. Daquela relação às vezes patética que fazia com que elas parecessem duas adolescentes bobas implicando uma com a outra.

-Jack me ajuda com a Casa de vinhos que eu tenho em Paris, ele costuma ser o meu braço direito. Mas comigo por aqui permanentemente ele vai ter que abrir mão da minha ilustre presença.

-Hmm, Casa de vinhos. Parece que alguém andou investindo durante esse tempo.

Lena sorrira com a resposta.

-Não. Eu andei mudando algumas coisinhas em mim e vendo caminhos de trabalhar saudavelmente, investir em algo que não fosse como minhas funções na Luthor Corp e me manter longe de algo que me lembrava de o porquê eu tive de sair de casa.

Remember Us • SuperCorpOnde histórias criam vida. Descubra agora