Capítulo 10

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Isabella Zimmer

Já havia se passado uns dias, e todos eles eu evitava ver o Victor. Ele sempre estava acompanhado da Nicole, e não faziam questão de esconder.

Era difícil ver ele com outra, a dor que eu senti no meu peito quando eu vi ele beijando ela, sorrindo... Foi a pior coisa que já senti.

Eu sabia que ao sair por aquela porta, as chances dele me perdoar eram mínimas, mas o tanto que eu o amo, isso nunca diminui, e nunca vai.

Ele faz parte da minha vida, amar ele é algo que nunca vai deixar de acontecer. Ele sempre vai ser ele, o primeiro cara da minha vida.

Ele foi o meu primeiro. Bom, não foi muito fácil contar para o meu irmão que o melhor amigo dele havia sido o primeiro cara que a sua irmãzinha perdeu a virgindade. Óbvio que ele surtou, ameaçou ele se um dia me machucasse e ficou de boa depois.

Mas olha que ironia, quem machucou quem nessa história, foi eu. Eu machuquei a pessoa que eu mais amo nessa vida, e dói tanto isso...

Estava me arrumando para a primeira sessão de fotos, e nesse momento eu vi que estava dando certo, o meu sonho estava se realizando.

— Tá uma gata em — Matheus entra no quarto e se escora no batente da porta

— Sua irmãzinha vai ficar famosa, meu amor — Digo colocando os brincos e ele sorri

— Vai mesmo, e eu tenho muito orgulho de você — Ele me abraça e suspira

— Você cresceu tão rápido, nem parece que até ontem era uma peste correndo pelo morro

— Muito engraçado — Bato em seu braço e ele ri — Pode me levar?

— Eu te empresto o carro pra ir, vou precisar ficar na boca até mais tarde, daí não vou conseguir te pegar — Diz me entregando as chaves

— Não sei que horas eu volto, então não surte e mande alguém atrás de mim — Rimos e ele assente

Desço as escadas e vou até a garagem onde estava a preciosa Mercedes. Deus me proteja se tiver um arranhão sequer nesse carro

Entro no carro e o cheiro de perfume misturado com maconha invade. Puta que partiu em Matheus

Acelero morro a baixo e os vapor que estavam na barreira reconhecem o carro e só dão espaço pra passar

Chegando na agência onde seriam as fotos, estaciono e entro.

— Eu tenho uma sessão para as 10:30. Isabella Zimmer — Digo para a recepcionista que libera minha passagem

— Terceiro andar, o elevador é no final do corredor — Diz sorridente e me entrega um cracha

Vou até o elevador e entra um homem que parecia ter no máximo seus 25 anos. Ele era lindo, não podia negar isso.

— Isabella, certo? — Ele pergunta e eu franzo as sobrancelhas. Como ele sabia meu nome?

— Está escrito no crachá — Ele disse antes de eu perguntar

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