Vitor Martins
Era muito estranho ver ela depois de tanto tempo. Eu não sabia ao certo o que sentir, como agir.. Foi foda cada dia longe dela, e só eu sei o que senti de verdade.
Quando entrei na cozinha eu escutei um pouco da conversa, ela estava tão feliz, e por um segundo, ao vê-la sorrir, eu quis sorrir junto.
Eu sabia que seu sonho era ser modelo, mas porra, era foda saber que sua mulher ia posar quase nua por aí, nois é bomzinho mas não tem coração de ferro não. Quero nem pensar em como eu ia lidar com isso, mas já foi, e agora a preocupação é só do Matheus.
Uma parte de mim queria que ela voltasse, a gente se beijasse, vivêssemos uma história de novo. Mas a outra parte, que é a de agora, quer seguir em frente como seguiu a anos atrás, e o que tinha que ser.. Já foi.
Chego na boca e desço da moto indo até a minha sala. Entro nela e vejo o Matheus sentado no sofá com a perna que não parava de se mexer
Vitor: Em que momento tu chegou que eu não vi você saindo casa? — Pergunto e ele aponta para o JP
Matheus: JP passou o radinho — Diz ele olhando o chão
Vitor: Manda aí, JP — Digo me sentando na minha cadeira e colocando a arma na mesa — Espero que tenha um bom motivo para me fazer vir aqui a essa hora da madrugada
Ele parecia nervoso, suando frio, e não parava quieto. Já Matheus, não parava de olhar para o chão
JP: Então chefe, aconteceu uma parada aí — Diz ele andando de um lado para o outro, quase fazendo um buraco no chão
Vitor: Fala aí carai, não tenho o tempo todo não — Digo e ele para de andar e coça a cabeça
JP: Mandaram um recado, chefe — Diz ele rápido e eu aperto meus punhos com força
Vitor: Que recado, JP? — Pergunto me levantando e o encarando
Um vapor entra com uma caixa preta nas mãos e coloca em cima da mesa
Vitor: Pode sair, valeu — Digo fazendo toque com o mesmo que logo sai
Abro a caixa e vejo uma bonequinha morena de pano com uma mordaça e as mãos amarradas
Vitor: Que merda é essa aqui, JP? — Pergunto segurando a boneca vendo se tinha alguma mensagem — Que bonequinha feia em, vou te falar um negocio — Digo e ele prende a risada por impulso
Matheus: Não é hora pra piada, Vitor. Tem um bagulho muito sério acontecendo aqui — Diz vindo até mim e pegando a boneca — Quem mais tu conhece que é importante pra nós e é morena, tirando a Sara e a Victoria?
Eu sabia o que ele queria dizer, mas eles não são nem loucos em tocar um dedo sequer na Isabella, já teriam seus futuros marcados a 7 palmos abaixo da terra.
Vitor: A Rocinha vai tentar se vingar, e nos não vamos deixar — Digo colocando a arma na cintura
Matheus: Eles estão mexendo com o fogo irmão, se eles tocar um fio do cabelo da Isabella mano, quero nem pensar o que eu faço — Diz ele arremessando a boneca contra a parede
VOCÊ ESTÁ LENDO
Até o Fim
Novela Juvenil[...] "Com o tempo a gente aprende a dar mais valor. Nem tudo são mares de rosa, nem todo tiro sai pela culatra. Mas toda história de amor tem um fim, e esse é o nosso, meu bem" || Alemão, Rio de Janeiro|| || 1° Livro: Até o Fim ||