Freya - Ragnarok

Capítulo 15

O último dia em Asgard foi igual ao primeiro, só que muito melhor, Odin permitiu uma festa entre os 8 deuses, depois da gente quase implorar nos pés dele, lógico.

Pegamos uma sala qualquer do castelo, todos nos vestimos muito bem, Brunnhilde me emprestou um vestido e me ajudou a me arrumar.

— Mais um pouquinho aqui, um pouquinho ali e pronto. — disse ela me virando para o espelho.
— Eu tô linda, Brunnhilde. — dei um abraço nela.
— Você realmente está.
— Vai na festa, né?
— Vou, claro.
— Ufa, pensei que ia ser a única mulher.
— Agora não precisa mais pensar. Tenho que arrumar agora, beijo.
— Beijo, fica bem linda.

Nos juntamos no salão 3:00 horas da madrugada, sim a festa começou de madrugada, teríamos de ir embora as 17:00, quisemos aproveitar cada momento juntos.

— Oi pirralha. — disse Thor e eu virei. — Você tá linda. — eu estava com um vestido preto, com gola, braços transparentes, com um babado onde ficava os pulsos e um salto vermelho.
— Pra mim é um grande mérito ser elogiada pelo deus do trovão. Muito obrigada, você também está belíssimo. — ele estava com um smoking preto, com uma gravata borboleta e um all star preto, igual o meu. — Da canela pra cima.
— Muito obrigada, lady. Me concede uma dança?
— Oh, é claro.

Estava tocando uma música agitada, chamamos os outros pro meio da sala e dançamos por horas, sem parar. Comemos, bebemos, bebidas não alcoólicas é claro, até Brunnhilde que não gostava dessas coisas dançou.

— Vou falar uma coisa pra vocês, meus garotos. Só de pensar que essa pode ser a última vez que nos vemos... — eu disse com os olhos lacrimejando.
— A gente também pensa assim, foram dois meses convivendo, dormindo juntos e fazendo tudo juntos me apegou a vocês. — disse Vidar.
— Ah, parem, venham cá, me dêem um abraço. — ficamos ali abraçados por alguns minutos, estava tão confortável.

As 16:40 Odin entrou na sala com Odur.

— Está quase na hora de irem, se preparem.
— Antes Odin quer lhes entregar uma coisa, não é senhor?
— Ah, eu esqueci. Peguem esses fones, se nós formos pra Midgard ele servirá para falarmos uns com os outros a distância. Tomem, eles estão interligados. — olhamos torto pra Odin. — O que foi? Aqui também tem algumas teclonogias, tecliconigias... Ah, é isso aí mesmo.
— Tecnologia. — eu disse.
— Obrigada.

Fomos pra entrada do castelo. Aquela foi a despedida mais linda que eu vivenciei, todos se abraçando e quase chorando.

— Tchau, amiga, foi um prazer conhecer você, vou sentir muito a sua falta, obrigada por tudo. — eu disse pra Brunnhilde.
— Também vou, amiga, tome cuidado.
— Thor, obrigada também, você é um grande amigo.
— Eu também te amo. — disse me abraçando. — Ei, olhe pra mim. Você tem heterocromia? Nunca percebi isso.
— Você é um idiota, cara.
— Odur, não posso esquecer de você. Obrigada por me guiar tão bem.
— Tô aqui pra isso, boa sorte em Midgard. — ele respondeu.
— Tchau meus garotos, boa sorte pra vocês.
— Tchau. — disseram tristes.
— Agora está na hora. — disse Odin. — Heimdall, libere a Bifrost. Tchau, Freya.
— Tchau, Odin.

Um raio de luz veio em minha direção me levando de volta pra Terra.
Não reconheci o lugar que eu morava, parece que passei uma eternidade em Asgard.

— Loki? — bati na janela.
— Oi, você voltou, finalmente.
— Abre aqui, menino.
— Já vou.
— Então, é isto, acho que é agora que a gente diz adeus.
— Não diga isso, nunca é um adeus. Olha, você esqueceu esse colar.
— O Brisingamen, obrigada, nem sei se vou precisar dele, mas qualquer coisa eu tenho.
— Me dá logo um abraço. — disse me puxando para um longo abraço.
— Certo, volte pra Asgard. Tchau, obrigada por ficar no meu lugar esse tempo todo.
— É o mínimo que posso fazer por você.
— Te amo.
— Eu também.

Loki foi embora, eu voltei pra casa, estava tudo normal por enquanto.
No próximo dia já iria ser 1° de Abril, já faltava muito pouco pro Ragnarok, eu teria de me preparar de alguma forma.

— Oi Josy, oi Reddy. Quer dizer, pai e mãe.
— Oi... Filha. — disse Reddy
— Oi meu amor. — disse Josy.
— Eu estava com saudades de vocês.
— Mas você estava aqui, querida. — disse Josy.
— É, estava. — disse a abraçando e puxando Reddy pra participar.